segunda-feira, dezembro 14, 2015

13 segundos da mais pura enganação

Todos sabem que não considero o UFC/MMA um esporte!

Tivemos mais um capítulo grotesco e lamentável desse programa que é o Telecat do anos 2000. Depois de deixar o espectador aguardando até altas horas da madrugada (como de costume), os "bonequinhos" do Sr. White protagonizaram mais um espetáculo de pura enganação. Com milhões de dólares envolvidos, o nocaute de 13 segundos sofrido pelo baixinho Zé Aldo - e a revanche previamente agendada-, são mais uma armação grotesta dessa indústria de enganar bobos que alguns ousam taxar de esporte.

Não é de hoje que digo: ABAIXO O UFC!

Em janeiro de 2012 escrevi "Abaixo o UFC"
Em julho de 2012 escrevi  TELECAT do ano 2000

quarta-feira, outubro 21, 2015

Bicycle Trip





Leia abaixo as anotações e reflexões de Hofmann sobre sua experiência.


Trecho retirado do livro: Albert Hofmann – LSD , Minha Criança Problema.


A Auto-experiência de Hofmann


19 de abril de1943


16:20:


0,5 cc de 1/2 solução aquosa de promil tartarato de diethylamide oralmente =


0,25 mg. de tartarato.


Tomado diluído com aproximadamente 10 cc. de água. Insípido.


17:00:


Começando uma vertigem, sentimento de ansiedade, de distorções visuais, sintomas de paralisia, desejo de rir.


Fui para Casa através de bicicleta.


Das 18:00 às 20:00 crise mais severa.


Aqui cessam as notas do meu diário de laboratório. Eu só pude escrever as últimas palavras com um grande esforço. Agora já estava claro para mim que o LSD tinha sido a causa da notável experiência da sexta-feira prévia, pelas percepções alteradas que eram do mesmo tipo de antes só que com uma intensidade muito maior. Eu tive que lutar para falar de forma inteligível. Eu pedi para meu assistente de laboratório, que estava ciente da minha auto-experiência, que me acompanhasse até minha casa. Nós fomos de bicicleta, nenhum automóvel estava disponível por causa das restrições de seu uso durante a guerra. Uma vez em casa, minha condição começou a assumir formas ameaçadoras. Tudo em meu campo de visão oscilava e estava distorcido como se visto num espelho torto. Eu também tive a sensação de estar impossibilitado de sair do lugar. Não obstante, meu assistente me falou depois que nós tínhamos viajado muito rapidamente. Felizmente nós chegamos em casa são e salvos e eu fui capaz de pedir para meu companheiro chamar nosso médico de família e mesmo pedir leite aos vizinhos.








Apesar da minha condição delirante, confusa, eu tive breves períodos de pensamento claro e efetivo e escolhi leite como um antídoto não específico para o envenenamento.


A vertigem e sensação de desmaio às vezes ficavam tão fortes que eu já não podia ficar em pé e tive que me deitar num sofá. Meus ambientes tinham se transformado agora de modo terrificante.


Tudo no quarto estava girado ao meu redor e os objetos mais familiares, as peças de mobília assumiam formas grotescas, ameaçadoras. Elas estavam em contínuo movimento, animadas, como se dirigidas por uma inquietude interna. A vizinha, que eu reconheci parcamente, trouxe-me leite e, durante a noite, bebi mais de dois litros. Ela não era mais nenhuma Senhora R., mas sim uma bruxa malévola, insidiosa com uma máscara colorida.


Até pior que estas transformações endiabradas do mundo exterior, eram as alterações que eu percebia em mim, em meu próprio ser interno. Todo esforço na minha tentativa para pôr um fim na desintegração do mundo exterior e na dissolução de meu ego, parecia ser um esforço desperdiçado.


Um demônio tinha me invadido, tinha tomado posse do meu corpo, mente, e alma. Saltei, gritei e tentei me livrar dele, entretanto afundei novamente e me deitei impotente no sofá. A substância, que eu tinha querido experimentar, tinha me derrotado. Era o demônio que desdenhosamente triunfava sobre minha vontade. Fui tomado pelo terrível medo de ter ficado louco. Eu fui levado para um outro mundo, um outro lugar, um outro tempo. Meu corpo parecia estar sem sensações, inanimado, estranho.


Estaria eu morrendo? Esta era a transição?Às vezes eu acreditava que estava fora do meu corpo e então percebia claramente, como um observador externo, a completa tragédia da minha situação. Eu nem mesmo tinha tido a oportunidade de me despedir da minha família (minha esposa, com nossas três crianças, tinha viajado naquele dia para visitar seus pais, em Lucerne). Entenderiam eles que eu não tinha experimentado irrefletidamente, irresponsavelmente, mas com uma precaução bastante extrema e isto era um resultado totalmente imprevisível? Meu medo e desespero se intensificaram, não só porque uma família jovem poderia perder seu pai, mas também porque eu temia ter que deixar meu trabalho de pesquisa química inacabado no meio de um desenvolvimento frutífero, promissor.


Outra reflexão que tomou forma foi uma idéia cheia de ironia amarga: se eu fosse forçado a deixar este mundo prematuramente, seria por causa deste ácido lisérgico diethylamide que eu mesmo tinha trazido ao mundo. Antes que o doutor chegasse, o clímax da minha desesperada condição já tinha passado. Meu assistente de laboratório o informou sobre minha auto-experiência porque eu não era ainda capaz de formular uma frase coerente. Ele, perplexo, balançou sua cabeça depois de minhas tentativas para descrever o perigo mortal que ameaçava meu corpo. Ele não pôde descobrir nenhum sintoma anormal diferente das pupilas extremamente dilatadas. Pulso, pressão sanguínea e a respiração estavam totalmente normais. Ele não via nenhuma razão para prescrever qualquer medicamento. Ao invés disso ele me levou para minha cama e ficou me vigiando. Lentamente eu voltei de um mundo misterioso, pouco conhecido e reassumindo a realidade cotidiana. O horror suavizou-se e deu lugar a um sentimento de muita felicidade e gratidão, quanto mais normais as percepções e os pensamentos devolvidos, fiquei mais confiante de que o perigo da loucura tinha definitivamente passado.


Agora, pouco a pouco, eu poderia começar a desfrutar as cores sem precedentes e os jogos de forma que persistiram por trás de meus olhos fechados. Imagens caleidoscópicas, fantásticas surgiram em mim, variando, alternando, abrindo e então se fechando em círculos e espirais, explodindo em fontes coloridas, reorganizando e se cruzando em fluxos constantes. Era particularmente notável como cada percepção acústica, como o som de uma maçaneta de porta ou de um automóvel passando, foi transformada em percepção óptica. Todo som gerava uma vívida imagem variável, com sua própria forma, consistência e cor.


Mais tarde, à noite, minha esposa voltou de Lucerne. Alguém a tinha informado, através de um telefonema, que eu estava sofrendo um desarranjo misterioso. Ela tinha voltado para casa imediatamente e tinha deixado para trás as crianças com os pais dela. Até então eu já tinha me recuperado suficientemente para lhe contar o que tinha me acontecido.




Exausto, então eu dormi para despertar na próxima e fresca manhã com uma mente clara, embora ainda um pouco cansado fisicamente. Uma sensação de bem-estar e vida renovada fluía por mim. O café da manhã teve um gosto delicioso e me deu um extraordinário prazer. Quando depois eu fui ao jardim, no qual o sol brilhava depois de uma chuva da primavera, tudo brilhou e centelhou numa luz fresca. O mundo era como se tivesse sido recentemente criado. Todos meus juízos vibravam em uma condição mais alta de sensibilidade que persistiu durante o dia inteiro.








Esta auto-experiência mostrou que o LSD-25 se comportara como uma substância de propriedades psicoativas extraordinárias e com muita potência. Não havia no meu conhecimento, nenhuma outra substância que provocasse tais efeitos psíquicos profundos em tais doses extremamente baixas e que causassem tais mudanças dramáticas na consciência humana e na nossa experiência do mundo interior e exterior.




O que parecia mais significante era que eu podia até mesmo lembrar-me da experiência de inebriação do LSD em todos os detalhes. Isto só poderia significar que a função gravadora da consciência não foi interrompida, até mesmo no clímax da experiência do LSD, apesar do desarranjo profundo da visão normal do mundo. Durante toda a experiência, eu tinha estado ciente, até mesmo atento, da participação em uma experiência, mas apesar deste reconhecimento da minha condição, não pude eu, com todo o esforço do meu querer, sacudir o mundo do LSD. Tudo foi experimentado como completamente real, como uma realidade alarmante; alarmante porque o quadro da outra, a familiar realidade cotidiana, ainda tinha sido completamente preservada na memória para comparação.




Outro aspecto surpreendente do LSD foi sua habilidade de produzir um estado de longo alcance, poderoso de inebriação, sem deixar uma ressaca. Totalmente ao contrário, no dia seguinte ao experimento do LSD eu mesmo me senti, como já descrevi, em excelente condição física e mental.




Eu estava seguro que o LSD, uma combinação ativa nova com tais propriedades, teria que ter uso na farmacologia, na neurologia e especialmente na psiquiatria, e que atrairia o interesse dos especialistas envolvidos.




Mas naquele momento eu não tive nenhuma percepção de que a nova substância também viria a ser usada, além da ciência médica, como um inebriante no cenário das drogas. Considerando que minha auto-experiência tinha revelado o LSD em seu terrificante e endiabrado aspecto, a última coisa que eu poderia ter esperado era que esta substância pudesse mesmo achar aplicação como qualquer coisa se aproximando de uma droga de prazer. Eu, além disso, não reconheci a conexão significante entre a inebriação do LSD e as experiências visionárias espontâneas, até muito mais recente, depois de experiências adicionais que foram levadas a cabo com doses muito mais baixas e debaixo de condições diferentes.





No próximo dia eu escrevi ao Professor Stoll o relato acima mencionado, informando sobre minha experiência extraordinária com o LSD-25 e enviei uma cópia ao diretor do departamento farmacológico, Professor Rothlin.




Como esperado, a primeira reação foi de uma incrédula surpresa. Imediatamente uma chamada telefônica veio da administração; o Professor Stoll perguntou: “Você está certo que não cometeu nenhum engano de julgamento? A dose declarada está realmente correta?” Professor Rothlin também me chamou e fez a mesma pergunta. Eu estava certo deste ponto, porque tinha executado o peso e a dosagem com minhas próprias mãos. Ainda que suas dúvidas fossem até certo ponto justificadas, até então nenhuma substância conhecida tinha exibido o efeito psíquico mais leve até mesmo em doses de fração de um miligrama. Uma combinação ativa de tal potência parecia quase incrível.




O Professor Rothlin e dois de seus colegas foram os primeiros a repetir minha experiência, com só um terço da dose que eu tinha utilizado. Mas até mesmo naquele nível, os efeitos ainda foram extremamente impressionantes e bastante fantásticos.

sexta-feira, setembro 18, 2015

Judicatura e dever de recato


Entre juízes, posturas ideológicas são repudiadas pela comunidade jurídica e pela opinião pública, que vê nelas um risco à democracia


* por RICARDO LEWANDOWSKI



É antigo nos meios forenses o adágio segundo o qual juiz só fala nos autos. A circunspecção e discrição sempre foram consideradas qualidades intrínsecas dos bons magistrados, ao passo que a loquacidade e o exibicionismo eram –e continuam sendo– vistos com desconfiança, quando não objeto de franca repulsa por parte de colegas, advogados, membros do Ministério Público e jurisdicionados.

A verbosidade de integrantes do Poder Judiciário, fora dos lindes processuais, de há muito é tida como comportamento incompatível com a autocontenção e austeridade que a função exige.

O recato, a moderação e mesmo a modéstia são virtudes que a sociedade espera dessa categoria especial de servidores públicos aos quais atribuiu o grave múnus de decidir sobre a vida, a liberdade, o patrimônio e a reputação das pessoas, conferindo-lhes as prerrogativas constitucionais da vitaliciedade, inamovibilidade e irredutibilidade de vencimentos para que possam exercê-lo com total independência.

O Código de Ética da Magistratura, consubstanciado na Resolução 60, de 2008, do Conselho Nacional de Justiça, consigna, logo em seu artigo 1º, que os juízes devem portar-se com imparcialidade, cortesia, diligência, integridade, dignidade, honra, prudência e decoro.

A incontinência verbal pode configurar desde uma simples falta disciplinar até um ilícito criminal, apenada, em casos extremos, com a perda do cargo, sem prejuízo de outras sanções cabíveis.

A Lei Complementar nº 35, de 1979, estabelece, no artigo 36, inciso III, que não é licito aos juízes “manifestar, por qualquer meio de comunicação, opinião sobre processo pendente de julgamento, seu ou de outrem, ou juízo depreciativo sobre despachos, votos ou sentenças de órgãos judiciais, ressalvada a crítica nos autos ou em obras técnicas ou no exercício do magistério”.

O prejulgamento de uma causa ou a manifestação extemporânea de inclinação subjetiva acerca de decisão futura, nos termos do artigo 135, V, do Código de Processo Civil, caracteriza a suspeição ou parcialidade do magistrado, que permitem afastá-lo da causa por demonstrar interesse no julgamento em favor de alguma das partes.

Por mais poder que detenham, os juízes não constituem agentes políticos, porquanto carecem do sopro legitimador do sufrágio popular. E, embora não sejam meros aplicadores mecânicos da lei, dada a ampla discricionariedade que possuem para interpretá-la, não lhes é dado inovaar no ordenamento jurídico.

Tampouco é permitido que proponham alterações legislativas, sugiram medidas administrativas ou alvitrem mudanças nos costumes, salvo se o fizerem em sede estritamente acadêmica ou como integrantes de comissões técnicas.

Em países civilizados, dentre eles o Brasil, proíbe-se que exerçam atividades político-partidárias, as quais são reservadas àqueles eleitos pelo voto direto, secreto e universal e periódico. Essa vedação encontra-se no artigo 95, parágrafo único, inciso III, da Constituição.

Com isso, não só se impede sua filiação a partidos como também que expressem publicamente as respectivas preferências políticas. Tal interdição mostra-se ainda mais acertada porque os magistrados desempenham, ao par de suas relevantes atribuições, a delicada tarefa de arbitrar disputas eleitorais.

O protagonismo extramuros, criticável em qualquer circunstância, torna-se ainda mais nefasto quando tem o potencial de cercear direitos fundamentais, favorecer correntes políticas, provocar abalos na economia ou desestabilizar as instituições, ainda que inspirado na melhor das intenções.

Por isso, posturas extravagantes ou ideologicamente matizadas são repudiadas pela comunidade jurídica, bem assim pela opinião pública esclarecida, que enxerga nelas um grave risco à democracia.

Ricardo Lewandowski é presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Conselho Nacional de Justiça (CNJ); e professor titular da Faculdade de Direito da USP

sábado, setembro 05, 2015

Geração dourada

"Generacion Dorada", documentário espetacular da ESPN sobre a conquista da medalha de ouro nos Jogos Olímpicos de Atenas/2004 pela seleção argentina de basquete.

quinta-feira, agosto 06, 2015

Era uma vez um Estádio de Futebol

Transformaram o Beira Rio num Teatro, para poucos...

Devolvam o Clube ao Povo

#NAOaoFutebolModerno



recebimento da torcida do Internacional na Final da Sudamericana 2008

GOLPISTAS SÃO MAL INFORMADOS OU MAL INTENCIONADOS

Por Jorge Furtado, em seu blog


Eu imagino que todos queiram o melhor para o Brasil, que todos sejam contra a corrupção (menos quem suborna fiscais da receita ou esconde dinheiro na Suíça), todos queiram menos violência (menos quem vende armas e sistemas de segurança), melhor saúde pública (menos os serviços privados de saúde), melhor educação pública (menos os donos de escolas privadas), querem sanear a Petrobras (menos quem quer entregar o pré-sal às petroleiras americanas), enfim, todos desejam o que é melhor para o bem comum. A questão é: como conseguir isso? Não é com adjetivos e pontos de exclamação, nem com falácias, hipocrisia e falsas polêmicas.

O combate à corrupção – samba de uma nota só de uma oposição sem qualquer proposta para o país – deve ser permanente e impiedoso, o ladrão de dinheiro público é o pior dos bandidos, tira dinheiro dos hospitais, da educação e da segurança pública, prisão para eles é pouco, deve ter seus bens confiscados, deve ser impedido a todo custo de voltar a praticar seus crimes. Há muita corrupção em todos os governos, e não me parece que qualquer outro governo que já tivemos combateu mais a corrupção do que este. Quem tem boa memória lembra da compra de votos para a reeleição de FHC, da roubalheira que foi a privataria, do engavetador da república, que impedia qualquer investigação, com a cumplicidade de uma imprensa dócil e governista, com raríssimas exceções.

Imagino que os meus amigos que ignoram ou menosprezam os avanços dos governos populares para a maioria da população (ver lista no final do texto) estejam mal informados, o que não é difícil, já que a cobertura política da grande imprensa brasileira se tornou quase totalmente inútil quando abandonou o jornalismo para fazer oposição (ela, que sempre foi ferozmente governista, apoiou a ditadura, apoiou Sarney, inventou Collor, apoiou incondicionalmente FHC), e muitos jornalistas que sobraram por lá, com honrosas exceções, defendem os interesses e os pontos de vista dos seus patrões.

Sugiro a estes meus amigos que procurem diversificar suas fontes de informação, para não se tornarem cúmplices de um golpe contra a democracia brasileira, mais um, tramado pela elite de sempre com o apoio dos jornais de sempre. Ia ser engraçado (na verdade, trágico para o país) se a Dilma, uma pessoa evidentemente honesta, sobre a qual não há qualquer acusação razoável, fosse empichada por um congresso corrupto, presidido por Renan Calheiros (que era o Ministro da Justiça e, portanto, chefe da Polícia Federal no governo FHC) e Eduardo Cunha (nada pode ser pior), ambos acusados há décadas por dúzias de falcatruas, e por juízes do TCU, também acusados por receber suborno, isto sob o clamor de uma imprensa cujos proprietários escondem dinheiro em contas na Suíça (ver HSBC) e subornam fiscais para não pagar impostos ( ver Zelotes).

É a mesma imprensa que dá manchetes mentirosas, sem qualquer verificação, contra o governo e seus aliados, e cobre de tarjas pretas o nome de José Serra, citado nas investigações da Lava Jato. (Imagino o que esta imprensa diria de Dilma se ela construísse um aeroporto privado na fazenda de um tio ou financiasse, com dinheiro público, veículos de comunicação de propriedade de seus parentes, como fez Aécio Neves.) Enfim, aos mal informados, que repetem as manchetes que escutam, sugiro que se informem melhor.

Aos que sabem o que se passa mas fingem que não sabem, a oposição, que recebeu as mesmas doações suspeitas dos mesmos empresários presos, sugiro que tentem ganhar uma eleição. Nas últimas quatro eleições, em dois turnos, o PT ganhou todas, está oito a zero, um vareio maior que Alemanha e Brasil. Para ganhar uma eleição a oposição precisa ter alguma proposta para o país, o que parece não ser o caso.

Não sou filiado a nenhum partido, já votei em vários, e tenho muitas críticas ao PT, em quem voto (e provavelmente votarei outra vez) porque as opções a ele são bem piores. (O dr. Dráuzio Varela não é candidato, infelizmente). O PT cometeu toneladas de erros, tem muita corrupção no governo (sempre teve), mas é bizarro, trágico, que aqueles que sempre governaram o país e o transformaram na sociedade mais injusta do planeta, queiram dar um golpe contra um governo recém eleito pela maioria da população, um governo que não engaveta investigações, onde corruptores vão para a cadeia (graças a uma lei promulgada pela Dilma em 2013, que pune também os corruptores), um governo cuja Polícia Federal desbaratou uma quadrilha que sangrava a Petrobrás, segundo o Ministério Público e vários delatores, desde 1997 (ainda no primeiro governo de FHC).

Acho que as pessoas que defendem um golpe contra o governo eleito se dividem em duas: as mal informadas e as mal intencionadas. Espero que os meus amigos, alguns que estão embarcando nesta corrente golpista, estejam entre os mal informados.

X


Afinal, o PT fracassou em que mesmo?


1. Produto Interno Bruto:

2002 – R$ 1,48 trilhões

2013 – R$ 4,84 trilhões


2. PIB per capita:

2002 – R$ 7,6 mil

2013 – R$ 24,1 mil


3. Dívida líquida do setor público:

2002 – 60% do PIB

2013 – 34% do PIB


4. Lucro do BNDES:

2002 – R$ 550 milhões

2013 – R$ 8,15 bilhões


5. Lucro do Banco do Brasil:

2002 – R$ 2 bilhões

2013 – R$ 15,8 bilhões


6. Lucro da Caixa Econômica Federal:

2002 – R$ 1,1 bilhões

2013 – R$ 6,7 bilhões


7. Produção de veículos:

2002 – 1,8 milhões

2013 – 3,7 milhões


8. Safra Agrícola:

002 – 97 milhões de toneladas

2013 – 188 milhões de toneladas


9. Investimento Estrangeiro Direto:

2002 – 16,6 bilhões de dólares

2013 – 64 bilhões de dólares


10. Reservas Internacionais:

2002 – 37 bilhões de dólares

2013 – 375,8 bilhões de dólares


11. Índice Bovespa:

2002 – 11.268 pontos

2013 – 51.507 pontos


12. Empregos Gerados:

Governo FHC – 627 mil/anoGovernos

Lula e Dilma – 1,79 milhões/ano


13. Taxa de Desemprego:

2002 – 12,2%

2013 – 5,4%


14. Valor de Mercado da Petrobras:

2002 – R$ 15,5 bilhões

2014 – R$ 104,9 bilhões


15. Lucro médio da Petrobras:

Governo FHC – R$ 4,2 bilhões/ano

Governos Lula e Dilma – R$ 25,6 bilhões/ano


16. Falências Requeridas em Média/ano:

Governo FHC – 25.587

Governos Lula e Dilma – 5.795


17. Salário Mínimo:

2002 – R$ 200 (1,42 cestas básicas)

2014 – R$ 724 (2,24 cestas básicas)


18. Dívida Externa em Relação às Reservas:

2002 – 557%

2014 – 81%


19. Posição entre as Economias do Mundo:

2002 – 13ª

2014 – 7ª


20. PROUNI – 1,2 milhões de bolsas


21. Salário Mínimo Convertido em Dólares:

2002 – 86,21

2014 – 305,00


22. Passagens Aéreas Vendidas:

2002 – 33 milhões

2013 – 100 milhões


23. Exportações:

2002 – 60,3 bilhões de dólares

2013 – 242 bilhões de dólares


24. Inflação Anual Média:

Governo FHC – 9,1%

Governos Lula e Dilma – 5,8%


25. PRONATEC – 6 Milhões de pessoas


26. Taxa Selic:

2002 – 18,9%

2015 – 14,25%


27. FIES – 1,3 milhões de pessoas com financiamento universitário


28. Minha Casa Minha Vida – 1,5 milhões de famílias beneficiadas


29. Luz Para Todos – 9,5 milhões de pessoas beneficiadas


30. Capacidade Energética:

2001 – 74.800 MW

2013 – 122.900 MW


31. Criação de 6.427 creches


32. Ciência Sem Fronteiras – 100 mil beneficiados


33. Mais Médicos (Aproximadamente 14 mil novos profissionais): 50 milhões de beneficiados


34. Brasil Sem Miséria – Retirou 22 milhões da extrema pobreza


35. Criação de Universidades Federais:

Governos Lula e Dilma – 18

Governo FHC – zero


36. Criação de Escolas Técnicas:

Governos Lula e Dilma – 214

Governo FHC – 0

De 1500 até 1994 – 140


37. Desigualdade Social:

Governo FHC – Queda de 2,2%

Governo PT – Queda de 11,4%


38. Produtividade:

Governo FHC – Aumento de 0,3%

Governos Lula e Dilma – Aumento de 13,2%


39. Taxa de Pobreza:

2002 – 34%

2012 – 15%


40. Taxa de Extrema Pobreza:

2003 – 15%

2012 – 5,2%


41. Índice de Desenvolvimento Humano:

2000 – 0,669

2005 – 0,699

2012 – 0,730


42. Mortalidade Infantil:

2002 – 25,3 em 1000 nascidos vivos

2012 – 12,9 em 1000 nascidos vivos


43. Gastos Públicos em Saúde:

2002 – R$ 28 bilhões

2013 – R$ 106 bilhões


44. Gastos Públicos em Educação:

2002 – R$ 17 bilhões

2013 – R$ 94 bilhões


45. Estudantes no Ensino Superior:

2003 – 583.800

2012 – 1.087.400


46. Risco Brasil (IPEA):

2002 – 1.446

2013 – 224


47. Operações da Polícia Federal:

Governo FHC – 48

Governo PT – 1.273 (15 mil presos)


48. Varas da Justiça Federal:

2003 – 100

2010 – 513


49. 38 milhões de pessoas ascenderam à Nova Classe Média (Classe C)


50. 42 milhões de pessoas saíram da miséria


FONTES:

47/48 – http://www.dpf.gov.br/agencia/estatisticas

39/40 – http://www.washingtonpost.com

42 – OMS, Unicef, Banco Mundial e ONU

37 – índice de GINI: http://www.ipeadata.gov.br

45 – Ministério da Educação

13 – IBGE26 – Banco Mundial

sexta-feira, julho 10, 2015

Eterno enquanto dure

Vinicius de Moraes


De tudo ao meu amor serei atento
Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto
Que mesmo em face do maior encanto
Dele se encante mais meu pensamento.

Quero vivê-lo em cada vão momento
E em seu louvor hei de espalhar meu canto
E rir meu riso e derramar meu pranto
Ao seu pesar ou seu contentamento

E assim, quando mais tarde me procure
Quem sabe a morte, angústia de quem vive
Quem sabe a solidão, fim de quem ama

Eu possa me dizer do amor (que tive):
Que não seja imortal, posto que é chama
Mas que seja infinito enquanto dure. (Soneto de Fidelidade)

domingo, maio 17, 2015

A gente se acostuma

Sozinho novamente

"Estarei feliz novamente quando tudo acabar. Vou estar sentado sozinho no meu quarto novamente, com a garrafa e uma máquina de escrever, e o rádio ligado. Estarei sozinho de novo e serei eu mesmo novamente"

Bluebird

Pássaro Azul


"há um pássaro azul no meu coração
que quer sair
mas eu sou demasiado duro para ele,
e digo, fica aí dentro, não vou deixar
ninguém ver-te.

há um pássaro azul no meu coração
que quer sair
mas eu despejo whisky para cima dele
e inalo fumo de cigarros
e as putas e os empregados de bar
e os funcionários da mercearia
nunca saberão
que ele se encontra lá dentro.

há um pássaro azul no meu coração
que quer sair
mas eu sou demasiado duro para ele,
e digo,
fica escondido,
queres arruinar-me?
queres foder-me o meu trabalho?
queres arruinar as minhas vendas de livros na Europa?

há um pássaro azul no meu coração
que quer sair
mas eu sou demasiado esperto,
só o deixo sair à noite
por vezes
quando todos estão a dormir.

digo-lhe,
eu sei que estás aí,
por isso não estejas triste.

depois,
coloco-o de volta,
mas ele canta um pouco lá dentro,
não o deixei morrer de todo
e dormimos juntos
assim com o nosso pacto secreto
e é bom o suficiente para fazer um homem chorar,
mas eu não choro,
e tu? (Charles Bukowski)

Making of Barfly


"I drink, I gamble, I write...:
'The Making of Barfly'"


 * Making of do filme 'Barfly', 1987, dirigido por Barbet Schroeder.
** Vídeo legendado por Rafael Roan, do Blog Velho Bukowski.

 https://www.youtube.com/watch?v=gnw9nkAFUQc
Crianças, apresento-lhe MÚSICA!!!

Bachman-Turner Overdrive "Down Down"


quarta-feira, maio 13, 2015

Ainda há muita luta até que consigamos reduzir as diferenças e diminuir o preconceito e a discriminação.

#DigaNAOaoRacismo
#RacismoNAO
#RacismoFede