domingo, julho 26, 2009
Camino y piedra
"Del cerro vengo bajando,
Camino y piedra,
Traigo enredada en el alma, viday
Una tristeza...
Me acusas de no quererte.
No digas eso...
Tal vez no comprendas nunca, viday
Porque me alejo...
Es mi destino
Piedra y camino...
De un sueño lejano y bello, viday
Soy peregrino...
Por mas que la dicha busco,
Vivo penando...
Y cuando debo quedarme, viday
Me voy andando...
A veces soy como el rio:
Llego cantando...
Y sin que nadie lo sepa, viday
Me voy llorando...
Es mi destino,
Piedra y camino...
De un sueño lejano y bello, viday
Soy peregrino..." (Atauhalpa Yupanqui)
sexta-feira, julho 24, 2009
OS POLÍTICOS e A COPA 2014
Em primeiro lugar, quero deixar claro que sou favorável à realização da Copa do Mundo ou de qualquer evento de grande porte no Brasil, no Rio Grande ou em Porto Alegre. Em tese, acontecimentos desse porte só trazem vantagens e avanços para o local sede. O problema é que no Brasil “na prática a tese é outra”.
Não pretendo abordar nesta oportunidade os números e gastos públicos anunciados com o projeto Copa 2014. Até porque, sabida e infelizmente, no curso desses 5 ou 6 anos que temos pela frente, tais gastos públicos se multiplicarão, assim como os escândalos envolvendo a má utilização dessas verbas.
A principal crítica que quero fazer, agora, diz com a criação de estruturas políticas em torno da Copa 2014. Aqui nos pagos, tanto na esfera municipal quanto estadual foram criadas Secretarias de governo para tocar o tema. Cabe então indagar: para que servem a Secretaria Municipal de Esportes e, na esfera estadual, a Secretaria de Turismo, Esporte e Lazer e a Fundação do Esporte e Lazer (FUNDERGS) ?! As secretarias extraordinárias criadas acarretarão gastos públicos indevidos.
E não só os gastos decorrentes da estruturação e manutenção de tais pastas extraordinárias serão nefastos. A utilização política da Copa 2014 já se evidencia com clareza solar. E não é só. O orçamento da secretaria municipal da Copa 2014 é mais vultuoso do que o da secretaria municipal de esportes, o que é um absurdo total. Essa disparidade orçamentária, aliás, revela nitidamente a pouca preocupação de nossos administradores para com as práticas desportivas.
Aqui abro um parêntesis necessário com o curso do programa que ouço. O Sr. Fortunatti aborda todos os temas possíveis na entrevista, desde políticas viárias, educacionais até aspectos de saúde pública. É evidente o aproveitamento político do cargo! Mas não quero me alongar. A intenção era apenas fazer o registro e traçar algumas indagações. O registro da sobreposição de secretarias e dos gastos dobrados da máquina estatal. O registro da dispensabilidade destas secretarias extraordinárias. O registro, mesmo que ‘na pasant’ dos equívocos de nossa política pública para o fomento e desenvolvimento das práticas desportivas. E a indagação de qual utilidade terá, em termos práticos e objetivos, essa visita do Sr. Secretario à África do Sul ?!
A despedida do Secretário é “um grande abraço e até a volta!”, como que já se escalando para a reutilização da “latinha” (gíria para a utilização dos holofotes da mídia). O Luis Carlos Reche, âncora do programa, abrevia a conclusão do que exponho. Indaga ao Sr. Secretario sobre sua candidatura à prefeitura de Porto Alegre na próxima eleição. A resposta é um sorriso e a oração “o futuro a Deus pertence!”. Bueno, já temos um candidato!
quinta-feira, julho 23, 2009
REVENDO CONVICÇÕES
O INTERNACIONAL foi melhor na primeira etapa e foi para o intervalo com 2x0. Foram dois golos exatamente iguais, originados de cobranças de falta perfeitas por Kleber e testadas do oportunista centroavante Alecsandro (como é bom ter um centroavante aipim no time!). O impedimento flagrante (que comentaristas da televisão e rádio demoraram três repetições, em diversos ângulos, para detectar) não anula a boa atuação coletiva da equipe. Na segunda etapa a situação se inverteu, com a entrada de J. Wagner (no lugar do inoperante Marlos), o São Paulo veio com tudo para cima e encurralou o INTERNACIONAL. Foi justo o empate, não há como negar.
Mas o que pretendo abordar são algumas questões interessantes que, além de chamar a tenção, me forçam a reformular convicções. Primeiro e a mais importante delas. Todos sabem que sou crítico de Tite e de sua falta de iniciativa para propor alternativas táticas ao time. Agora, não há como negar que tanto no gNAL como no jogo de ontem, Tite acertou a escalação da equipe. Embora prefira um quadrado na meia cancha (como escalado no gNAL), para o jogo contra o São Paulo o retorno do losango era o mais recomendado, especialmente pelo péssimo momento técnico, psicológico e físico do argentino D´Alessandro. A escalação de Alecsandro no lugar de Taison acabou se mostrando acertada. E não só pelos dois golos anotados, mas especialmente pela movimentação e disposição demonstrada pelo centroavante. Taison não atravessa bom momento e a reserva pode lhe fazer bem. Enfim, ponto para Tite no quesito definição dos onze.
Lamentavelmente, contudo, Tite pecou nas substituições. Deixou Magrão na cancha por 90 minutos, mesmo diante do sumiço deste de campo na segunda etapa (aliás, foi em cima dele que J. Wagner colocou fogo no jogo). Depois sacou Andrezinho que, enquanto esteve em campo, foi o motor da equipe. Por fim inventou Taison no lugar de Índio a três minutos do final (foi a famosa solução mágica!). A explicação de que Sandro já possuia cartão amarelo e por isso foi o eleito e não Magrão não convence. Aliás, Magrão poderia ter saído também ao invés de Andrezinho (que naquele momento do jogo até na lateral direita dava combate!). O pastor segue protegendo suas ovelhas, não há como negar!
De outra parte, do ponto de vista anímico, o jogo de ontem é um prato cheio para os que gostam de examinar a influência dos fatores extra campo no futebol. Há algum tempo venho batendo na tecla de que há algo errado no vestiário do Beira-Rio. A queda de produção coletiva da equipe desde a fatídica derrota para o Corinthians no Pacaembu é evidente (aliás, já contra o Coritiba, lá no Couto Pereira, se pode constatar queda produção). É claro que as ausências de Nilmar e Kleber (que foram passear na África do Sul com a seleção brasileira) nos prejudicaram. Mas essa não pode ser a causa principal da queda de produção da equipe, ainda mais quando se analisa o desempenho coletivo do time.
Mas não quero fugir da análise do jogo de ontem contra o São Paulo. Foi visível, desde os primeiros minutos, que todos os jogadores do INTERNACIONAL, sem exceções, estavam colocando a testa no bico da chuteiro do adversário. Índio então nem se fala. Guiñazu voltou a ser o velho Guina depois de um ou dois jogos de desempenho modesto. Bolivar foi o valente General de outrora e inclusive do ponto de vista ofensivo teve presença efetiva nos primeiros 45 minutos. Sandro foi o Sandro de sempre, joga demais! Magrão parecia um leão na meia cancha, cheio de disposição e comprometimento com a equipe. Andrezinho jogou muito tempo e preencheu não só o seu, mas vários outros espaços na meia cancha. Enfim, do ponto de vista anímico algo mudou em relação aos últimos jogos. Cabeça de boleiro é complicado analisar. Mas cheguei a conclusão (como se eu já não soubesse disso!) que boleiro é assim mesmo, joga quando quer e quando o cenário lhe agrada. Bueno, no jogo de ontem, creio que a pressão da derrota no clássico gNAL e o fato de se tratar de um grande jogo, transmitido em rede nacional, funcionou como atrativo para a boleirada.
Finalmente, começo a rever minha convicção de que o INTERNACIONAL é o grande favorito para a conquista do campeonato. Primeiro porque Nilmar, provavelmente, deixe o Beira-Rio até o final de semana (conforme, aliás, já anunciei em minha coluna semanal no BLOgreNAL). Mas não só por isso. O São Paulo, novamente, é o grande postulante ao título. Embora esteja na parte debaixo da tabela, é fácil detectar que a recuperação do time paulista já está em prática. A vitória contra o Santos e, agora, esse empate aqui no Beira-Rio são evidências claras do que digo. E posso arrolar alguns que me levam a crer no favoritismo do São Paulo: 1) possui um grande elenco; 2) não deve perder ninguém na janela de transferências; 3) não está na mira de todos como grande favorito; 4) possui jogadores diferenciados e com capacidade de decidir partidas (Hernanes, J. Wagner e Washington, só para citar alguns).
Em resumo, o jogo e ontem me deixou preocupado porque o INTERNACIONAL, mesmo bem escalado e jogando no limite de seu potencial técnico e anímico, não teve forças para bater o São Paulo.
quarta-feira, julho 22, 2009
Rotinas
esses caminhões
que ouço na estrada ?
Talvez para o mesmo lugar
daqueles pássaros
que voam em bando
no final do verão.
Não consigo migrar
a cada estação
em busca do clima perfeito.
Não me ponho a girar
por dias e noites
atrás do destino correto.
Mas, afinal de contas,
p´ra onde mais iria
se tivesse um par de asas
ou patas de borracha ?
SOBRINHOS DO TIO SAM
A assinatura, na segunda-feira (dia 20.julho), de contrato com a Índia para comercialização de armas e arsenais nucleares, pela cifra de U$ 10 bilhões, é a prova cabal de que nada mudou. Aliás, a vultuosa negociação foi iniciada e encaminhada no governo do Sr. G.W.Bush, cabendo a Obama apenas e tão-somente manter a linha de atuação e a assinatura do que fora pactuado por seu antecessor. Pouco importa o líder que esteja sentado na sala oval da Casa Branca, as políticas intervencionistas e de fomento ao belicismo militar pelo mundo afora serão mantidas. Afinal de contas, é esta política que sustenta, há décadas, a supremacia econômica norte-americana no cenário mundial.
A cena da Sra. Hilary Clinton assinando o negócio com o “chairman” indu inclui troca de gentilezas, sorrisos e discursos de entusiasmo. Ah!, para tranqüilizar o povo mundial, Hilary e Obama declararam que a negociação prevê inspeção constante dos Estados Unidos em relação ao “bom” uso dos arsenais nucleares, para que a tecnologia norte-americana não caia em mãos perigosas.
Podemos ficar tranqüilos, então, os malvados palestinos, iraquianos, paquistaneses, norte-coreanos e todos os demais inimigos do Tio Sam permanecerão sob controle. Obrigado Ms. Clinton e Mr. Obama por se preocuparem tanto conosco!
FÉRIAS TIA YEDA ?
terça-feira, julho 21, 2009
Na estrada - pensamentos...
Longe da Cidade
segunda-feira, julho 20, 2009
ALHEIO
MORRISON, Van
UTI
domingo, julho 19, 2009
Paternalismo Colorado...
sábado, julho 18, 2009
sexta-feira, julho 17, 2009
Ecce Homo
quinta-feira, julho 16, 2009
SALVO PELO NEGO TAISON
PARABÉNS AO FREGUÊS
quarta-feira, julho 15, 2009
terça-feira, julho 14, 2009
INVERNO
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Iniciei as lides. Depois de uma noite fria e de um dia claro de sol sempre há outra noite ainda mais fria. Por isso me pus a picar cernes de lenha a machado. O frio foi aos poucos cedendo espaço ao conforto de uma manhã ensolarada de inverno e o trabalho com a lenha quase fez suar. O movimento do machado é desses que, com o tempo, se faz ao natural, repetidamente, uniforme, invariável; de modo que, depois de dez ou quinze machadadas, a mente está livre de novo para cogitar e indagar. Pensei nela e no que estaria fazendo naquele momento na Capital. Mais um dia atribulado na cidade, de afazeres, de estúpidas lidas modernas que não levam a nada, a não ser outro dia entre quatro paredes e outra noite para se pensar nos compromissos das próximas vinte e quatro. Aonde se chega com tanta dedicação ao que te é imposto ?
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Cebola, alho, uns toretes de carne que sobraram do assado, arroz e tempero (adobo e manjerona); água e o transcurso do tempo. Mais umas cuias para terminar de abrir o apetite. As atualidades do esporte no rádio; impressionante o mau humor do Cláudio Cabral com o dia do rock´n´roll. O Internacional de mau a pior. Um cálice de vinho.
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Uma cesta impressionante, debaixo das árvores, sob o canto dos pássaros, tapado pelo poncho.
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Já é quase noite. Vou à mercearia. O cheiro do pão está na esquina. Não há como o pão feito na hora, recém saído do forno. Pego um ainda quente, antes mesmo de fechar o saco. Para aproveitar o calor do forno que extrapola os limites da padaria, jogo uma conversa fora com a guria. E lá estão o Adão, o Chico e o Lairton, todos atrás do pão sagrado para o café da tarde e das polêmicas e notícias de um dia ensolarado de inverno.
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Nada novo. Agora é noite. Faz frio. A lenha queima.
sábado, julho 11, 2009
Sunny
Versão Rock balada - Johnny Rivers
Versão Clássica - e, portanto, a melhor - Marvin Gaye
ÍCONES
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Para maiores detalhes vá direto à fonte (clique aqui para acessar o site)
sexta-feira, julho 10, 2009
Uma noite em Valizas
ADEUS MESTRE HUGO
Estou aqui emocionado, lembrando de meu início futebolístico, quando lia a coluna do Amorim e, neofito, descobria os meandros táticos do futebol.
Quem não lembra da defesa incondicional ao 4-3-3 no INTERNACIONAL, nos anos 80, quando o 442 chegava com tudo nos tirando a alegria de ver um ponta esquerda fazer estripulias na defesa inimiga ?!?!?
Aonde estiver o mestre Hugo nunca deixará de ser Colorado!!!
Nação de luto!
Subscrevo a NOTA DE PESAR emitida pelo INTERNACIONAL
Nota de pesar
Vice-presidente de Serviços Especializados do Inter, Roberto Siegmann, se manifesta sobre o falecimento:
É uma enorme perda, não só para o Inter, mas para toda a comunidade gaúcha.
Amorim foi exemplar homem público atuando como delegado de polícia. Durante o período da Ditadura Militar, Amorim foi um dos que lutou pelo restabelecimento do Estado Democrático de Direito.
Como colorado, era um dos mais apaixonados, levando o seu conhecimento sobre futebol a todos por meio do rádio e do jornal.
Os colorados lamentam a perda do Conselheiro Vitalício. Homem de posição firme, às vezes polêmico, mas, sobretudo, jamais se omitindo das questões que envolvessem o interesse público, a cidadania e o Internacional.
terça-feira, julho 07, 2009
Recordar é viver...
Há exatos 12 anos o INTERNACIONAL vergava o inimigo tradicional que chegava como favorito ao título. Fabiano Cachaça meteu uma bucha no canto superior direito do goleirinho Darnley. Antes, na semana da decisão, Fabiano passou os dias com a perna direita engessada, enganando a turma da azenha, numa jogada de bastidores que entrou para a história dos clássicos. Mais tarde, em 24 de agosto, Fabiano se transformaria eternamente em Uh! Fabiano ao comandar nosso escrete no histórico gNAL dos CINCO-a-dois (gNAL n. 335), enquanto a patrola da vizinhança atolava. Está tudo registrado na história.
EU ESTAVA LÁ NO GIGANTE!!! OBRIGADO FABIANO CACHAÇA!!!
E de brinde vai um golaço antolôgico do Cachaça, também em 1997, contra o Santos, narrado em inglês. UH! FABIANO, O CACHAÇA. Esse é eterno!
Entrevista na qual o Cachaça aborda seu apelido, concedida ao repórter Ricardo Vidarte, no pátio do Beira-Rio, em 07.07.2009.
segunda-feira, julho 06, 2009
SANGUE FARRAPO
Outra pessoa...
sexta-feira, julho 03, 2009
A força das fragilidades...
Labirintos
tarde nublada e fria de janeiro;
tudo estranho,
tudo alheio,
dias de agitação e confusão,
muita,
muito mais do que o clima,
há outras coisas
a confundir-me
a nublar-me.
Mas enfim sinto paz,
com o Jardim de Inverno de Neruda ao lado,
o disco do Ratones preenchendo tudo
do mais elementar e puro rock n roll.
É, não posso reclamar,
agora,
aqui aonde estou só.
Depois de viver tantos problemas alheios,
conhecer realidades que não me dizem,
não tocam; impressionam.
Parece que encontrei a saída do labirinto
e sequer conheci a face do minotauro.
Não vou reclamar,
aqui aonde estou só,
agora,
tenho como única preocupação
a possibilidade de enlouquecer
em 20.janeiro.2009
INSATISFAÇÃO
foi o que te fez me querer
e o que nos afastou.
A tua insatisfação,
que te guiou tantas vezes
para mudanças e novos caminhos.
A tua insatisfação,
é plena de vontades,
mas sofre pelo que possui.
A tua insatisfação,
que transformou noites em dia
e sorrisos em lágrimas.
A tua insatisfação,
te faz desejar o mundo,
mesmo quando já o tens por completo.
numa noite em dezembro de 2008
Justificativa de voto...
ALGO
Mais do que lembranças,
aquilo que ficou perdido no tempo:
o grande oceano pelo qual navegamos
em busca de nossas crenças.
Tua presença em meus dias;
é disso que falo.
Sempre estiveste muito perto,
nas infinitas tardes,
em meus pensamentos,
atitudes e isolamentos;
nas imagens que conservei
através de todas as tempestades.
Agora, mesmo diante de minhas incertezas,
estás presente em meus dias novamente.
escrita em 19.janeiro.2009
quinta-feira, julho 02, 2009
TE LEVANTA COLORADO!
Pois é, dessa vez não deu. O Colorado tão acostumado a vitórias e conquistas saiu desolado e decepcionado do Gigante da Beira-Rio. Mas é preciso reconhecer que, além de todas as dificuldades, das ausências de Nilmar e Kléber retirados de nosso time pela Casa Bandida do Futebol, dos favorecimentos à máfia curintiana (mais uma vez presentes nos 90 minutos ontem); enfim, é preciso reconhecer que perdemos para um time forte e bem organizado.