sábado, janeiro 30, 2010

Eu amo este jogo!

E vem aí mais um gNAL em nossas vidas...

El cigarro, la nafta y el barrilito de cerveza

“Ayer pasé a saludar a mi amigo, el Toto Pechuga, y lo encontré enojado y tomando mate.
Cuando toma mate enojado le hace sonar el fondo como si el mate lo acompañara en un mismo enojo.
Le pregunté por qué hacía rezongar el mate de esa manera, y me dijo que por falta de bandoneón, que si tuviera bandoneón y supiera tocar, lo haría sonar con un tango rezongón.
- El bandoneón, Flaco – me dijo -, rezonga porque es de origen alemán y de tango no entiende ni medio.
“Aquí lo domamos a prepo, a fuerza de Ariel Martinez y Pichuco enfrente, y le dijimos “fuelle” porque resopla, pero en el fondo es un teutón que se acomoda más a la cerveza y la cantarola en pandilla que a la soledad y el vasito de caña. Fijate, Flaco, que el bandoneón es un instrumento en extinción, como la ballena blanca. Y el fuelle sobrevive gracias al aire rioplatense.
La comparación del bandoneón con la ballena me pareció un poco traída de los cabellos, porque si hay algo que no tiene relación con el tango, y la prueba está que no se la nombra en ninguno, es la ballena blanca.
Me invitó con un amargo y mientras armaba un tabaco me dijo:
- Creo que voy a dejar de fumar, Flaco.
Le dije que me alegraba mucho porque el cigarro es un veneno y una antigüedad, el cigarro ya fue, es cosa de viejos. Toto, le dije.
- ¿ Sabés lo que pasa, Flaco ? - me agregó y siguió -, que con el aumento de la nafta voy a tener que dejar de usar el viejo y querido encendedor que me acompaña desde hace añares. Viste que yo no me doy con esos modernos encendedores a gas, porque a mí el gas me marea y no me gusta andar con una garrafita en el bolsillo.
Intenté explicarle las ventajas de esos pequeños encendedores sobre su viejo armatoste de museo, pero él, como si nada, siguió desarrollando su teoría mientras con un gesto me reclamaba el mate.
- Date cuenta que gasta poco, pero el asunto es la incertiumbre, Flaco, eso de nunca saber cúando ni cúanto te aumenta, porque te dicen que por ahora no, que se está estudiando, y cuando querés acordar te zampan el aumento, y ya van varias vecer que me entero tarde y no tengo tiempo de cargar el tanque antes de la medianoche, y eso me pone fulo, Flaco, y no te digo nada si el loco de la guerra le da por atacar a Irak, porque ahí le empiezan a quemar los pozos, que son como unos brutos sopletes, y con la quema te vienen a decir que aumentó el barril, que yo no sé cómo, con los adelantos de la tecnología, siguen cargando el petróleo en barriles como si fuera la vieja cerveza, no sé si te acordás, Flaco, que el viejo para las Navidades la iba a comprar a la calle Yatay y traía el barril rodando, no sé si te acordás.
Le dije que sí, que de alguna nebulosa manera creía recordar a los vecinos llevando barrilitos de cerveza rodando, pero en medio de mi forzada remembranza lo vi echar mano al bolsillo y sacar su viejo encendedor.
Era realmente una vergüenza.
- Está muy baqueteado – me dijo mientras lo encendía.
A la tapa se le habían gastado los remaches y la tenía atada con alambre.
Es inútil, con gente así, no se puede sacar un país adelante.”
( JUCECA – Julio Cesar Castro, do libro “Laduvija, el Tape Olmedo… y un quesito pa’ picar – cuentos inéditos de Don Verídico y otras yerbas”)

Luta...

“A única luta que se perde é a luta que se abandona” (Hebe Maria Pastor de Bonfini, uma das fundadoras da Associação das Mães da Praça de Maio)

quinta-feira, janeiro 28, 2010

quarta-feira, janeiro 27, 2010

A notícia por trás da notícia

É notícia do fim de semana: "Última década foi a mais quente da história e Hemisfério Sul registra maior temperatura média até hoje". A afirmação é do Instituto Goddard para Estudos Espaciais (GISS) da Nasa. Dá pra acreditar? É possível confiar nas revelações do GISS tanto quanto em promessa de vendedor de terrenos na Lua. No Sul do Brasil, as únicas estações na base do GISS usadas no cálculo da temperatura regional são Porto Alegre, Florianópolis, Santa Vitória, Londrina e Curitiba. Só essas cidades permitem gerar uma média do Sul todo? O GISS informa as anomalias de temperatura na Bolívia, mas não possui qualquer dado do país desde 1990. Como, então, calcula a temperatura de lá? Valendo-se do que se chama extrapolação. Busca o dado mais perto em raio de até 1,2 mil quilômetros. No caso boliviano, utiliza medições até da Amazônia. La Paz é Rondônia? Mesmo que calcular a temperatura de Porto Alegre com dados de São Paulo. Piada! A extrapolação é muito maior na África, onde a Nasa não conta com registros em mais da metade do continente, e nos polos, onde há escassas estações. Pelo GISS, a península Antártica inteira ficou mais quente em 2009, mas a base brasileira na região, e que não é usada pela Nasa, teve, segundo o Inpe, um dos seus anos mais frios desde a instalação em 1986. No "abrasador" 2009, pelo próprio GISS, a temperatura em Porto Alegre no ano foi inferior, desde 1950, a de 1958, 59, 61, 63, 67, 70, 71, 72, 73, 77, 81, 84, 85, 86, 91, 97, 2001, 2002, 2003, 2005, 2006 e 2007, inexistindo médias de 1954, 1994 e 1995. Dá pra acreditar em tudo que vira manchete? (Prof. Eugenio Hackbart, publicado no Jornal Correio do Povo, domingo 24.janeiro.2010)

terça-feira, janeiro 26, 2010

Para sempre...

UM CLIQUE

Sempre é bom estar com a máquina por perto e pronta para um disparo. Neste dia estava atirado lá no sítio e me deparei com esse pica pau na sua labuta diária, dando-lhe bicadas e mais bicadas no pé de caqui da vizinha. Certa feita li que fotografar é eternizar momentos. Pois então resolvi eternizar esse.

quinta-feira, janeiro 21, 2010

Alcool x morfina

"EU LAMENTO TANTO em cima da xícara com a bebida que eles percebem que vou ficar bêbado e então todos permitem e insistem que eu tome um pico de morfina, o que aceito sem medo porque sou um bêbado - pior sensação do mundo, tomar morfina quando você está bêbado, o resultado dá um nó em sua testa como se fosse uma pedra e provoca muita dor lá quando disputam o domínio da área, nenhum deles ganha porque anularam um ao outro, o álcool e o alcalóide." (KEROUAC, Jack - "Tristessa")

quarta-feira, janeiro 20, 2010

APETRECHOS

Fundamentais ao regular curso da vida...

terça-feira, janeiro 19, 2010

Chuva e silêncio

Debaixo de chuva incessante; de onde sai tanta água ? E naquelas reportagens - pesquisas - estatísticas que informam que em tal ano ela vai acabar. Mas como ? O homem não pode ser tão burro e imbecil. Que acabem primeiro com essas máquinas barulhentas que não me deixam em paz com meu silêncio.

Um grande cara...

Amyr Klink

Smoke on the Water

Que pérola! Purple numa formação com Ian Gillian e Roger Glover, ao vivo, Nova York - 1973.

COTIDIANO

"depois que você casou comigo
nunca mais você se arrumou
todo dia quando eu volto p'ra casa
encontro você com a cara que acordou

assim você mata nosso amor
assim você mata nosso amor

seu cabelo anda todo estragado
você anda bem mais gordinha
o seu corpo já não tem a mesma cor
nem parece com a mulher que eu tinha

antes de casar comigo
você não era assim
quero ver você bonita
esta noite p'ra mim

pois eu te amo...

depois que você casou comigo
você deixou de ser mulher carinhosa
não se interesse pelas coisas que eu faço
você já não é mulher caprichosa

você já não é tão carinhosa
você já não é tão carinhosa" (ODAIR JOSÉ)

sexta-feira, janeiro 08, 2010

HISTÓRIAS


quinta-feira, janeiro 07, 2010

SOLEDAD

“Abri de par en par la soledad
y era tiempo de ecos
ecos del mar del viento de los pinos

la soledad a veces está verde de hojas
otras veces azul como antes era el cielo

la soledad es una hazaña
precaria por supuesto pero hazaña
busca el poder del abandono
y el abandono del poder

o sea que si abro
de par en par la soledad
cerraré por las dudas
los postigos del sueño” (Mario Benedetti)

TARDES DE VENTO

Tudo quieto
silencioso
não há nada e ninguém

Só o vento
incessante e descolorido
como naquelas tardes de inverno na praia

Sinto tua falta
daquelas tardes
de estarmos sós
do nosso próprio mundo

O mundo que ali construímos;
tínhamos tão pouco
o tão pouco que precisávamos

Tudo parecia nosso -
o mar revolto
aquela imensidão cinza a volta
o luar
o anoitecer -
até mesmo o silêncio

Noites estreladas
olhares, palavras, corpos
lua e fogo
tínhamos tudo!

1º.dezembro.2009

POR PERTO DOS TRILHOS

Tudo poderia estar diferente; mas não está. E é bom que não esteja, porque os trilhos continuam aqui ao lado; sigo saltando de um lado para o outro, entre um trem e outro que passa em alta velocidade. As vezes salto para dentro de um que me atrai; por diversas circunstâncias, de tempos em tempos preciso saltar para dentro e viajar, atrás do eterno desejo pelo novo. Viajo por caminhos e tempos indeterminados; viagens intensas, percursos incríveis – voltas e mais voltas ao redor de um e vários mundos. São lugares tão incríveis esses pelos quais passo; indescritíveis e acima de adjetivos conhecidos; impossível narrar o quanto descobri – paisagens brancas, céus avermelhados, lindos vales, rotas rochosas e repletas de curvas, a pele tenra e os macios contornos de corpos esculturais. Mas, cedo ou tarde, chego em estações repletas de bifurcações – trilhos e mais trilhos, por todos os lados e perspectivas. Sinto-me dentro de labirintos. Sei para onde vai o trem, mas nem sempre é este o meu caminho. Não há como ser diferente, o trem precisa seguir e o passageiro não pode ficar para sempre, com seu peso a atrapalhar o percurso. Desço quando convém, porque o ato de descer envolve exatamente a mesma essência de embarcar – atração e desejo. Numa dessas estações ou mesmo no meio a um imenso horizonte despovoado, posso descer, assim como subi, num salto. E quando me dou conta aqui estou perto dos trilhos, brincando de um lado a outro, enquanto espero o próximo trem.

18.julho.2009, ao som de Canned Heat.