

Depois de duas vitórias sobre Canadá e México e uma derrota para a poderosa União Soviética, o Brasil trocou a cidade de Temuco por Santiago, aonde disputaria com outras cinco seleções o título mundial. Na Capital chilena, foi montada uma quadra de basquete atrás de uma das goleiras do Estádio Nacional, o que atraiu grande público ás partidas.
Com um jogo baseado em contra-ataques, devido à baixa estatura de nossos atletas em relação aos rivais, o Brasil
estreou na segunda fase vencendo Formosa. Depois, massacramos Porto Rico e vencemos a Bulgária, em jogo no qual os búlgaros abusaram da violência. Veio, então, novo confronto contra a URSS; e nova derrota. O resultado praticamente asseguraria o título aos soviéticos; mas, em tempos de guerra fria, a União Soviética se negou a enfrentar Formosa (porque o Governo comunista não reconhecia a recém independente República Democrática da China). A decisão acarretou punição aos soviéticos e recolocou o Brasil na briga pelo título. Veio então o confronto contra os americanos.


No último dia, há exatos 50 anos, em 31.janeiro.1959, o confronto contra o Chile foi a coroação de uma campanha brilhante. O Brasil conquistava seu primeiro título mundial. Cinco anos antes, em 1954, o técnico Kanela e os atletas Wlamir, Amaury e Algodão estavam na seleção que conquistou a medalha de prata (perdendo para os EUA na final) no Mundial do Rio de Janeiro. Essa mesma geração subiu muitas vezes ainda em pódios de Mundiais e Jogos Olímpicos; foram várias medalhas de bronze e prata, além do Bicampeonato Mundial em 1963. São verdadeiros heróis de nosso esporte.

a Taça de Campeão do Mundo 1959 está na sede da Confederação Brasileira de Basquete