quarta-feira, abril 29, 2009

Nerudiando...

o Neruda y un Colorado







locação - La Sebastiana - Valparaíso, Cl
atores - Neruda y un Colorado
fotos por Cristiane Mota

sobre pensamentos...

quero escrever um poema
sobre pensamentos
a respeito dela
e do quanto
penso nela

todos os dias
quando acordo ou me acosto
sobre o quanto penso nela
fico a indagar

aquele telefonema
o mundo parado à volta
e tudo acontecendo tão depressa
naqueles instantes vermelhos

então volto meus pensamentos
a tudo que está à volta...
por não mais querer ter
aquilo que um dia
tanto valorizei

sobre pensamentos
ergo verdadeiras muralhas
entre nós dois.

MESTRE TIM MAIA




O que me importa
Seu carinho agora
Se é muito tarde
Para amar você
O que me importa
Se você me adora
Se já não há razão
Para lhe querer
O que me importa
Ver você sofrendo assim
Se quando eu lhe quis
Você nem mesmo soube
Dar amor
O que me importa
Ver você chorando
Se tantas vezes
Eu chorei também
O que me importa
Sua voz chamando
Se pra você jamais
Eu fui alguém
O que me importa
Essa tristeza em seu olhar
Se o meu olhar
Tem mais tristezas
Pra chorar
Que o seu
O que me importa
Ver você tão triste
Se triste fui
E você nem ligou
O que me importa
O seu carinho agora
Se para mim
A vida terminou
Terminou
Terminou...

terça-feira, abril 28, 2009

chilenidad









REÑACA

Viña del Mar - Chile

"The wave is very fast and power its for surfers who likes sandy barrels and good conections for aerial maniobers.The best month are oct-dic when the north swels in and only enter a right very hollow and long. Its Chile's most crowded spot. The beach holds the hottest girls in the world. The waves for surf in this place are situated in the end of beach, in the "sector 5"."







"I surfed this place epic in late 2005 and for any Aussies out there it was heaps like D'bah. Solid, fast, punchy barrels, linking into each other to make some nice hittable sections. I loved it and the food, drink and chicks are sensational."









GUERREIROS EM AÇÃO















HOJE OS GUERREIROS ESTREARÃO NO CAMPEONATO GAUCHO DE BASQUETE EM CADEIRA DE RODAS CONTRA A EQUIPE DO CODESC DE SANTA CRUZ DO SUL.

ONDE: Ginásio Tesourinha
Quando: 3a feira, 28 abril, 20 horas
ENTRADA FRANCA

segunda-feira, abril 27, 2009

A La Sebastiana

YO construí la casa.

La hice primero de aire.
Luego subí en el aire la bandera
y la dejé colgada
del firmamento, de la estrella, de
la claridad y de la oscuridad.

Cemento, hierro, vidrio,
eran la fábula,
valían más que el trigo y como el oro,
había que buscar y que vender,
y así llegó un camión:
bajaron sacos
y más sacos,
la torre se agarró a la tierra dura
-pero, no basta, dijo el constructor,
falta cemento, vidrio, fierro, puertas-,
y no dormí en la noche.

Pero crecía,
crecían las ventanas
y con poco,
con pegarle al papel y trabajar
y arremeterle con rodilla y hombro
iba a crecer hasta llegar a ser,
hasta poder mirar por la ventana,
y parecía que con tanto saco
pudiera tener techo y subiría
y se agarrara, al fin, de la bandera
que aún colgaba del cielo sus colores.

Me dediqué a las puertas más baratas,
a las que habían muerto
y habían sido echadas de sus casas,
puertas sin muro, rotas,
amontonadas en demoliciones,
puertas ya sin memoria,
sin recuerdo de llave,
y yo dije: "Venid
a mi, puertas perdidas:
os daré casa y muro
y mano que golpea,
oscilaréis de nuevo abriendo el alma,
custodiaréis el sueño de Matilde
con vuestras alas que volaron tanto."

Entonces la pintura
llegó también lamiendo las paredes,
las vistió de celeste y de rosado
para que se pusieran a bailar.
Así la torre baila,
cantan las escaleras y las puertas,
sube la casa hasta tocar el mástil,
pero falta dinero:
faltan clavos,
faltan aldabas, cerraduras, mármol.
Sin embargo, la casa
sigue subiendo
y algo pasa, un latido
circula en sus arterias:
es tal vez un serrucho que navega
como un pez en el agua de los sueños
o un martillo que pica
como alevoso cóndor carpintero
las tablas del pinar que pisaremos.

Algo pasa y la vida continúa.

La casa crece y habla,
se sostiene en sus pies,
tiene ropa colgada en un andamio,
y como por el mar la primavera
nadando como náyade marina
besa la arena de Valparaíso,

ya no pensemos más: ésta es la casa:

ya todo lo que falta será azul,

lo que ya necesita es florecer.

Y eso es trabajo de la primavera. (Pablo Neruda)

quinta-feira, abril 16, 2009

Essa é a canção...

Não vou ficar...

"Há muito tempo eu vivi calado, mas agora resolvi falar
Chegou a hora, tem que ser agora, com você não posso mais ficar
Não vou ficar, não
Não posso mais ficar, não, não, não

Toda verdade deve ser falada e não vale nada se enganar
Não tem mais jeito tudo está desfeito e com você não posso mais ficar
Não vou ficar, não
Não posso mais ficar, não, não, não

Pensando bem
Não vale a pena
Ficar tentando em vão
O nosso amor não tem mais condição, não

Por isso resolvi agora te deixar de fora do meu coração
Com você não dá mais certo e ficar sozinho é minha solução
É solução, sim
Não tem mais condição, não, não, não" (Tim Maia)


120... 150... 200 Km por hora.

As coisas estão passando mais depressa
O ponteiro marca 120
O tempo diminui
As árvores passam como vultos
A vida passa, o tempo passa
Estou a 130
As imagens se confundem
Estou fugindo de mim mesmo
Fugindo do passado, do meu mundo assombrado
De tristeza, de incerteza
Estou a 140
Fugindo de você
Eu vou voando pela vida sem querer chegar
Nada vai mudar meu rumo nem me fazer voltar
Vivo, fugindo, sem destino algum
Sigo caminhos que me levam a lugar nenhum

O ponteiro marca 150
Tudo passa ainda mais depressa
O amor, a felicidade
O vento afasta uma lágrima
Que começa a rolar no meu rosto
Estou a 160
Vou acender os faróis, já é noite
Agora são as luzes que passam por mim
Sinto um vazio imenso
Estou só na escuridão
A 180
Estou fugindo de você

Eu vou sem saber pra onde nem quando vou parar
Não, não deixo marcas no caminho pra não saber voltar
Às vezes sinto que o mundo se esqueceu de mim
Não, não sei por quanto tempo ainda eu vou viver assim

O ponteiro agora marca 190
Por um momento tive a sensação
De ver você a meu lado
O banco está vazio
Estou só a 200 por hora
Vou parar de pensar em você
Pra prestar atenção na estrada

Vou sem saber pra onde nem quando vou parar
Não, não deixo marcas no caminho pra não saber voltar
Às vezes, às vezes sinto que o mundo se esqueceu de mim
Não, não sei por quanto tempo ainda eu vou viver assim

Eu vou, vou voando pela vida
Sem querer chegar (Roberto Carlos e Erasmo Carlos)

terça-feira, abril 14, 2009

UM GUERREIRO

"Um Guerreiro não tenta aparecer mais que colegas; ele tenta agir de forma corajosa e honrosa, ajudar o grupo da forma que puder, para que o grupo cumpra sua missão. Se a glória vier para ele, ele é obrigado a doar suas posses mais preciosas para os parentes, os amigos, os pobres e os velhos." (Phil Jackson - "Cestas Sagradas")

VÁRIOS GUERREIROS

"Um time de basquete é como um grupo de guerreiros: uma sociedade secreta com ritos de iniciação, um severo código de honra e uma busca sagrada - o troféu do campeonato" (Phil Jackson - "Cestas Sagradas")

sexta-feira, abril 10, 2009

Vou-me embora p´ra Pasárgada

"Vou-me embora pra Pasárgada

Lá sou amigo do rei

Lá tenho a mulher que eu quero

Na cama que escolherei



Vou-me embora pra Pasárgada

Vou-me embora pra Pasárgada

Aqui eu não sou feliz

Lá a existência é uma aventura

De tal modo inconseqüente

Que Joana a Louca de Espanha

Rainha e falsa demente

Vem a ser contraparente

Da nora que nunca tive



E como farei ginástica

Andarei de bicicleta

Montarei em burro brabo

Subirei no pau-de-sebo

Tomarei banhos de mar!

E quando estiver cansado

Deito na beira do rio

Mando chamar a mãe-d'água

Pra me contar as histórias

Que no tempo de eu menino

Rosa vinha me contar

Vou-me embora pra Pasárgada



Em Pasárgada tem tudo

É outra civilização

Tem um processo seguro

De impedir a concepção

Tem telefone automático

Tem alcalóide à vontade

Tem prostitutas bonitas

Para a gente namorar



E quando eu estiver mais triste

Mas triste de não ter jeito

Quando de noite me der

Vontade de me matar

— Lá sou amigo do rei —

Terei a mulher que eu quero

Na cama que escolherei

Vou-me embora pra Pasárgada." (Manoel Bandeira)

quarta-feira, abril 08, 2009

Como encarar a morte...

De longe

Quatro bem-te-vis levam nos bicos
o batel de ouro e lápis-lazúli,
e pousando-o sobre uma acácia
cantam o canto costumeiro.

O barco lá fica banhado
de brisa aveludada, açúcar,
e os bem-te-vis, já esquecidos
de perpassar, dormem no espaço.

À meia distância

Claridade infusa na sombra,
treva implícita na claridade?
Quem ousa dizer o que viu,
se não viu a não ser em sonho?

Mas insones tornamos a vê-lo
e um vago arrepio vara
a mais íntima pele do homem.
A superfície jaz tranquila.

De lado

Sente-se já, não a figura,
passos na areia, pés incertos,
avançando e deixando ver
um certo cógifo de sandálias.

Salvo orsto ou contorno explícito,
como saber que nos procura
o viajante sem identidade?
Algum ponto em nós se recusa.

De dentro

Agora não se esconde mais.
Apresenta-se, corpo inteiro,
se merece nome de corpo
o gás de um estado indefinível.

Seu interior mostra-se aberto.
Promete riquezas, prêmios,
mas eis que falta curiosidade,
e todo ferrão de desejo.

Sem vista

Singular, sentir não sentindo
ou sentimento inexpresso
de si mesmo, em vaso coberto
de resina e lótus e sons.

Nem viajar nem estar quedo
em lugar algum do mundo, só
o não saber que afinal se sabe
e, mais sabido, mais se ignora. (Carlos Drummon de Andrade)

terça-feira, abril 07, 2009

Para Sil...

"As coisas que não conseguem ser
olvidadas continuam acontecendo.
Sentimo-las como da primeira vez,
sentimo-las fora do tempo,
nesse mundo do sempre onde as
datas não datam. Só no mundo do nunca
existem lápides... Que importa se -
depois de tudo - tenha 'ela' partido,
casado, mudado, sumido, esquecido,
enganado, ou que quer que te haja
feito, em suma? Tiveste uma parte da
sua vida que foi só tua e, esta, ela
jamais poderá passar de ti para ninguém.
Há bens inalienáveis, há certos momentos que,
ao contrário do que pensas,
fazem parte de tua vida presente
e não do teu passado. E abrem-se no teu
sorrido mesmo quando, deslembrando deles,
estiveres sorrindo a outras coisas.
Ah, nem queiras saber o quanto
deves à ingrata criatura...
A thing of beauty is a joy for ever
- disse, há cento e muitos anos, um poeta
inglês que não conseguiu morrer."
("Uma alegria para sempre" - QUINTANA, Mario)

sábado, abril 04, 2009

OBRIGADO INTER!

Pelos mais de 10.000 dias que passei contigo INTER; por me fazer orgulhoso de ti e apaixonado por ti; por me ensinar a lutar sempre e a nunca me curvar diante das adversidades e adversários, mesmo sendo eles decantados como superiores; por tu ser o Clube do Povo do Rio Grande do Sul e permitir que eu tenha aprendido a conviver com todos dentro e fora do pátio do Beira Rio; por ter permitido que eu pagasse tantos ingressos de “coréia” a Colorados ainda mais apaixonados do que eu; por ter me mostrado os quatro cantos do Gigante; pelo prensado e pela ceva gelada do Celeiro de Ases; pelas tardes fria de inverno sob o sol assistindo aos treinos no suplementar; pelos pôsteres que decoram meus ambientes desde pirralho; pela camisa 5 do Falcão com a qual eu jogava bola na rua e pela camisa 5 com meu sobrenome bordado que eu presenteei a um tipo que imitava o “saci” (de cachimbo e gorro vermelho) naquele inesquecível 17.dezembro.2006; pelo Tetracampeonato Gaúcho 81-84 e pela touca que entreguei à china na conquista d´um outro Gauchão. Obrigado INTERNACIONAL, por tudo que fizeste por mim.

sexta-feira, abril 03, 2009

Internacional, 100.

Naquela noite de 1969, nos Eucaliptos, Tesourinha e Carlitos viram as luzes se apagando no estádio. Foram até as goleiras, retiraram as redes do velho campo colorado, e deixaram nuas as traves naquelas trevas. Era a última cerimônica antes da inauguração do Beira-Rio. Onde iniciaria o ciclo vitorioso e virtuoso que começou com um Falcão imperial nos anos 70 e acabou num Gabiru iluminado na noite japonesa e mundial, em 2006.

Ficou tudo escuro nos Eucaliptos no último ato da velha cancha naquele entrevado ano brasileiro de 1969. Em 14 de dezembro de 1975, a tarde de Porto Alegre estava cinza. Até um raio de sol iluminar a grande área onde o ainda maior Figueroa subiu para anotar o gol do primeiro dos três Brasileiros da glória do desporto nacional naqueles anos 70. O maior time do país em uma das nossas melhores décadas. O melhor campeão brasileiro por aproveitamento, no bicampeonato, em 1976. O único campeão invicto nacional, em 1979.

0 Internacional centenário. O clube da família italiana Poppe que deixou São Paulo para fazer a vida em Porto Alegre, em 1909. Tentaram jogar bola no clube alemão – não deixaram. Tentaram jogar tênis, remar, dar tiro – não deixaram. Então, juntaram um time de estudantes e comerciários para fazer um clube que deixasse entrar gente de todas as cores e credos. Dois negros assinaram a ata. O primeiro “colored” da Liga da Canela Preta (Dirceu Alves) atuou pelo clube em 1925, enquanto o rival só foi aceitar um negro em 1952 – justamente o Tesourinha, glória gaudéria nos anos 40, na década do Rolo Compressor que durou 11 anos, e dez títulos estaduais.

Inter que ergueu estádios com o torcedor que vestiu a camisa, arregaçou as mangas, e construiu arquibancadas de cimento armado e amado. Inter que apagou as luzes dos Eucaliptos para acender um gigante no Beira-Rio e ascender aos maiores lugares de pódios brasileiros, sul-americanos e mundiais. Superando potências e preconceitos, fincando a bandeira colorada da terra gaúcha no gramado do outro lado da Terra, vencendo um gaúcho genial como Ronaldinho e um Barcelona invencível aos olhos da bola.

Mas quem ousa duvidar da pelota que peleia? Dizem que o futebol gaúcho só é duro, só é viril. Diz quem não viu o Inter de Minelli, fortaleza técnica, tática e física. O Rolo inovador no preparo atlético e no apetite por gols. O futebol que ganhou o mundo em 2006 marcando como gaúcho, e contra-atacando como o alagoano Gabiru. Campeão com gringos como Figueroa, Villalba, Benítez, Ruben Páz, Gamarra, Guiñazú e D’Alessandro, com forasteiros como Fernandão, Valdomiro, Manga, Falcão, Bodinho, Dario, Larry, Lúcio, Nilmar, Mário Sérgio, gaúchos como Tesourinha, Carlitos, Oreco, Nena, Taffarel, Carpegiani, Chinesinho, Batista, Mauro Galvão, Dunga, Flávio, Paulinho, Claudiomiro, Jair.

Tantos de todos. Nada mais internacional. Poucos como o Internacional centenário. Aquele time de excluídos que, em 100 anos, hoje tem o sétimo maior número de sócios do planeta. São mais de 83 mil que têm mais que uma carteirinha. Eles têm um clube para amar que não depende de documento. Números e nomes não sabem contar o que uma bandeira vermelha pode fazer à sombra de um eucalipto. Uma bandeira vermelha pode ensolarar um estádio apagado, uma tarde cinzenta, e o mundo na terra do Sol Nascente. Aquele que iluminou Figueroa, aquele que inspirou Gabiru, aquele que neste 4 de abril vai nascer mais vermelho. (texto de Mauro Beting publicado na contracapa do Jornal Lance hoje)

quarta-feira, abril 01, 2009

A CASA DO BRASIL

Gigante da Beira-Rio, a casa do Brasil.