quarta-feira, julho 22, 2009

SOBRINHOS DO TIO SAM


A eleição de Barak Obama para Presidência dos Estados Unidos desencadeou uma onda de otimismo mundial. A compreensão geral era de que o novo líder americano implementaria mudanças no trato de temas de relevo para a sobrevivência e paz mundial, como o aquecimento global (revisão da não-assinatura do protocolo de Kioto), o respeito aos direitos humanos (fechamento de Guantanamo) e a redução dos arsenais bélicos e das intervenções militares no Oriente Médio.

A assinatura, na segunda-feira (dia 20.julho), de contrato com a Índia para comercialização de armas e arsenais nucleares, pela cifra de U$ 10 bilhões, é a prova cabal de que nada mudou. Aliás, a vultuosa negociação foi iniciada e encaminhada no governo do Sr. G.W.Bush, cabendo a Obama apenas e tão-somente manter a linha de atuação e a assinatura do que fora pactuado por seu antecessor. Pouco importa o líder que esteja sentado na sala oval da Casa Branca, as políticas intervencionistas e de fomento ao belicismo militar pelo mundo afora serão mantidas. Afinal de contas, é esta política que sustenta, há décadas, a supremacia econômica norte-americana no cenário mundial.

A cena da Sra. Hilary Clinton assinando o negócio com o “chairman” indu inclui troca de gentilezas, sorrisos e discursos de entusiasmo. Ah!, para tranqüilizar o povo mundial, Hilary e Obama declararam que a negociação prevê inspeção constante dos Estados Unidos em relação ao “bom” uso dos arsenais nucleares, para que a tecnologia norte-americana não caia em mãos perigosas.

Podemos ficar tranqüilos, então, os malvados palestinos, iraquianos, paquistaneses, norte-coreanos e todos os demais inimigos do Tio Sam permanecerão sob controle. Obrigado Ms. Clinton e Mr. Obama por se preocuparem tanto conosco!

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