quarta-feira, março 31, 2010

MUDAM OS NOMES...

“Deixei o clube com June, que instantaneamente se tornou uma de minhas melhores amigas. Contudo, não viramos amantes; eu realmente apreciava sua companhia como amiga e não queria estragar aquilo. Tenho certeza de que ela queria ir adiante, mas àquela altura eu não imaginava que fosse possível ficar com uma garota e ser amigo dela. Sexo ainda era uma questão de conquista em vez do resultado de um relacionamento amoroso. Simplesmente jamais me ocorrera a idéia de que você pudesse manter uma conversa inteligente com uma garota e depois dormir com ela. Olhando para trás, meio que lamento por jamais termos ficado juntos, pois estou certo de que teríamos curtido muito.”
(...)
“Ficamos juntos por dois anos, e eu a amei tanto quanto era realmente capaz de amar alguém, mas ela ficou no caminho de outra pessoa que, mesmo que eu não pudesse ter, dominava meus pensamentos...”
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“Lori tinha uma personalidade poderosa, muito confiante e namoradeira, e fiquei lisonjeado pelo interesse dela em mim. De fato, a energia entre nós era muito forte, do tipo que existe apenas quando você encontra alguém pela primeira vez. Também era muito divertida, uma qualidade que havia desaparecido de meu relacionamento com Pattie. Quando a turnê acabou e voltei para casa, fizemos mais uma tentativa desanimada de reanimar nosso casamento, mas não colou. Percebi que minhas atenções haviam mudado. Chegara em casa há poucos dias quando de repente disse a Pattie que estava indo embora. Tinha conhecido alguém na Itália e iria ficar com ela. Eu era como uma chama ao vento, soprada para todo lado, sem nenhum interesse pelo sentimento das outras pessoas ou pelas conseqüências de minhas ações. Na minha cabeça havia me convencido de que, visto que havia acabado de entrar nos 40, estava passando pela crise da meia-idade e eu isso era explicação para tudo.”
(...)
“Francesca era de Gêmeos, totalmente imprevisível e propensa a rompantes violentos. Por outro lado, podia ser doce como mel e totalmente fascinante. O problema é que você nunca sabia qual de suas facetas encontraria. Acho que terminamos umas nove ou dez vezes naquele período, mas eu estava inteiramente viciado nela. (...) De fato, Chris gostava dela. O que eu precisava abordar em primeiro lugar, de acordo com Chris, era o que eu estava fazendo ali. Em resumo, seu conselho foi de que eu ficasse na relação até me encher ou aprender o que quer que precisasse aprender.”
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“O fim do caso, quando realmente chegou, coincidiu com um incêndio elétrico em minha casa em Londres, o que pareceu um augúrio. Também vi como uma oportunidade de deixar o passado para trás e começar do zero novamente; assim esvaziei a casa, vendi toda a mobília e comecei de novo...”
(...)
“Até então, o grande obstáculo para qualquer mulher de quem eu me aproximava era Hurtwood. Amava aquela casa, já que havia passado boa parte de minha vida nela, e seria importante que qualquer mulher que entrasse em minha vida também se sentisse confortável lá. Quase todas as mulheres que levei lá acharam a casa opressiva, até mesmo ameaçadora. Talvez o astral, com todas as lembranças, fosse muito intimidante, quem sabe ? Mas desde o início Melia ficou bem. Adorou a casa, e nos divertimos muito juntos” (Eric CLAPTON – “Autobiografia”)

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