quarta-feira, outubro 08, 2008

JOGO DE CENA

Para quem acha os debates eleitorais tupiniquins um grande jogo de cena, condição na qual me enquadro, assistir a não mais do que 10 minutos do debate entre Obama e Mc Cain foi quase como que estar diante de uma grande peça teatral.

Se é verdade que a economia norte-americana comanda o mundo (com o que, infelizmente, sou obrigado a concordar - e a atual crise global corrobora), estamos na iminência de dias sombrios. Afinal de contas, quem vencer a eleição já parte do caos deixado pelo mais imbecil dos imbecis que presidiram os Estados Unidos, o G. Bush (ele conseguiu até mesmo superar figuras dantescas como R. Reagan e seu pai, o Bush Senior).

Mas voltemos à peça teatral, ou ao debate, se preferirem. Fiquei impressionado com a superficialidade dos dois candidatos a Imperador da Humanidade. Obama e Mc Cain são farinha do mesmo saco. A diferença entre democratas e republicanos é mínima, para não dizer inexistente. Ambos carregam a grande característica do bom filho de Tio Sam; são megalomaníacos. Para ambos tudo que há de bom no universo está dentro dos limites do território norte-americano, e os males globais habitam terras distantes. Para o aquecimento global, a mágica solução são combustíveis alternativos (como se tudo no universo se limitasse à produção de riquesas); estão pouco se lixando para os níveis de poluição produzidos dentro de seus países.

Indagado sobre os problemas da área da saúde, Mc Cain prometeu um cheque de U$ 5 mil para cada americano. Desliguei a televisão, na hora! Fui dormir, mas o pensamento de que nossa sociedade cada vez mais se aproxima desses perversos valores atrapalhou meu sono.

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