A estrada sempre com suas novidades.
Vou pelos caminhos de sempre,
mas nada se repete.
E ali em frente,
pouco, muito pouco distante;
quanto deixo de aprender,
nos dias em que esqueço quem sou.
Remarco terrenos,
de boas lembranças;
sei que ali sempre estarão,
mas preciso remarcá-los,
naturalmente,
instintivamente.
Cevo mate,
com algumas folhas da laranjeira,
para manter corpo e mente em função.
Algumas coisas não estão como deixei,
e precisam de reparos;
como para testar,
algumas lidas
que o fazer o próprio sangue ensina.
Improviso um fogão campeiro,
debaixo do teto que construí,
com alguns tijolos remanescentes
e materiais utilizados em outras lidas.
Faço fogo,
espeto carne,
suficiente à fome.
Enquanto a madeira vira brasa,
o tempo é meu aliado,
para tudo que lembrar,
para tudo que quiser.
Sorvo mate,
forte e amargo,
para manter corpo e mente em função.
Quem fui, quem sou, quem serei,
nada mudou,
ninguém mudará;
o bicho homem,
solto e livre,
procura lidas,
para sobreviver.
quarta-feira, maio 21, 2008
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