quinta-feira, dezembro 29, 2011

FELIZ ANO NOVO...

COLORADOS - UM FELIZ 2012...

QUE SE REPITAM AS ALEGRIAS DE 2011...

Com um elenco recheado de craques...




VITÓRIAS DECISIVAS EM CLÁSSICOS gNAIS...




E MAIS ALGUMAS TAÇAS NO ARMÁRIO...


Campeão da Taça Farroupilha, vencendo os pijamas na final


Gauchão, mais uma conquista, vencendo eles na final, claro! Jogadores comemoram vitória por 3x1 no clássico gNAL. Depois de ouvir o torcedor azul imitar um macaco quando foi para o aquecimento, Zé Roberto entrou em campo e mudou a história da decisão. Uma conquista típica do CLUBE DO POVO do Rio Grande do Sul.

Por que no Gigante da Beira-Rio nós sempre tratamos cafezinho como final de Copa do Mundo!


Plantel comemora a conquista do Bicampeonato da RECOPA, após vitória sobre o Independiente de Avellaneda-ARG

General Bolivar levanta o caneco da RECOPA (tá faltando lugar no armário!)

EM 2012, MAIS UMA VEZ, TODOS OS CAMINHOS e as RUAS DE FOGO LEVARÃO A FAMÍLIA COLORADA AO GIGANTE DA BEIRA RIO.




DESEJO A TODOS UMA ESPETACULAR TEMPORADA DE FUTEBOL e EMOÇÕES. E com mais uma expedição ao Japão no final da temporada. O Barcelona que se prepare bem, porque o COLORADO DOS PAMPAS vem aí.

Saudações rubras, do CAMPEÃO DE TUDO, DONO DA ALDEIA (39*) e SEMPRE NA PRIMEIRA DIVISÃO.

Luiz Portinho - mais de 750 jogos no Gigante da Beira Rio

e p'ra turminha da azenha... que venha logo o Tri-Rebaixamento e, quem sabe, a Taça Li"B"ertadores.

quarta-feira, dezembro 28, 2011

Final de ano

As faculdades de jornalismo deviam incentivar seus acadêmicos a fixar um paradigma que seria muito útil aos leitores, ouvintes e telespectadores. Após o dia 20 de dezembro, todas as redações deveriam fechar suas portas, conceder férias coletivas a repórteres, e determinar programações baseadas em músicas (no caso das rádios), reprises e retrospectivas (para jornais e emissoras de televisão).

É impressionante a banalidade e a repetição do noticiário dessa época. Os jornais que leiao estampam matérias, todas, baseadas em boatos ou na repetição de pautas. Ouvir rádio no final de um domingo é receber aquela gama de números e estatísticas enfadonhas sobre carros entupindo estradas; quilômetros de trânsito nas rotas e os cemitérios abarrotados de motoristas imprudentes. O noticiário esportivo é so boataria. Isso sem contar a já tradicional picaretagem parlamentar de final de ano. Dessa vez foi a liberação geral da Lei da Ficha Limpa (ou a sua não-aplicação).

Pilhas de lixo retiradas do rio, estiagem aqui, revolta das águas acolá. O mundo caminhando a passos largos para o caos. O ser humano cada vez mais imbecil.

sábado, dezembro 24, 2011

JUIZITE

Nós, magistrados, temos tendência a ficar prepotentes e vaidosos. Isso faz com que o juiz se ache um super-homem decidindo a vida alheia. Nossa roupa tem renda, botão, cinturão, fivela, uma mangona, uma camisa por dentro com gola de ponta virada. Não pode. Essas togas, essas vestes talares, essa prática de entrar em fila indiana, tudo isso faz com que a gente fique cada vez mais inflado. Precisamos ter cuidado para ter práticas de humildade dentro do Judiciário. É preciso acabar com essa doença que é a “juizite”. (ELIANA CALMON - Corregedora Geral da Justiça)

sábado, dezembro 03, 2011

RS PARADESPORTO

Espantem o abutre



* Crônica de Mario Marcos, que ganhou 2o lugar no Prêmio ARI 2011

Sempre que vejo imagens dos haitianos devastados pela cólera, poucos meses depois de um terremoto que arrasou com a pouca estrutura do país, lembro de um sul-africano chamado Kevin Carter (1960 – 1994). Um dia, ao caminhar perto de uma vila no sul do miserável Sudão, Carter teve sua atenção despertada pelo som de uma criança choramingando. Viu a menina e percebeu que ela tinha se abaixado para um rápido descanso da caminhada entre sua casa e um centro de alimentação. Carter preparou sua máquina e ficou ali, à espera de um ângulo para fotografar a menina. Fez isso depois de 20 minutos – e sua foto entraria para a história como uma das mais chocantes e impactantes da África. Ela mostra a criança abaixada, em primeiro plano, e ao fundo um abutre. O impacto da foto está em sua mensagem subliminar: não se sabe se o abutre está à espera da menina ou apenas atraído pelo lixão do local.

Carter esperou 20 minutos porque tinha esperança de que a ave abrisse suas asas, mas diante da demora clicou assim mesmo. A foto foi vendida ao The New York Times e publicada em 26 de março de 1993. A repercussão foi arrasadora. Durante toda a noite, as linhas telefônicas do jornal ficaram congestionadas por pessoas aflitas, que queriam saber se a menina tinha sobrevivido – e se Carter espantara o abutre. Sim, respondeu o jornal, o fotógrafo afastou a ave e, mesmo que não o fizesse, a menina ainda tinha forças para completar a caminhada até o centro de alimentação. O jornal só não sabia dizer o que acontecera com a criança depois da foto. Um ano mais tarde, Carter ganhou a distinção mais cobiçada de fotografia, o Prêmio Pulitzer por Recurso Fotográfico, na Universidade de Colúmbia, em Nova York. Naquele mesmo ano, ele dirigiu até um local de sua infância, desviou a mangueira do escapamento para o interior do carro e se suicidou.

Conta a lenda que o trauma pela foto o levou a isso, mas havia mais problemas atormentando o fotógrafo. Em um bilhete de despedida, ele revela que estava sem dinheiro, sem telefone, sem amigos e castigado por lembranças de “assassinatos, cadáveres, raiva e dor”.

Nos 15 meses entre a foto no Sudão e o suicídio, Carter sofreu com as críticas e o debate do velho dilema do fotógrafo: fazer logo o registro ou interferir no fato? Nem sua garantia de que espantou o abutre serviu para acalmar os críticos. Por que a foto causou tanto impacto e rejeição a Carter? Todos conhecem a miséria da África, todos acompanham há muito tempo histórias de crianças mortas de fome e sede em países como o Sudão, por que então a foto escandalizou tanto? Simples: é que todos se viram ao lado de Carter, olhando pelo visor da máquina. Ao apertar o disparador, ele trouxe a miséria para dentro da casa de cada um – e poucos o perdoaram por isso. Talvez muitos tenham ajudado a África depois do choque provocado por aquela foto, mas não importa: a dor e a imagem do abutre à espreita abalaram a moral de cada um.

Carter hoje fotografaria o Haiti e seus muitos abutres. Toda aquela comoção da fase do terremoto, a mobilização de artistas e governos, foi reduzindo-se aos poucos. Foi dia 12 de janeiro deste ano, mas dá a impressão de que foi há muito tempo. Em meio à destruição do pouco que tinham, os haitianos agora convivem com a cólera, que surge exatamente desta miséria em que vivem. Há representações de países trabalhando por lá, mas o esforço é quase nada comparado ao que o mundo poderia fazer. É que o impacto, neste mundo de informação rápida, costuma durar apenas 48 horas, como disse o promotor americano a uma repórter condenada por não revelar sua fonte, no filme Nada mais que a Verdade. As 48 horas do Haiti já passaram – e poucos se oferecem para afugentar o abutre.

domingo, novembro 13, 2011

Mulheres

na maior parte do tempo em que um homem está tentando
escrever
alguma mulher entra e sai
ela quer isso
ela quer aquilo.

na maior parte do tempo em que um homem está escrevendo
ocorrem discussões simultâneas com alguma mulher.

não é fácil discutir com uma mulher e escrever
ao mesmo tempo.
às vezes eu acho que as mulheres têm ciúmes da
máquina de escrever.

a máquina de escrever dá a elas refeições e restaurantes,
um carro decente, roupas, sapatos.
mas elas têm ciúmes da máquina de escrever.
"quando você vai pro andar de cima para escrever, eu fico completamente
sozinha", elas dizem.

quando eu vou lá pra cima para escrever eu fico sozinho
também.
houve vezes em que não havia
um andar de cima.
houve vezes em que havia um quarto
com o banheiro no fim do
corredor.
houve vezes em que não havia um
quarto ou uma máquia de escrever, apenas um
banco de praça.

"aquela máquina de escrever é a sua muleta"
elas dizem sabiamente.

estou velho demais para voltar para a fábrica,
a fábrica não iria me querer
agora.

felizmente
esta máquina tem sido tão fiel a mim
quanto qualquer mulher que eu tenha conhecido.

e hoje a noite é especial.
esotu sozinho de novo
exatamente como quando comecei.

meus dedos batem nas teclas.
a guerra nunca acabou.
eu gosto dessa luta.

e agora fica claro para mim que
não há nada tão bonito e
puro e tão pefeito quanto o
verso bem escrito. (BUKOWSKI, Charles - "os melhores homens são mais fortes sozinhos" - do livro VIDA DESALMADA)

kamikaze II

"No salão onde ocorriam as festas de despedida, os jovens oficiais estudantes bebiam saquê frio. Alguns engoliam o copo de um só trago. Outros sorviam grandes quantidades em goles consecutivos. O local se tranformava em caos. Alguns quebravam lâmpadas com suas espadas. Outros arremessavam cadeiras contra as janelas e rasgavam as toalhas da mesa. Um misto de hinos militares com xingamentos enchia o salão. Enquanto alguns vociferavam em fúria, outros soluçavam. Era a última noite de suas vidas. Embora, para todos os efeitos, estivessem prontos a sacrificar sua preciosa juventude ao alvorecer, em nome do imperador e do Japão, eles estavam dilacerados - uns repousavam a cabeça na mesa, outros escreviam testamentos ou juntavam as palmas das mãos em meditação, ou dançavam feito alucinados. Na manhã seguinte, todos decolaram, porando a faixa com o sol nascente na fonte." (relato de Kasuka Takeo - serviçal japonês da base naval de Tsuchiura durante a 2a Guerra Mundial - Revista Piaui n. 61)

kamikaze I

O pai de Sasaki Hachirö fez o possível para dissuadir o filho de ser voluntário para a missão de piloto kamikaze. Não tendo conseguido, jamais voltou a lhe dirigir a palavra. Mesmo quando Hachirö, com 22 anos de idade, veio se despedir, o pai saiu de casa e só retornou na manhã seguinte. Terminada a guerra, a família recebeu uma notificação da morte de Hachirö, junto com uma medalha e uma pequena soma de dinheiro. Sem dizer nenhuma palavra, o pai pegou o dinheiro, foi até uma loja de bebidas, comprou saquê e o bebeu sozinho." (Revista Piaui n. 61).

Pampas

"Uma coisa que sempre me impressionou na Argentina foi a diferença de alma entre a cidade e o campo. Nas cidades, os desentendimentos entre grupos e ideias são numerosos, e muitas vezes violentos. No campo - sobretudo no grande pampa - parece haver uma verdadeira harmonia entre patrões e peões, e uma ampla tradição de trabalho compartilhado.

Como a escravidão acabou cedo, e também nunca foi significativa nos pampas, o convívio se deu sempre entre pessoas livres e muito mais homogêneas em termos de cultura e etnia. Os números eram também pequenos, o que facilitava um espírito de aproximação e solidariedade naqueles imensos espaços.

Em mmomento de grande tumulto urbano e de acentuada radicalização política, uma grande senhora argentina teria dito, de forma memorável: Si viene el comunismo yo me voy a la estancia. A frase é citada como uma versão gaucha do comentário atribuído a Maria Antonieta de que, na falta de pão, o populacho deveria se alimentar de brioches. Não creio ter sido exatamente essa a intenção da senhora, embora a idéia de que, num regime comunista, ela pudesse conservar suas terras e seu gado não lhe parecesse verossímil." (Marcos de Azambuja - Revista Piaui n. 61 - outubro/11)

Mulheres

- Outra coisa que eu gostei na sua casa é a imundície. Garrafas de cerveja espalhadas pelo chão, montes de lixo por tudo quanto é canto, pratos sujos e uma coroa de merda na privada e a craca na banheira e todas aquelas giletes enferrujadas em volta da pia do banheiro. Eu sabia que você era capaz de chupar uma xoxota.
- Você julga o homem pelo lugar onde ele vive, né ?
- É. Quando vejo um homem de casa arrumada eu sei que tem alguma coisa errada com ele. E, se for muito arrumada, eu já sei que o cara é bicha. (BUKOWSKI, Charles - "Mulheres")

sexta-feira, setembro 30, 2011

Ruminações

"A internet encontra-se ligada à questão de se estar só. Torna-se cada vez mais difícil uma pessoa ficar sozinha com seus pensamentos, articulando suas idéias independentes. Antigamente, quando anoitecia ou escurecia, o mundo se recolhia consigo mesmo e suas ruminações. Hoje temos a eletricidade, a televisão, saímos de casa etc. Assim, podemos estar o tempo todo com outras pessoas, com outras coisas acontecendo. Suspeito de que todo esse frenesi pode nos impedir de desenvolvermos a nós próprios e a nossas idéias. Somos permanentemente bombardeados pelas opiniões alheias. E a internet é mais um passo naquela direção: tudo e todos estão lá. É como agora os aviões incluírem pequenas televisões em cada cadeira - já não podemos ficar com as nossas divagações ou simplesmente contemplando a paisagem. Há sempre alguém por perto." (Alain Botton - Revista Piaui n. 60, p. 13).

domingo, setembro 18, 2011

mateando

sábado, setembro 17, 2011

sexta-feira, setembro 16, 2011

paisano

quarta-feira, agosto 31, 2011

Eskerrik Asko Mundaka

MUNDAKA, Pais Basco, é a Jeffre's Bay das esquerdas; uma onda longa, tubular e manobrável... Aqui um documentário em 6 partes sobre a história do povoado de Mundaka e dessa onda inigualável.













terça-feira, agosto 30, 2011

BOCHINCHO


quarta-feira, agosto 24, 2011

IMPOSSÍVEL ESQUECER


O Inter fazia grande campanha no Brasileirão de 1997. O time treinado por Celso Roth liderava o campeonato e não tomou conhecimento do Grêmio: aplicou 5 a 2 em pleno Estádio Olímpico, com uma atuação história de do atacante Fabiano, que desequilibrou o clássico e marcou dois gols.
.
Depois de conquistar o Gauchão de 1997 em cima do Grêmio, com um golaço de Fabiano na final no Beira-Rio, o Inter saiu de casa para encarar outro clássico. Desta vez, o Gre-Nal era válido pelo Campeonato Brasileiro, no dia 24 de agosto, no Olímpico.
.
Foi um passeio da equipe colorada em pleno domínio gremista. Fabiano, já consagrado no Gauchão, acabou com seus marcadores, marcou dois gols e participou de outro marcado por Sandoval. Christian abriu o placar em uma bela cabeçada, ainda no começo do jogo, após cruzamento perfeito de Enciso. Instantes depois, o goleiro Danrlei é substituído por Murilo, alegando uma lesão muscular até hoje mal-explicada.
.
Ainda no primeiro tempo, Christian acabou expulso após desentendimento com o volante Otacílio, também expulso de campo. Na sequência, o capitão colorado Fernando brigou com André Santos e ambos foram expulsos, deixando cada time com 9 jogadores. Aos 32, Sandoval ampliou após magistral jogada de Fabiano, que deixou Rivarola sentado e passou para ampliar o marcador.
.
Fabiano começou seu festa nas redes tricolores aos 16 minutos do segundo tempo: 3 a 0 após rebote de Murilo. Logo aos 23, mais um gol do ponteiro, em um belíssimo chute cruzado, sem chances para Murilo. Na comemoração, Fabiano sai com os olhos esbugalhados e é cercado pelos repórteres. Indagado sobre para quem seria a dedicatória deste gol, o simplório ponteiro colorado diz: "Este gol vai... Este gol vai.. Este gol vai pra todo mundo, porra!".
.
Naquele momento, o placar eletrônico do estádio Olímpico simplesmente "apagou", para não registrar o vexame histórico na casa do tricolor. Mas, curiosamente, o placar voltou a funcionar quando Sérgio Manoel, em um cruzamento errado, descontou para 4 a 1.
.
O meia Marcelo marcou o último gol da goleada aos 38 do segundo tempo, após chute de Luciano e rebote de Murilo: 5x1. Nas gerais, os poucos gremistas que permaneciam no estádio olhavam atônitos a festa completa da Nação Colorada. Nos acréscimos, o reserva tricolor Gilmar marcou um golaço e selou o placar final, 5 a 2 para o Internacional. Irônicamente, os milhares de colorados aplaudiram o gol gremista, selando uma tarde histórica.
.
Foi o tiro de misericórdia no já agonizante time gremista, que não se achou mais na temporada e escapou do rebaixamento somente na última rodada. Foi uma vitória que lavou a alma dos colorados. Até hoje ainda podem ser vistos adesivos em carros com uma mãozinha espalmada fazendo alusão à goleada: "cinco muito", brinca a torcida. Uma tarde de Fabiano.
.
Grêmio 2 x 5 Internacional
.
Data: 24/08/1997
.
Local: Estádio Olímpico
.
Arbitragem: Oscar Roberto de Godói
.
Gols: Christian, aos 4, Sandoval, aos 32 do primeiro tempo, Fabiano, aos 16 e 23, Sérgio Manoel, aos 28, Marcelo, aos 38 e Gilmar, aos 45 minutos do segundo tempo.
.
Grêmio: Danrlei (Murilo), Arce, Rivarola, Luciano, André Santos, Otacílio, Luiz Carlos Goiano, Beto (Paulo Cesar Tinga), Sérgio Manoel, Zé Alcino (Gilmar) e Guilherme; Técnico: Hélio do Anjos.
.
Internacional: André, Enciso, Marcão, Régis, Luciano, Anderson, Fernando, Sandoval (Mabília), Arílson (Marcelo), Fabiano (Espínola) e Christian; Técnico: Celso Roth.

IMPOSSÍVEL ESQUECER II

Vale a pena só pela cara de bundo do Paulo Brito...

IMPOSSÍVEL ESQUECER III

IMPOSSÍVEL ESQUECER IV

porque gNAL é mais gNAL na Guaíba...

IMPOSSIVEL ESQUECER V

É FOLHARADA!!!

segunda-feira, agosto 22, 2011

Esportes Paraolímpicos



Seminário discutiu alternativas para a qualidade de vida das pessoas com deficiência
Seminário discutiu alternativas para a qualidade de vida das pessoas com deficiência

O seminário Qualidade de Vida na Deficiência, realizado nesta manhã (22), no Teatro Dante Barone, e coordenado pela presentadora da TV Assembleia Legislativa, Juliana Carvalho, apresentou o painel Esportes Adaptados e Escola Paraolímpica, com o presidente da Associação RS Paradesporto, Luiz Cláudio Portinho. A atividade integra a programação da 1ª Semana da Valorização da Pessoa com Defiência, evento promovido pelo Parlamento gaúcho por meio do programa Assembleia Inclusiva.

O debatedor fez um histórico do esporte voltado às pessoas com deficiência que culminaram na realização dos Jogos Paraolímpicos, que ocorrem sempre no mesmo ano e na mesma sede dos jogos Olímpicos. “O esporte paraolímpico passou a ganhar força a partir de projetos após a Segunda Guerra Mundial que pretendiam ajudar na recuperação de mutilados e lesados pelo conflito. Hoje as sedes olímpicas já são todas adaptadas aos atletas com deficiência, tornando-se assim um exemplo para todas as cidades”, contou Portinho.

O projeto RS Paraesporte já existe há dois anos, e se diz herdeiro de outras iniciativas voltadas ao público, que sempre trabalharam no sentido de reinserir estas pessoas no mercado de trabalho e garantir-lhes qualidade de vida. “Hoje existem diversas associações e ONG´s que trabalham com o esporte na deficiência. Mas não podemos esquecer dos pioneiros, que durante décadas levaram esta bandeira de forma totalmente independente e sem nenhuma visibilidade”, exaltou.
O presidente da Associação RS Paraesporto também se queixou da falta de apoio institucional que existe ao esporte paraolímpico no Rio Grande do Sul, que mesmo com grandes resultados segue à margem na distribuição de verbas e na criação de espaços para a prática esportiva. “Faltam políticas públicas, diria até que elas inexistem, tanto por parte dos governos municipais quanto do governo do Estado. Tudo depende apenas do esforço das pessoas envolvidas, e no esporte de alto rendimento sabemos que o ideal é o atleta estar concentrado apenas no seu desempenho. Mas não, temos que ser atletas, marketeiros, administradores, etc”, reclamou.
Escola Paraolímpica
Apresentada como a “menina dos olhos” da RS Paraesporte e como um passo importante para o desenvolvimento esportivo para os deficientes, a Escola Paraolímpica foi fruto de um grande esforço por parte dos esportistas e de seus apoiadores. Segundo Portinho, as dificuldades foram muitas, pois a verba existia e não era liberada pelos organismos públicos. “Tivemos que ingressar no Ministério Público, infelizmente, para liberar algo que tínhamos direito. Já haviam crianças interessadas, e nos sentíamos constrangidos e frustrados cada vez que as mães vinham até nós perguntar sobre o projeto”, contou.
Atualmente a grande luta é para encontrar professores especializados no trabalho com os diferentes níveis de limitações e deficiências apresentados pelos desportistas. “É inaceitável que não existam professores de educação física para participar do projeto. Mesmo a desculpa de que as universidades, de forma errada, não preparam os alunos para lidar com este público não é válida. Ninguém sai do curso sabendo tudo, para isto existe as especializações”, argumentou.
Portinho terminou sua intervenção exaltando o trabalho de muitas pessoas que auxiliam os projetos, e também as pessoas com deficiência que encontraram no esporte uma forma de obter qualidade de vida, e muitas vezes até uma forma de renda. “Já passamos daquela fase em que os deficientes eram vistos como um fardo para as famílias, pessoas dignas de pena. Hoje muitos já trabalham, e em muitos casos sustentam suas famílias. No caso do esporte, muitos já sobrevivem exclusivamente de sua prática esportiva, com bons patrocinadores, estrutura e tudo mais. Mas ainda falta para muitos rever seus conceitos”, finalizou.

sábado, agosto 20, 2011

Semana de valorização

Entre 20 e 28 de agosto acontece a I Semana de Valorização da Pessoa com Deficiência promovida pela Assembleia Legislativa gaúcha. A série de atividades gratuitas e abertas ao público visa a conscientizar a sociedade a respeito do tema e a acelerar o processo de inclusão. Palestras que tratam de autismo, qualidade de vida na deficiência, exposições fotográficas e de artes plásticas, desfile de moda inclusiva e até uma passeata no Parque Farroupilha fazem parte da programação (confira, abaixo, a programação completa). “Este é um evento de grande importância, pois busca conscientizar a sociedade e o poder público da necessidade de se trabalhar para que as políticas públicas para pessoas com deficiência se tornem uma realidade concreta”, afirma o presidente da Assembleia, deputado Adão Villaverde (PT).

“Esta é uma temática que cada vez mais ocupa os debates no Legislativo estadual. Mesmo tendo muita coisa ainda a ser feita, o nosso Legislativo, que tem a missão de ser um espaço de defesa da democracia, da tolerância e da inclusão, está sempre à disposição das pessoas com deficiência”, acrescenta Villaverde.

As atividades são promovidas pelo grupo de trabalho da Assembleia que trata do tema inclusão, formado por servidores da Escola do Legislativo Deputado Romildo Bolzan, da Superintendência de Comunicação Social, do Departamento de Gestão de Pessoas e do Fórum Democrático, e fazem parte do programa Assembleia Inclusiva. A coordenadora do grupo, a publicitária e cadeirante Juliana Carvalho, considera esta uma oportunidade ímpar para que o Legislativo faça a sua parte no que se refere ao fim das barreiras entre pessoas com e sem deficiência. “A programação da semana vai mostrar de forma atrativa e lúdica as inúmeras capacidades das pessoas com deficiência. Sim, nós podemos dançar, praticar esportes, nos dedicar à arte e também participar da moda”, avalia.

Uma sensibilização dos deputados para a temática está programada para terça-feira (23), no Salão Júlio de Castilhos, com a disponibilização de cadeiras de rodas, bengalas e o uso de vendas para que os parlamentares possam vivenciar a realidade das pessoas com deficiência.

Conheça melhor as atrações e os parceiros destas atividades:

O Ciclo Permanente de Palestras sobre Autismo abordará, no sábado (20), temas como aplicação dos tratamentos biométricos e dietas no tratamento do autismo. Tem promoção do Instituto Autismo & Vida, uma organização não governamental formada por pais de pessoas que estão no espectro do autismo. Já o Movimento SuperAção, formado por pessoas com e sem deficiência de todo o Brasil, é o parceiro na passeata marcada para domingo (21), com concentração às 10h, do Espelho d Água do Parque Farroupilha (Av. Setembrina). A iniciativa já acontece há oito anos em São Paulo, além de ter edições no Rio de Janeiro e até na Argentina. Em Porto Alegre, ocorre pela segunda vez.

No seminário sobre qualidade de vida na deficiência, na segunda-feira (22), serão tratados assuntos como Lazer e Turismo, com o presidente da Ong Caminhadores RS, Rotechild Prestes. Ele é guia de turismo com habilitação em acessibilidade, ecoturismo e turismo de aventura, além de membro do Conselho Municipal das Pessoas com Deficiência de Porto Alegre. Os esportes adaptados e a Escola Paraolímpica serão tema da manifestação de Luiz Cláudio Portinho, presidente do RS Paradesporto. A publicitária Juliana Carvalho vai falar sobre sexualidade depois da lesão medular. A apresentadora do programa Faça a Diferença da TV Assembleia é cadeirante e coordena o Movimento SuperAção no Rio Grande do Sul, além de ser autora do livro Na minha Cadeira ou na tua?.

A oficina de dança integrada comandada por Carla Vendramin, na quinta-feira (25), vai reunir pessoas com e sem deficiência para realizarem tarefas de improvisação, improvisação com objetos cênicos, composições de sequências de movimento integrado e composição em pequenos e grandes grupos. À tarde haverá demonstração de Esportes Paraolímpicos como basquete em cadeira de rodas, esgrima em cadeira de rodas, tênis de mesa adaptado e vela adaptada. As atividades do dia se encerrarão com o Sarau no Solar, no Teatro Dante Barone, com o músico com deficiência visual, o pianista Angelin Loro.

Kica de Castro, publicitária e fotógrafa, proprietária de uma agência de modelos para pessoas com deficiência desde 2007, mostra, pela primeira vez no Estado, sua exposição “Toda nudez vai ser revelada”. Além disso, faz palestra na sexta-feira (26) falando sobre sensualidade na deficiência. A fala antecede o evento mais badalado da semana: um desfile de moda inclusiva, assinado pela estilista Vitória Cuervo. Inspirada no Parque da Redenção, a coleção primavera/verão será apresentada por modelos com e sem deficiência. No casting estará a Miss Brasil com deficiência visual, Giselle Hübbe, e também a apresentadora Alice Neves.

Paula Arpini assina a exposição Pintando com a Boca. A artista tem deficiência psicomotora e pinta há 23 anos com guache sobre papel. É um exemplo de superação e das múltiplas possibilidades das pessoas com deficiência.

Programação Completa

Sábado | 20 de Agosto

1ª Edição do Ciclo Permanente de Palestras sobre Autismo

Local: Teatro Dante Barone na Assembleia Legislativa

9h Aplicação dos Tratamentos Biométricos no Autismo com Dra. Simone Pires, médica de São Paulo, especialista em protocolo DAN! (Defeat Autism Now) para o autismo. 14h Dietas no Tratamento do Autismo com Claudia Marcelino, mãe de autista, residente no Rio de Janeiro, autora do Livro “Autismo – Esperança pela Nutrição”.

Domingo | 21 de Agosto

10h 2ª Edição da Passeata Movimento SuperAção

Local: Parque da Redenção – concentração no Espelho D’água.

11h30 Abertura Oficial da I Semana de Valorização da Pessoa com Deficiência, promovida pela Assembleia Legislativa em conjunto com as aberturas da 17ª Semana Estadual e 14ª Semana Municipal da Pessoa com Deficiência. Fala de autoridades e shows.

Segunda-feira | 22 de Agosto

Seminário Qualidade de Vida na Deficiência

Local: Teatro Dante Barone na Assembleia Legislativa

8h30 Abertura

9h Lazer e Cultura com Rotechild Prestes, Presidente da ONG Caminhadores RS

10h Esportes adaptados e Escola Paraolímpica com Luiz Cláudio Porto, presidente do RS Paradesporto.

11h Sexualidade depois da lesão medular com Juliana Carvalho, autora do livro Na minha Cadeira ou na tua?

12h Encerramento

19h Apresentação do Espetáculo Celebridades com o Centro Inclusivo de Artes Legato

Segunda a Sexta-feira | 22 a 26 de Agosto

Exposição fotográfica “Toda nudez vai ser revelada” de Kica de Castro na Galeria dos Municípios


Segunda a Sexta-feira | 22 a 26 de Agosto

Exposição “Pintando com a Boca” de Paula Arpini no Espaço Novos Talentos

Terça-feira | 23 de Agosto

13h30 Exposição do Poema “Deficiências” de Mário Quintana, no Salão Júlio de Castilhos

Sensibilização com os deputados, uso de vendas, bengalas e cadeira de rodas

Quarta-feira | 24 de Agosto

14h Projeção de fotos dos estagiários com deficiência em atividade na Assembleia Legislativa no Salão Júlio de Castilhos

Quinta-feira | 25 de Agosto

9h Workshop de Dança Integrada

Local: Vestíbulo Nobre na Assembleia Legislativa

O workshop consta de aquecimento e tarefas de improvisação, improvisação com objetos cênicos, composição de sequências de movimento integrado, composição em grupos pequenos e com todo o grupo. Público de pessoas com e sem deficiência. Ministrado por Carla Vendramin.

14h Demonstração de Esportes Paraolímpicos na Esplanada

Local: Esplanada na Assembleia Legislativa

Modalidades: basquete em cadeira de rodas, esgrima em cadeira de rodas, tênis de mesa adaptado, vela adaptada.

18h30 Sarau no Solar com músico Angelin Loro, pianista consagrado e cego

Local: Teatro Dante Barone na Assembleia Legislativa

Sexta-feira | 26 de Agosto

17h Palestra com a fotógrafa Kica de Castro no Vestíbulo Nobre.

18h30 Desfile de Moda Inclusiva

Local: Vestíbulo Nobre na Assembleia Legislativa

O primeiro desfile de Moda Inclusiva do Estado será assinado pela estilista Vitória Cuervo. Inspirada no Parque da Redenção a coleção primavera/verão é feminina e terá no casting modelos com e sem deficiência valorizando as diversas formas de beleza da mulher brasileira. As roupas serão sob medida e adaptadas para cada uma, conforme suas necessidades. Entre as modelos, está a Miss Brasil com Deficiência Visual, Giselle Hubbe.

Para saber mais acesse: www.al.rs.gov.br/assembleiainclusiva

quinta-feira, agosto 18, 2011

A ERA DORIVAL


Dorival Jr. estreou bem na casa mata Colorada. Não só pelos três pontos da vitória por 1x0 contra o Botafogo, mas, acima de tudo, pela escalação equilibrada e correta da equipe. Na ausência de Índio a promoção do jovem R. Moledo. Zé Mario mantido na lateral esquerda (e se deixarem esse guri jogar, o Kleber não deixará saudades - e olha que não me encaixo entre os críticos deste último).

No meio de campo a mais do que correta retirada de W Matias da equipe e colocação de P. C. Tinga no banco de reservas, prestigiando-se o guri Elton, de ótimas atuações recentes, ao lado de Guinazu, que regressava de lesão (e foi o monstro de sempre no combate e desarme - é incrível como o Guina fica meses de fora por lesão e regressa como se nada tivesse acontecido).

Na parte ofensiva, Andrezinho - de grande participação - e D´Alessandro, menos participativo, porém com grande eficácia deram boa conta do setor da criação. E o atacante Jô começa a mostrar boas credenciais. Quando de sua contratação eu disse que se trata do companheiro ideal para Damião. E no jogo contra o Botafogo Jô começou a apresentar suas credenciais. Com a sequência de jogos, deve se firmar no time (é uma lástima que Damião foi convocado para a maldita seleção e ficará de fora de algumas partidas - atrapalhando a continuidade da dupla).

Falta ainda muito para termos um time confiável; muito mais para um time imbatível. Tenho receio de que Dorival seja como todos os outros treinadores, que na primeira partida escalam o time ideal e pretendido pela maioria da torcida, para agradar. Receio de que na sequência Dorival seja escravo da "mesmice treinadorística".

Do ponto de vista da mecânica de jogo, penso que se deva explorar mais o jogo pelos flancos, estimulando-se os laterais a alçarem bolas constantes na área inimiga. Com a presença de Jô e Damião, nossa artilharia fica pesada e eficaz. E, claro, há sempre o rebote de tais lances com oportunidades interessantes para os chutes de fora da área de Andrezinho e D´Alessandro.

Começou bem a Era Dorival. Mas é preciso cautela nos elogios.

O REI VEM AI...

Na sua última passagem pela Capital, o Rei embalou o Dia dos Namorados dos gaúchos<br /><b>Crédito: </b> Mauro Schaefer / CP Memória


O Rei Roberto Carlos tem um encontro marcado com os porto-alegrenses em outubro. O cantor, a sua orquestra e coral se apresentarão no dia 15, às 21h30min, no Gigantinho. (fonte: CORREIO DO POVO)

The Worst And The Best

"in the hospitals and jails
it's the worst
in madhouses
it's the worst
in penthouses
it's the worst
in skid row flophouses
it's the worst
at poetry readings
at rock concerts
at benefits for the disabled
it's the worst
at funerals
at weddings
it's the worst
at parades
at skating rinks
at sexual orgies
it's the worst
at midnight
at 3 a.m.
at 5:45 p.m.
it's the worst" (Charles Bukowski)

DAMIGOL NA SELEÇÃO

Dia 18 de agosto é um dia especial para o atacante colorado Leandro Damião, exatamente há um ano atrás ele marcava o gol que dava o título de Bicampeão da América para o Inter. Hoje foi convocado pelo técnico Mano Menezes para Seleção Brasileira.

E para não passar em branco vale registrar que ontem Leandro Damião marcou o gol da vitória colorada sobre o Botafogo pelo Campeonato Brasileiro.



quarta-feira, agosto 17, 2011

sexta-feira, julho 01, 2011

OPORTUNIDADE PARA CONHECER O TÉCNICO FALCÃO


A melhora do time passa sim pela aproximação de Dalessandro e Oscar e suas ótimas atuações, mas, não se pode negar, passa muito mais pela fixação do sistema de 2 volantes e 2 meias ofensivos... Sempre que atuou com Guinazu e Tinga o meio campo rendeu defensiva e ofensivamente. Não pelos nomes, mas pelo sistema. Fosse Glaydson e Bolatti ao invés de Tinga e Guinazu e teria rendido igualmente. Qualquer dupla que contemple 2 desses 4 nomes se sairá bem.

Aliás, pela equivocada utilização de 3 volantes em Abu Dabi também passou nossa derrota para o Mazembe. No mínimo desde setembro de 2010 preconizo a abolição do maldito sistema com 3 volantes:

" OS ERROS DE CELSO
.
Começo pelo maior deles: morrer abraçado com os volantes. Tirar W. Mathias (ou até Guiñazu que jogou amarelado durante 60 minutos) era algo óbvio se o objetivo era a vitória. Roth precisa testar uma meia cancha com Guiñazu de cabeça de área (e movimentação limitada), Tinga, Giuliano e D’Alessandro. (BLOgNAL - COLUNA n. 188 - 13.SETEMBRO.2010)"

Roth insistiu e morreu abraçado com ele. Falcão, ao que parece, começa a eliminá-lo de vez das bandas do Beira-Rio. A conjectura atual trará um teste definitivo para as convicções de Falcão. Sem Tinga (lesionado), D'Alessandro (suspenso) e Oscar (convocado para seleção Sub20), poderá escalar uma meia cancha com Guinazu, Bolatti (ou Glaydson), R. Goulart (no lugar de Oscar) e Fabrício (no lugar do argentino). Mas poderá, também, retomar o sistema com 3 volantes, em flagrante retrocesso tático.

ESCÁRNIO AOS PRINCÍPIOS ÉTICOS

Jornal Zero Hora/RS 29/06/2011

Um escárnio aos princípios éticos, por Luis Roberto Ponte*

A gênese da Lei 8.666, que rege as licitações em nosso país, é o inciso XXI do Art. 37 da Constituição de 1988. Eu o redigi pessoalmente, com a ajuda do respeitado constituinte de esquerda FHC, solicitada para evitar mau juízo sobre a intenção do proponente, um constituinte empreiteiro.

Em 1992, o uso de enganosos mecanismos corruptores que, ao resguardo da legislação vigente, permitiam o malévolo direcionamento das obras públicas, tinha assumido um nível insuportável, gerando forte reação das empresas representadas pela Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC). A partir dessas denúncias, passamos a estudar, com a CBIC, e outros personagens conhecedores do problema, um PL para impedir esses camuflados dispositivos. Apresentei o projeto na Câmara dos Deputados ainda em 1992, o qual, em 1993, veio a se converter na atual Lei de Licitações, 8.666.

Foram as denúncias da imprensa, da CBIC e das empresas vilipendiadas que viabilizaram a aprovação da nova lei.

O Regime Diferenciado de Contratações (RDC) que acaba de ser aprovado na Câmara dos Deputados ressuscita dispositivos obscuros do Decreto-Lei 2.300 e legaliza sorrateiros mecanismos de corrupção ainda hoje utilizados, mas apenas quando não se cumpre a Lei 8.666. O RDC escancara as portas da corrupção quando, contrariando as refletidas vedações da Lei 8.666, legaliza permissão para: 1) tornar sigilosos os orçamentos das obras (Art. 6º), mecanismo que, associado à desclassificação das propostas com preços inferiores a um valor mínimo, também mantido em sigilo até a abertura dos envelopes, era muito usado, antes da Lei 8.666, para direcionar uma obra pública ao parceiro escolhido, bastando ao governante utilizar um valor mínimo bem alto, e vazá-lo ao amigo preferido para garantir-lhe a vitória na licitação por preço tão elevado quanto desejarem, operação camuflada e simples;

2) usar critérios subjetivos no julgamento das propostas, a pretexto de nebulosos conceitos técnicos, ambientais e econômicos (Art. 4º, e vários outros dispositivos nele disseminados), que era outra forma ultraeficaz de o governo alijar quem quisesse e entregar a obra a quem desejasse;

3) juntar, na mesma licitação, a realização do projeto e da obra (Art. 9º), regime de licitação que torna impossível o indispensável julgamento objetivo, o que já enseja gravíssimas injustiças, sendo ainda mais grave terem colocado um mecanismo que permite dirigi-la ao companheiro escolhido apenas com o vazamento, a este, dos elementos da licitação, antes da publicação do edital, posto que o prazo de 30 dias estabelecido para entrega das propostas (Art. 15, II, a) é incompatível com a simultânea confecção da proposta e de um projeto sério, e impossível de ser cumprido responsavelmente por quem não tenha tido anteriores informações privilegiadas.

4) obrigar a grandes e inúteis despesas dos licitantes com a preparação de propostas e a prévia confecção de projetos, que, à exceção do vencedor, serão jogados no lixo após a licitação, impedindo, praticamente, a participação de empresas de menor porte, privilegiando os que têm mais dinheiro para desperdiçar ou mais certeza de vitória; 5) pagar valores adicionais ao empreiteiro como prêmio por desempenho, qualidade, prazos etc. (Art. 10), podendo-se imaginar o potencial de um governante inescrupuloso que disponha de um instrumento desses para aplicar em acréscimos subjetivos de pagamento em obras que somam bilhões de reais, e 6) acrescer o valor do contrato, sem qualquer limite (Art. 39), desrespeitando a barreira dos 25% estabelecida na Lei 8.666, e apenas por uma decisão da Fifa e de outros organismos não nacionais!

Qualquer leigo que leia o RDC ou o Decreto-Lei 2.300 não perceberá os malefícios dos enganosos dispositivos, posto que eles são sempre precedidos de afirmações, contrárias ao que de fato são, de que têm nobres objetivos, boas intenções e fortes razões técnicas. Somente os que vivenciaram sofisticadas discriminações percebem que essas afirmações são apenas engodos, de difícil percepção para quem não é do ramo, e que só servem para camuflar e legalizar a corrupção.

O engodo mais utilizado pelos críticos da Lei 8.666 é o de que ela é muito complexa, com exigências exageradas, e que incentiva demandas judiciais que protelam o julgamento das licitações. Nada mais falso do que essas afirmações. Os que as fazem, ou são inocentes úteis que desconhecem os detalhes da lei e se emprenham por enganosas informações, ou são mal-intencionados que a querem desmoralizar, para modificá-la, porque não se conformam que ela busque extinguir o poder de se direcionar uma concorrência para o companheiro preferido, e impossibilitar a contratação de uma obra por preços exorbitantes.

A quase totalidade das demandas judiciais nas licitações só acontece quando os seus editais desrespeitam a lei, geralmente com o objetivo de privilegiar alguma empresa.

Quem deseja licitações sem protelações por demandas judiciais, com deliberações justas e objetivas, sem possibilidade de contratação por preços exagerados, basta lutar pelo cumprimento dos dispositivos da Lei 8.666, entre os quais os que mandam fixar um preço máximo para aceitação das propostas, que deve ser determinado a partir de orçamento detalhado feito sobre um projeto bem definido e tornado público para toda a sociedade, o que já impede qualquer possibilidade de conchavos de licitantes resultarem em prejuízo para o erário.

*Ex-deputado federal, autor da Lei 8.666

quinta-feira, junho 16, 2011

Confissão

esperando pela morte como um gato que vai pular na cama sinto muita pena de minha mulher ela vai ver este corpo rijo e branco vai sacudi-lo talvez sacudi-lo de novo: "Hank!" e Hank não vai responder não é minha morte que me preocupa, é minha mulher deixada sozinha com este monte de coisa nenhuma. no entanto eu quero que ela saiba que dormir todas as noites a seu lado e mesmo as discussões mais banais eram coisas realmente esplêndidas e as palavras difíceis que sempre tive medo de dizer podem agora ser ditas: eu te amo. (Charles Bukowski)

quarta-feira, junho 15, 2011

Não vale a pena ver de novo

Repetição de velhas falhas. Erros mais do que previsíveis. Jogadores mal posicionados em campo. As semanas que o calendário concedeu a P. R. Falcão não surtiram qualquer feito na hora do vamos ver. O time apresentou os mesmo problemas de outrora. Equilíbrio e compactação, palavras tão rotineiras dentro do Beira Rio, infelizmente, são peças clássicas da retórica treinadorística. O problema é que, dentro das quatro linhas, falta equilíbrio e não há compactação alguma entre os setores. A meia cancha não protege a zaga e não consegue municiar o ataque. Os laterais, como diz o mestre C. Cabral (Rádio Band AM) ficam entre San Juan e Mendoza; nem marcam e nem apoiam. A Avenida Nei, em nosso flanco defensivo direito, continua a ser o caminho preferido para que os adversários cheguem a nossa meta. E é por ali que sofremos pelo menos 60% dos golos (o restante é dividido em 30% de bolas paradas e 10% de chutes de fora da área). Falcão concede entrevistas demonstrando tranqulidade e dizendo que não está preocupado. E, de fato, o que mais preocupa não são os resultados, mas sim a repetição de falhas e conceitos mais do que superados.

Sigo a análise em http://mundoesportivo-classicos-grenal.blogspot.com/

domingo, junho 12, 2011

terça-feira, junho 07, 2011

COMENTÁRIO COLORADO

ANO I - NUMERO 001


segunda-feira, junho 06, 2011

CHEGOU O FRIO...

Imagens do amanhecer gelado no Rio Grande.
Fotos do site METSUL





quarta-feira, maio 11, 2011

Humanidade nada humana

O Superior Tribunal de Justiça "reconheceu o status de união estável aos relacionamentos homoafetivos com base em leis infraconstitucionais. Para a relatora, as uniões de pessoas de mesmo sexo se baseiam nos mesmos princípios sociais e afetivos das relações heterossexuais. Negar tutela jurídica à família constituída com base nesses mesmos fundamentos seria uma violação da dignidade da pessoa humana. A decisão confirma a partilha de bens determinada pelo Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul (TJRS) com base nas regras do Direito de Família." (clique aqui e confira a íntegra da notícia). Na semana passada, mais precisamente no dia 5 de maio, a Suprema Corte já reconhecera que a união homoafetiva encontra proteção em nosso sistema constitucional, criticando qualquer forma de discriminação (clique aqui e confira matéria).

Não quero aqui ingressar no debate do tema propriamente dito, mas fazer uma reflexão. Nesse julgamento de hoje que acabo de mencionar, no Superior Tribunal de Justiça, o recurso foi encaminhado ao Tribunal Superior por um homossexual que manteve relação homoafetiva durante 10 anos e, por força de tal fato, foi condenado a dividir com o companheiro os bens adquiridos na constância do relacionamento. O homossexual alegava exatamente que a divisão de bens importaria em ofensa a normas do Código Civil e da Lei n. 9.278/1996, que se referem à união estável como união entre um homem e uma mulher, ou às regras da sociedade de fato.

Então, estamos diante de situação em que o homossexual alegou em seu recurso, para proteger interesses financeiros e econômicos, exatamente a tese daqueles que são e sempre foram contrários ao reconhecimento das uniões homoafetivas. E, diga-se, por isso, são considerados preconceituosos e discriminadores.

Como apontei, é apenas uma reflexão que gostaria de fazer. Nessa sociedade em que estamos vivendo, os interesses econômicos e financeiros estão acima de qualquer coisa. Até mesmo de questão tão relevante como o reconhecimento de direitos a igualdade e dignidade.

E assim caminha essa nossa humanidade do século XXI...

ROBERT NESTA MARLEY


30 anos de morte...

imenso respeito


Preciso respeitar esses trabalhadores da mais alta dignidade que todos os dias quando vou chegando em casa vejo sair do galpão do Departamento de Limpeza Urbana (DMLU) com a companhia inseparável de seu carrinho de lixo e da vassoura velha de guerra. São essas figuras que na madrugada limpam as ruas da cidade, retirando dela toda a sujeira que fazemos durante o dia. Meu tributo a essas figuras, cujo trabalho é tão barato e cujo serviço prestado e tão importante.

quarta-feira, abril 27, 2011

AGUARDO RETRATAÇÃO





A vitória de domingo em Caxias do Sul produziu num único lance duas situações que exigem pronta e urgente retratação por parte de uma gama de "'doutos" do futebol pampeano. A "lambreta" que o Damião aplicou no zagueiro caxiense, deixando-o com uma lordose para o resto da vida, escancarou a técnica apurada e rara de nosso centroavante, a exigir retratação (pronta e urgente, repito) daqueles que o taxavam de tosco. E depois o lance de dinamismo, garra, força, colocação perfeita de P. C. Tinga, coroou uma exibição que pode ser denominada de "cala a boca corneteiros". Desde que Tinga ingressou em campo, a impressão foi de que o INTERNACIONAL estava com um jogador a mais e não com um a menos. o NEGO Tinga calou a boca dos "doutos" do futebol pampeano que o taxaram de ex-jogador. De minha parte, sigo no aguardo de que tais "doutos" se retratem, com prontidão e urgência, em seus espaços na grande mídia pampeana.




MANGUITA FENOMENO



26 de abril é o Dia Mundial do Goleiro. Justa homenagem a Ailton Correa Arruda, mais conhecito por Manga e, para nosotros Colorados, MANGUITA FENÔMENO. Manguita foi um arqueiro fantástico e, fora de campo, protagonizou histórias não menos espetaculares. Confira alguma delas na homenagem feita pelo jornalista C. Unzelte (clique aqui).

sábado, abril 23, 2011

DIA DO CHORO

Dia Internacional do Choro - o chorinho, pai do samba. Tributo ao Mestre Pixinguinha que hoje completaria 111 anos...


terça-feira, abril 19, 2011

segunda-feira, abril 11, 2011

sábado, abril 09, 2011

AVANTE GUERREIROS


foto oficial é de braço cruzado e sem mostrar dentes.

.

RS PARADESPORTO x Lajeado - março 2011

.

desfalcados, mas com o velho espírito, acrescentamos mais uma vitória no curriculo (36x30).

.

avante GUERREIROS!!!

.

quinta-feira, abril 07, 2011

Salve Mestres!

Desde meados de 1979 (eu tinha apenas 6 anos) convivi com greves e mais greves no colégio. Sempre estudei em Escola Pública. Lembro perfeitamente que, por volta de 82/83, houve uma greve história aqui nos pampas, na qual os "pobres" professores "mendigavam" um piso de 1,5 salários mínimos ao então Governador do Estado, Sr. Jair Soares (da ARENA, que depois virou PDS e depois foi PFL e depois DEM e agora já nem sei mais de que se 'disfarçam' esses políticos).

.

Pois bem. Hoje o Supremo Tribunal Federal declarou a constitucionalidade do Piso Nacional do Magistário instituído em 2008 através da Lei 11.738 (clique e confira). Trata-se de decisão que deve orgulhar a todos os brasileiros. É claro que é de se lamentar os Estados-membros que levaram essa questão de constitucionalidade ao Supremo, negando-se a implantá-lo de forma expontânea. E vale citar aqui esses Estados: Rio Grande do Sul (sim, lamentavelmente para o povo gaúcho), Santa Catarina, Paraná, Mato Grosso do Sul e Ceará).

.

Parabéns a minha mãe, minha tia, minhas primas... Professoras da melhor estirpe que estiveram perfiladas em tantos movimentos grevistas, que tanto sofreram e lutaram, mesmo com salários ridículos e risíveis, para criar seus filhos e para dignificar essa profissão que é das mais relevantes. Parabéns a todos os mestres por essa vitória.


R$ 1.187,97 ainda não é remuneração justa, mas já é uma evolução tremenda...

terça-feira, abril 05, 2011

GUERRILHEIRO DA NOTICIA

.
Morreu Flavio Alcaraz Gomes. Transforma-se numa legenda do jornalismo. É possível discordar de suas opiniões, questionar o crime de homicídio que o mandou para o cárcere na década de 80, mas nunca de suas intenções de colocar a palavra Jornalismo (com "J" maiúsculo) no lugar que merece. Texto conciso, idéias precisas, simplicidade na escrita e um incrível desejo de transmitir a notícia aonde ela estivesse acontecendo, sempre. Correspondente de guerra, jornalista esportivo, guerrilheiro da notícia, como era entitulado o programa que comandava no final de sua carreira. Morre aos 83 anos, com muitas histórias a serem contadas.

segunda-feira, abril 04, 2011

FIZ MINHA PARTE

Atendendo a convocação, DEI UMA SÓCIA DE PRESENTE PARA O INTERNACIONAL. .

domingo, abril 03, 2011

terça-feira, março 29, 2011

segunda-feira, março 28, 2011

De cabeza

Revisão

Um dia releio aquele texto que deixei incompleto e o corrijo. Acrescento devaneios, suprimo verdades e transformo realidade em ficção. Pessoas vão ler e se identificar. Mas será tudo ficção. Repleta de devaneios e com verdades cortadas.

.

Afinal de contas o tempo já passou e todas aquelas ficções outrora elaborada não se transformaram na realidade que imaginei. O tempo continua me dando lições incríveis, não consigo contrariá-lo; o preço que pago sempre é muito alto.

.

agosto/2010

tua presença líquida

Esse copo de vinho
sobre a mesa
é a tua presença
em forma líquida

os restos de uma noite
líquida
sem a tua presença

depois de tanto pensar
no quão líquida
é tua presença

restou esse copo de vinho
sobre a mesa...


outubro/2010

Fim de noite

Skatistas descendo a Vasco…
O taxista com um "pito" na esquina…
O gari que varre as últimas folhas do outono…
Os últimos transeuntes da praça…
As histórias de uma vida...
Buarque e a roda viva...
Eu e minha cama bagunçada...

outubro/2010

Caminho de Los Angeles

“Simplesmente saí dali e peguei a rua atrás daquela mulher. Estava a mais de uma dúzia de passos a minha frente, caminhando apressadamente para a beira do cais. Eu realmente não sabia que a estava seguindo. Quando percebi, parei de repente e estalei os dedos. Oh! Então agora és um pervertido! Um pervertido sexual! Muito bem, muito bem, Bandini, não imaginava que fosse chegar a isso; estou surpreso! Eu hesitei, arrancando grandes lascas de unha do meu polegar e as cuspindo. Mas não queria pensar naquilo. Preferia pensar nela.


Não era graciosa. Sei jeito de andar era teimoso, bruto; caminhava como que desafiadoramente, por assim dizer, eu os desafio a interromperem a minha caminhada! Caminhava em ziguezague também, movendo-se de um lado da calçada até o outro, às vezes pisando no meio-fio e às vezes batendo contra as janelas de vidro laminado a sua esquerda. Mas não importa como andasse, a figura debaixo do velho casaco púrpura ondulava e serpenteava. Seu passo era longo e pesado. Eu mantinha a distância original que ela guardava entre nós.


Sentia-me num frenesi; delirante e impossivelemente feliz. Havia aquele cheiro do mar, a suavidade limpa e salgada do ar, a indiferença fria e cínica das estrelas, a intimidade súbita e sorridente das ruas, a opulência brônzea da luz na escuridão, o langor cintilante da meia-lua. Eu amava tudo aquilo. Tinha vontade de gritar, de fazer ruídos esquisitos, ruídos novos, na minha garganta. Era como caminhar nu através de um vale cercado de belas garotas por todos os lados.” (John FANTE – “A Caminho de Los Angeles”).

o outro quarto

há sempre alguém no outro quarto
ouvindo através da parede.
.
há sempre alguém no outro quarto
que imagina o que você está fazendo
lá sem eles.
.
há sempre alguém no outro quarto
que teme que você se sinta melhor sozinho.
.
há sempre alguém no outro quarto
que pensa que você está pensando em alguém mais
ou que pensa que você não liga para ninguém
exceto você mesmo nesse outro quarto.
.
há sempre alguém no outro quarto
que não mais se preocupa com você tanto quanto costumava.
.
há sempre alguém no outro quarto
que se enfurece quando você derruba algo
ou que se incomoda quando você tosse.
.
há sempre alguém no outro quarto fingindo
que lê um livro.
.
há sempre alguém no outro quarto
falando por horas no telefone.
.
há sempre alguém no outro quarto
e você não lembra direito quem é
e se surpreende quando fazem algum barulho
ou saem para ir ao banheiro.
.
mas não há sempre alguém no outro quarto
porque às vezes não há um outro quarto.
e se não há,
às vezes não há ninguém aqui
mesmo. (Charles Bukowski)

domingo, março 27, 2011

Renato Mpbista

segunda-feira, março 21, 2011

IDEAIS COLOCADOS DE LADO

.
A reunião do Conselho Deliberativo do INTERNACIONAL revelou como é fácil abrir mão de ideais pelo jogo de interesses políticos (para não dizer financeiros e de poder). Após reuniões e debates públicos, um verdadeiro "conchavão" dentro do Conselho estabeleceu uma chapa de consenso para futura eleição da diretoria do órgão e, em contrapartida, referendou a intenção da Presidência do clube de firmar parceria para a realização das obras.

.

Não se conhece maiores detalhes, mas tudo indica que Luiggi ganhou verdadeira "carta branca" para se sujeitar quase que totalmente às exigências do tal LOC (Comitê local da organização do Mundial 2014). A "comissão de obras" formada a partir dessa última reunião, pouco ou nada contribuirá para evitar que o INTERNACIONAL entregue a construtura A. Gutierrez todas as rentáveis benesses que a Copa do Mundo nos traria.

.

Mas a vida é assim. Vivendo e aprendendo. Exploradora agora virou parceira...

BEIRA-RIO

Nota editada pelo Movimento União Colorada.
.
-----XXX--------
.
Colorados,
.
O Grupo União Colorada, que por quase dez anos vinha sendo responsável pelo patrimônio do INTERNACIONAL, realizando as obras e melhoramento nas gestões dos presidentes Fernando Carvalho e Vitório Píffero, reunido para deliberar sobre as obras do Gigante Para Sempre, resolve manifestar-se nos seguintes termos :
.
1) O Grupo tem posição contrária a realização de Contrato de Parceria na forma proposta pela atual gestão.
.
2) O União Colorada não aceita que o INTERNACIONAL seja pressionado a negociar com uma única empresa conforme pretende a diretoria.
.
3) Os conselheiros do movimento têm absoluta certeza de que as obras estão dentro do cronograma e que NENHUM ESTÁDIO entre os escolhidos para a Copa está tão adiantado quanto ao Gigante Da Beira Rio.
.
4) Mesmo os órgãos públicos não têm hoje condições de oferecer garantias quanto a prazos, nos termos em que se diz exigir o comitê local da FIFA.
.
5) Na verdade, nenhum comunicado oficial chegou ao clube referindo alguma data como limite para a apresentação das garantias, conforme o próprio presidente.
.
6) Ao contrário do afirmado, na parceria proposta não estará o INTERNACIONAL transferindo só receitas a serem obtidas. Transfere, sim, os atuais camarotes e suítes, transfere locais nobres para cadeiras e locais VIP.
.
7) Entregará, ainda, o Clube à “parceira”, perto de R$ 50.000.000,00 de imediato, em obras já realizadas e valores em caixa e a receber.
.
8) Pagará o INTERNACIONAL à parceira perto de R$ 100.000.000,00 a mais do que gastaria se mantida a forma hoje adotada.
.
9) O Movimento UNIÃO COLORADA repudia o argumento absurdo de que não temos outra saída, porque as empreiteiras já se acertaram e não haverá outras propostas. Trata-se de patrimônio do SÓCIO COLORADO exigindo tratamento ético de parte dos responsáveis.
.
10) O modelo atual não exclui parceria alguma e permite negociação cômoda com construtoras , inclusive e , em especial, com entorno, ou seja, hotéis, centro de convenções, Gigantinho, etc.
.
O movimento UNIÃO COLORADA pretende que o S.C. INTERNACIONAL seja dono de sua casa, que tenha a segurança que o nome de seu estádio não será mudado e que o time de futebol possa jogar e treinar em seu campo principal sem pedir licença a nenhuma empreiteira.
.
Queremos a Copa, podemos fazer o “ Gigante para Sempre” nosso e já demonstramos que temos condições de fazê-lo.União Colorada