quarta-feira, dezembro 28, 2011

Final de ano

As faculdades de jornalismo deviam incentivar seus acadêmicos a fixar um paradigma que seria muito útil aos leitores, ouvintes e telespectadores. Após o dia 20 de dezembro, todas as redações deveriam fechar suas portas, conceder férias coletivas a repórteres, e determinar programações baseadas em músicas (no caso das rádios), reprises e retrospectivas (para jornais e emissoras de televisão).

É impressionante a banalidade e a repetição do noticiário dessa época. Os jornais que leiao estampam matérias, todas, baseadas em boatos ou na repetição de pautas. Ouvir rádio no final de um domingo é receber aquela gama de números e estatísticas enfadonhas sobre carros entupindo estradas; quilômetros de trânsito nas rotas e os cemitérios abarrotados de motoristas imprudentes. O noticiário esportivo é so boataria. Isso sem contar a já tradicional picaretagem parlamentar de final de ano. Dessa vez foi a liberação geral da Lei da Ficha Limpa (ou a sua não-aplicação).

Pilhas de lixo retiradas do rio, estiagem aqui, revolta das águas acolá. O mundo caminhando a passos largos para o caos. O ser humano cada vez mais imbecil.

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