Ouço o tradicional programa Terceiro Tempo, das 12 horas, na Rádio Guaíba, e lá está presente o Sr. José Fortunatti, titular da Secretaria Municipal da Copa 2014 parlamentando sobre o tema e informando que fará viagem à África do Sul para inspecionar obras e realizações e se colocar a par dos preparativos da Copa 2010 que será realizada nesse país. Aproveito, porque há algum tempo gostaria de tratar do tema.
Em primeiro lugar, quero deixar claro que sou favorável à realização da Copa do Mundo ou de qualquer evento de grande porte no Brasil, no Rio Grande ou em Porto Alegre. Em tese, acontecimentos desse porte só trazem vantagens e avanços para o local sede. O problema é que no Brasil “na prática a tese é outra”.
Não pretendo abordar nesta oportunidade os números e gastos públicos anunciados com o projeto Copa 2014. Até porque, sabida e infelizmente, no curso desses 5 ou 6 anos que temos pela frente, tais gastos públicos se multiplicarão, assim como os escândalos envolvendo a má utilização dessas verbas.
A principal crítica que quero fazer, agora, diz com a criação de estruturas políticas em torno da Copa 2014. Aqui nos pagos, tanto na esfera municipal quanto estadual foram criadas Secretarias de governo para tocar o tema. Cabe então indagar: para que servem a Secretaria Municipal de Esportes e, na esfera estadual, a Secretaria de Turismo, Esporte e Lazer e a Fundação do Esporte e Lazer (FUNDERGS) ?! As secretarias extraordinárias criadas acarretarão gastos públicos indevidos.
E não só os gastos decorrentes da estruturação e manutenção de tais pastas extraordinárias serão nefastos. A utilização política da Copa 2014 já se evidencia com clareza solar. E não é só. O orçamento da secretaria municipal da Copa 2014 é mais vultuoso do que o da secretaria municipal de esportes, o que é um absurdo total. Essa disparidade orçamentária, aliás, revela nitidamente a pouca preocupação de nossos administradores para com as práticas desportivas.
Aqui abro um parêntesis necessário com o curso do programa que ouço. O Sr. Fortunatti aborda todos os temas possíveis na entrevista, desde políticas viárias, educacionais até aspectos de saúde pública. É evidente o aproveitamento político do cargo! Mas não quero me alongar. A intenção era apenas fazer o registro e traçar algumas indagações. O registro da sobreposição de secretarias e dos gastos dobrados da máquina estatal. O registro da dispensabilidade destas secretarias extraordinárias. O registro, mesmo que ‘na pasant’ dos equívocos de nossa política pública para o fomento e desenvolvimento das práticas desportivas. E a indagação de qual utilidade terá, em termos práticos e objetivos, essa visita do Sr. Secretario à África do Sul ?!
A despedida do Secretário é “um grande abraço e até a volta!”, como que já se escalando para a reutilização da “latinha” (gíria para a utilização dos holofotes da mídia). O Luis Carlos Reche, âncora do programa, abrevia a conclusão do que exponho. Indaga ao Sr. Secretario sobre sua candidatura à prefeitura de Porto Alegre na próxima eleição. A resposta é um sorriso e a oração “o futuro a Deus pertence!”. Bueno, já temos um candidato!
Em primeiro lugar, quero deixar claro que sou favorável à realização da Copa do Mundo ou de qualquer evento de grande porte no Brasil, no Rio Grande ou em Porto Alegre. Em tese, acontecimentos desse porte só trazem vantagens e avanços para o local sede. O problema é que no Brasil “na prática a tese é outra”.
Não pretendo abordar nesta oportunidade os números e gastos públicos anunciados com o projeto Copa 2014. Até porque, sabida e infelizmente, no curso desses 5 ou 6 anos que temos pela frente, tais gastos públicos se multiplicarão, assim como os escândalos envolvendo a má utilização dessas verbas.
A principal crítica que quero fazer, agora, diz com a criação de estruturas políticas em torno da Copa 2014. Aqui nos pagos, tanto na esfera municipal quanto estadual foram criadas Secretarias de governo para tocar o tema. Cabe então indagar: para que servem a Secretaria Municipal de Esportes e, na esfera estadual, a Secretaria de Turismo, Esporte e Lazer e a Fundação do Esporte e Lazer (FUNDERGS) ?! As secretarias extraordinárias criadas acarretarão gastos públicos indevidos.
E não só os gastos decorrentes da estruturação e manutenção de tais pastas extraordinárias serão nefastos. A utilização política da Copa 2014 já se evidencia com clareza solar. E não é só. O orçamento da secretaria municipal da Copa 2014 é mais vultuoso do que o da secretaria municipal de esportes, o que é um absurdo total. Essa disparidade orçamentária, aliás, revela nitidamente a pouca preocupação de nossos administradores para com as práticas desportivas.
Aqui abro um parêntesis necessário com o curso do programa que ouço. O Sr. Fortunatti aborda todos os temas possíveis na entrevista, desde políticas viárias, educacionais até aspectos de saúde pública. É evidente o aproveitamento político do cargo! Mas não quero me alongar. A intenção era apenas fazer o registro e traçar algumas indagações. O registro da sobreposição de secretarias e dos gastos dobrados da máquina estatal. O registro da dispensabilidade destas secretarias extraordinárias. O registro, mesmo que ‘na pasant’ dos equívocos de nossa política pública para o fomento e desenvolvimento das práticas desportivas. E a indagação de qual utilidade terá, em termos práticos e objetivos, essa visita do Sr. Secretario à África do Sul ?!
A despedida do Secretário é “um grande abraço e até a volta!”, como que já se escalando para a reutilização da “latinha” (gíria para a utilização dos holofotes da mídia). O Luis Carlos Reche, âncora do programa, abrevia a conclusão do que exponho. Indaga ao Sr. Secretario sobre sua candidatura à prefeitura de Porto Alegre na próxima eleição. A resposta é um sorriso e a oração “o futuro a Deus pertence!”. Bueno, já temos um candidato!
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