terça-feira, dezembro 23, 2008

RECORDAR É VIVER II

Sempre digo: é bom demais ser Colorado! E nessa época de final de ano a coisa ganhar proporções ainda maiores. Dia 14 primeiro título de Campeão Brasileiro, dia 16/17 primeiro e único gaúcho a conquistar o título de Campeão Mundial FIFA e agora, hoje, primeiro e único CAMPEÃO NACIONAL INVICTO. Quem possui tamanhas honrarias ? Aqui na Aldeia, certamente, ninguém!

Como esquecer daquele 23 de dezembro de 1979 em que assisti pela televisão o desfile de Falcão contra o Vasco ? Ainda guri, com 6 anos de idade, saí para as ruas, empunhando minha bandeira do Internacional e vestindo a camisa rubra número 5, para comemorar meu primeiro título Nacional (em 1975/76 ainda estava no berço). E olha que eu nem tinha noção de que aquela façanha - de conquistar um Nacional de forma invicta - jamais seria igualada (já se vão quase duas décadas e ninguém consegue repetí-la).

Já sem Don Elias Figueroa, Manga, P.C. Carpegiani, C. Duarte, Vacaria, Caçapava, Flavio/Dario e Lula, o Internacional seguiu na política de montar uma equipe genuinamente gaudéria para seguir conquistando títulos de relevo. Ainda tínhamos Falcão, Valdomiro e o Príncipe Jajá, que era um guri em 75/76, e a eles acrescentamos Mauro Galvão, João Carlos, Mauro Pastor, Cláudio Mineiro e Bira. Foi montado, assim, um grupo que coletivamente se mostrou imbatível, dentro e fora do Gigante da Beira-Rio. Sob o comando do saudoso Ênio Andrade, Falcão teve uma temporada de gala - mostrando ao país o quão injusta foi sua não-convocação por Coutinho para a Copa da Argentina 78 - e a força coletiva era tamanha que o grande destaque no jogo de ida da final foi Chico Spina, autor dos dois gols que calaram o Maracanã, em substituição ao imprescindível Valdomiro.

A campanha foi fantástica, em 22 jogos foram 15 vitórias e 7 empates, com 40 gols pró e míseros 13 gols sofridos, incluindo vitórias sensacionais contra Goiás (oitavas de final), Cruzeiro (3x2, no Mineirão, pelas quartas de final). Nas semifinais vencemos o Palmeiras, (3x2 em SP - com atuação de gala de Falcão - e 1x1 no Gigante). Os paulistas tinham uma bela equipe capitaneada por Luís Pereira e que contava com nomes como Jorge Mendonça e Mococa, que também não resistiu à força do Colorado.

Depois de vencer o Palmeiras nas semifinais, com aquele gol inesquecível do Falcão num sem pulo de fora da área, o Colorado partiu para os confrontos decisivos com o Vasco da Gama de Leão, Roberto Dinamite e companhia. E venceu as duas partidas, de forma inapelável. No Maracanã foram 2x0, com atuação inspirada de Chico Spina (substituindo nada mais nada menos que Valdomiro, ídolo para sempre). No Beira-Rio lotado (foto ao lado) jogamos para carimbar a faixa e confirmar a inédita conquista invicta.

Até hoje ninguém repetiu a façanha!


Matéria do Globo Esporte depois da vitória de 2x0 sobre o Vasco no Maracanã
Youtube - Gols da campanha
Matéria da Gazeta Esportiva, com escalações das 2 partidas finais

Um comentário:

San Tell d'Euskadi disse...

Passei por aqui para retribuir e desejar-te um Feliz 2008.

Saudações imortais,
Sancho