
.
Mas não quero abordar nomes aqui. Há alguns dias amadurecia pensamentos a respeito de Dunga e da nova mentalidade que implantou na seleção brasileira. A imprensa brasileira, ao que parece, ainda não notou que Dunga mudou paradigmas em suas convocações. Substituiu a velha política de chamar os jogadores que atravessam melhor fase pela filosofia de contar com um grupo alinhado à sua mentalidade. Dunga sempre foi um atleta de grupo. São inúmeros os exemplos durante sua vitoriosa carreira em que deixou de lado suas ambições e projetos pessoais em favor das missões do grupo. O mais clássico foi a tarefa hercúlea de ser companheiro de quarto de Romário e velar pelo comportamento extra campo do "baixinho" na vitoriosa campanha da Copa-94.
.
Pois é isso que Dunga oferece em 2010. Uma seleção que mais parece um time de futebol quando entra em campo. É a primeira vez em décadas que se sabe perfeitamente a escalação da equipe do 1 ao 11, um semestre antes da primeira partida da Copa. Não há discussões a respeito do time. Aliás, o time, em sistema, é exatamente o mesmo que venceu a Copa América 2007, na primeira grande campanha dessa nova Era. E em nomes, na essência, não mudou também.
.
Por isso, tenho convicção de que voltaremos da África com a Taça do Mundo. O que muitos criticam é exatamente o que aplaudo. As individualidades e os craques de safra ficarão assistindo a Copa do Mundo pela televisão, enquanto Dunga e aqueles que resolveram seguir sua filosofia de respeito à camisa canarinho batalharão nos campos africanos defendendo nossas cores.
Um comentário:
Como disse, eu concordo que essa PODE ser, mas AINDA NÃO É a lista final. Acrescentaria apenas o Gilberto como igualmente em teste.
Mesmo que seja, apesar de entender que a meia-cancha está mais fraca que os outros setores, Dunga merece o benefício da dúvida pelo que apresentou até agora.
Aliás, se os principais nomes da imprensa esportiva nacional estão contra, é porque Dunga está no caminho certo.
Abraço,
Sancho
Postar um comentário