por Moises Mendes
Aí está a foto que um juiz tentou evitar que fosse feita. É Dilma
Rousseff votando domingo, na Escola Santos Dumont, na Assunção.
Eu escrevi esta semana que talvez a foto não existisse mesmo. O
jornalista Mário Marcos de Souza compartilhou meu texto no Facebook e
outro jornalista, o Marco Estivalet, escreveu um comentário dizendo que a
foto existia, sim. Marco me enviou a foto agora há pouco.
Então, o que o juiz conseguiu foi evitar que fotógrafos e câmeras
profissionais entrassem na escola e fizessem a imagem. Mas um amador
estava lá com seu celular.
Marco me contou que estava próximo do colégio com um casal de amigos,
quando um senhor de botas e bombacha apareceu contando que fotografara
Dilma. Disse que se chamava Sebastião.
A imagem foi compartilhada ali mesmo. Marco relembra:
– Na hora, decidimos que a imprensa não merecia aquele troféu mostrando a presidenta Dilma votando.
Sebastião foi embora e a foto foi para o Facebook e está aí de novo
para quem não viu. Resumindo: um eleitor chamado Sebastião fez a foto
que o juiz tentou evitar, com o argumento de que estava preocupado com
tumultos. O que ele conseguiu foi provocar um tumulto.
No comentário da página de Mário Marcos, Marco Estivalet faz a
seguinte observação: “Eu apenas acrescento ao comentário do Moisés que
esse juiz que proibiu as fotos é um babaca antipetista”.
Vamos esperar que Sebastião esteja de novo na Escola Santos Dumont,
no dia 30 do segundo turno, ao lado de fotógrafos, cinegrafistas,
repórteres e centenas de pessoas que certamente irão à escola para ver
Dilma.
A democracia deve exaltar, e não esconder o momento do voto de uma presidente eleita e golpeada.
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