INTERNACIONAL 2x2 São Paulo foi um dos melhores jogos de futebol do campeonato nacional até agora. E não poderia ser diferente, estavam em campo os dois melhores elencos do futebol brasileiro. E para aqueles que ousarem discordar o que afirmo indago: quem não gostaria de ver figurar em seus times nomes do calibre de J. Wagner, Borges, Álvaro, D´Alessandro, Taison ou do goleiro Michel Alves ? Pois é, estavam todos sentados nas suas respectivas casamatas, esquentando um banquinho, como se diz na gíria do futebol.
O INTERNACIONAL foi melhor na primeira etapa e foi para o intervalo com 2x0. Foram dois golos exatamente iguais, originados de cobranças de falta perfeitas por Kleber e testadas do oportunista centroavante Alecsandro (como é bom ter um centroavante aipim no time!). O impedimento flagrante (que comentaristas da televisão e rádio demoraram três repetições, em diversos ângulos, para detectar) não anula a boa atuação coletiva da equipe. Na segunda etapa a situação se inverteu, com a entrada de J. Wagner (no lugar do inoperante Marlos), o São Paulo veio com tudo para cima e encurralou o INTERNACIONAL. Foi justo o empate, não há como negar.
Mas o que pretendo abordar são algumas questões interessantes que, além de chamar a tenção, me forçam a reformular convicções. Primeiro e a mais importante delas. Todos sabem que sou crítico de Tite e de sua falta de iniciativa para propor alternativas táticas ao time. Agora, não há como negar que tanto no gNAL como no jogo de ontem, Tite acertou a escalação da equipe. Embora prefira um quadrado na meia cancha (como escalado no gNAL), para o jogo contra o São Paulo o retorno do losango era o mais recomendado, especialmente pelo péssimo momento técnico, psicológico e físico do argentino D´Alessandro. A escalação de Alecsandro no lugar de Taison acabou se mostrando acertada. E não só pelos dois golos anotados, mas especialmente pela movimentação e disposição demonstrada pelo centroavante. Taison não atravessa bom momento e a reserva pode lhe fazer bem. Enfim, ponto para Tite no quesito definição dos onze.
Lamentavelmente, contudo, Tite pecou nas substituições. Deixou Magrão na cancha por 90 minutos, mesmo diante do sumiço deste de campo na segunda etapa (aliás, foi em cima dele que J. Wagner colocou fogo no jogo). Depois sacou Andrezinho que, enquanto esteve em campo, foi o motor da equipe. Por fim inventou Taison no lugar de Índio a três minutos do final (foi a famosa solução mágica!). A explicação de que Sandro já possuia cartão amarelo e por isso foi o eleito e não Magrão não convence. Aliás, Magrão poderia ter saído também ao invés de Andrezinho (que naquele momento do jogo até na lateral direita dava combate!). O pastor segue protegendo suas ovelhas, não há como negar!
De outra parte, do ponto de vista anímico, o jogo de ontem é um prato cheio para os que gostam de examinar a influência dos fatores extra campo no futebol. Há algum tempo venho batendo na tecla de que há algo errado no vestiário do Beira-Rio. A queda de produção coletiva da equipe desde a fatídica derrota para o Corinthians no Pacaembu é evidente (aliás, já contra o Coritiba, lá no Couto Pereira, se pode constatar queda produção). É claro que as ausências de Nilmar e Kleber (que foram passear na África do Sul com a seleção brasileira) nos prejudicaram. Mas essa não pode ser a causa principal da queda de produção da equipe, ainda mais quando se analisa o desempenho coletivo do time.
Mas não quero fugir da análise do jogo de ontem contra o São Paulo. Foi visível, desde os primeiros minutos, que todos os jogadores do INTERNACIONAL, sem exceções, estavam colocando a testa no bico da chuteiro do adversário. Índio então nem se fala. Guiñazu voltou a ser o velho Guina depois de um ou dois jogos de desempenho modesto. Bolivar foi o valente General de outrora e inclusive do ponto de vista ofensivo teve presença efetiva nos primeiros 45 minutos. Sandro foi o Sandro de sempre, joga demais! Magrão parecia um leão na meia cancha, cheio de disposição e comprometimento com a equipe. Andrezinho jogou muito tempo e preencheu não só o seu, mas vários outros espaços na meia cancha. Enfim, do ponto de vista anímico algo mudou em relação aos últimos jogos. Cabeça de boleiro é complicado analisar. Mas cheguei a conclusão (como se eu já não soubesse disso!) que boleiro é assim mesmo, joga quando quer e quando o cenário lhe agrada. Bueno, no jogo de ontem, creio que a pressão da derrota no clássico gNAL e o fato de se tratar de um grande jogo, transmitido em rede nacional, funcionou como atrativo para a boleirada.
Finalmente, começo a rever minha convicção de que o INTERNACIONAL é o grande favorito para a conquista do campeonato. Primeiro porque Nilmar, provavelmente, deixe o Beira-Rio até o final de semana (conforme, aliás, já anunciei em minha coluna semanal no BLOgreNAL). Mas não só por isso. O São Paulo, novamente, é o grande postulante ao título. Embora esteja na parte debaixo da tabela, é fácil detectar que a recuperação do time paulista já está em prática. A vitória contra o Santos e, agora, esse empate aqui no Beira-Rio são evidências claras do que digo. E posso arrolar alguns que me levam a crer no favoritismo do São Paulo: 1) possui um grande elenco; 2) não deve perder ninguém na janela de transferências; 3) não está na mira de todos como grande favorito; 4) possui jogadores diferenciados e com capacidade de decidir partidas (Hernanes, J. Wagner e Washington, só para citar alguns).
Em resumo, o jogo e ontem me deixou preocupado porque o INTERNACIONAL, mesmo bem escalado e jogando no limite de seu potencial técnico e anímico, não teve forças para bater o São Paulo.
O INTERNACIONAL foi melhor na primeira etapa e foi para o intervalo com 2x0. Foram dois golos exatamente iguais, originados de cobranças de falta perfeitas por Kleber e testadas do oportunista centroavante Alecsandro (como é bom ter um centroavante aipim no time!). O impedimento flagrante (que comentaristas da televisão e rádio demoraram três repetições, em diversos ângulos, para detectar) não anula a boa atuação coletiva da equipe. Na segunda etapa a situação se inverteu, com a entrada de J. Wagner (no lugar do inoperante Marlos), o São Paulo veio com tudo para cima e encurralou o INTERNACIONAL. Foi justo o empate, não há como negar.
Mas o que pretendo abordar são algumas questões interessantes que, além de chamar a tenção, me forçam a reformular convicções. Primeiro e a mais importante delas. Todos sabem que sou crítico de Tite e de sua falta de iniciativa para propor alternativas táticas ao time. Agora, não há como negar que tanto no gNAL como no jogo de ontem, Tite acertou a escalação da equipe. Embora prefira um quadrado na meia cancha (como escalado no gNAL), para o jogo contra o São Paulo o retorno do losango era o mais recomendado, especialmente pelo péssimo momento técnico, psicológico e físico do argentino D´Alessandro. A escalação de Alecsandro no lugar de Taison acabou se mostrando acertada. E não só pelos dois golos anotados, mas especialmente pela movimentação e disposição demonstrada pelo centroavante. Taison não atravessa bom momento e a reserva pode lhe fazer bem. Enfim, ponto para Tite no quesito definição dos onze.
Lamentavelmente, contudo, Tite pecou nas substituições. Deixou Magrão na cancha por 90 minutos, mesmo diante do sumiço deste de campo na segunda etapa (aliás, foi em cima dele que J. Wagner colocou fogo no jogo). Depois sacou Andrezinho que, enquanto esteve em campo, foi o motor da equipe. Por fim inventou Taison no lugar de Índio a três minutos do final (foi a famosa solução mágica!). A explicação de que Sandro já possuia cartão amarelo e por isso foi o eleito e não Magrão não convence. Aliás, Magrão poderia ter saído também ao invés de Andrezinho (que naquele momento do jogo até na lateral direita dava combate!). O pastor segue protegendo suas ovelhas, não há como negar!
De outra parte, do ponto de vista anímico, o jogo de ontem é um prato cheio para os que gostam de examinar a influência dos fatores extra campo no futebol. Há algum tempo venho batendo na tecla de que há algo errado no vestiário do Beira-Rio. A queda de produção coletiva da equipe desde a fatídica derrota para o Corinthians no Pacaembu é evidente (aliás, já contra o Coritiba, lá no Couto Pereira, se pode constatar queda produção). É claro que as ausências de Nilmar e Kleber (que foram passear na África do Sul com a seleção brasileira) nos prejudicaram. Mas essa não pode ser a causa principal da queda de produção da equipe, ainda mais quando se analisa o desempenho coletivo do time.
Mas não quero fugir da análise do jogo de ontem contra o São Paulo. Foi visível, desde os primeiros minutos, que todos os jogadores do INTERNACIONAL, sem exceções, estavam colocando a testa no bico da chuteiro do adversário. Índio então nem se fala. Guiñazu voltou a ser o velho Guina depois de um ou dois jogos de desempenho modesto. Bolivar foi o valente General de outrora e inclusive do ponto de vista ofensivo teve presença efetiva nos primeiros 45 minutos. Sandro foi o Sandro de sempre, joga demais! Magrão parecia um leão na meia cancha, cheio de disposição e comprometimento com a equipe. Andrezinho jogou muito tempo e preencheu não só o seu, mas vários outros espaços na meia cancha. Enfim, do ponto de vista anímico algo mudou em relação aos últimos jogos. Cabeça de boleiro é complicado analisar. Mas cheguei a conclusão (como se eu já não soubesse disso!) que boleiro é assim mesmo, joga quando quer e quando o cenário lhe agrada. Bueno, no jogo de ontem, creio que a pressão da derrota no clássico gNAL e o fato de se tratar de um grande jogo, transmitido em rede nacional, funcionou como atrativo para a boleirada.
Finalmente, começo a rever minha convicção de que o INTERNACIONAL é o grande favorito para a conquista do campeonato. Primeiro porque Nilmar, provavelmente, deixe o Beira-Rio até o final de semana (conforme, aliás, já anunciei em minha coluna semanal no BLOgreNAL). Mas não só por isso. O São Paulo, novamente, é o grande postulante ao título. Embora esteja na parte debaixo da tabela, é fácil detectar que a recuperação do time paulista já está em prática. A vitória contra o Santos e, agora, esse empate aqui no Beira-Rio são evidências claras do que digo. E posso arrolar alguns que me levam a crer no favoritismo do São Paulo: 1) possui um grande elenco; 2) não deve perder ninguém na janela de transferências; 3) não está na mira de todos como grande favorito; 4) possui jogadores diferenciados e com capacidade de decidir partidas (Hernanes, J. Wagner e Washington, só para citar alguns).
Em resumo, o jogo e ontem me deixou preocupado porque o INTERNACIONAL, mesmo bem escalado e jogando no limite de seu potencial técnico e anímico, não teve forças para bater o São Paulo.
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