terça-feira, março 29, 2011
segunda-feira, março 28, 2011
Revisão
Um dia releio aquele texto que deixei incompleto e o corrijo. Acrescento devaneios, suprimo verdades e transformo realidade em ficção. Pessoas vão ler e se identificar. Mas será tudo ficção. Repleta de devaneios e com verdades cortadas.
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Afinal de contas o tempo já passou e todas aquelas ficções outrora elaborada não se transformaram na realidade que imaginei. O tempo continua me dando lições incríveis, não consigo contrariá-lo; o preço que pago sempre é muito alto.
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agosto/2010
tua presença líquida
Esse copo de vinho
sobre a mesa
é a tua presença
em forma líquida
os restos de uma noite
líquida
sem a tua presença
depois de tanto pensar
no quão líquida
é tua presença
restou esse copo de vinho
sobre a mesa...
outubro/2010
sobre a mesa
é a tua presença
em forma líquida
os restos de uma noite
líquida
sem a tua presença
depois de tanto pensar
no quão líquida
é tua presença
restou esse copo de vinho
sobre a mesa...
outubro/2010
Fim de noite
Skatistas descendo a Vasco…
O taxista com um "pito" na esquina…
O gari que varre as últimas folhas do outono…
Os últimos transeuntes da praça…
As histórias de uma vida...
Buarque e a roda viva...
Eu e minha cama bagunçada...
outubro/2010
O taxista com um "pito" na esquina…
O gari que varre as últimas folhas do outono…
Os últimos transeuntes da praça…
As histórias de uma vida...
Buarque e a roda viva...
Eu e minha cama bagunçada...
outubro/2010
Caminho de Los Angeles
“Simplesmente saí dali e peguei a rua atrás daquela mulher. Estava a mais de uma dúzia de passos a minha frente, caminhando apressadamente para a beira do cais. Eu realmente não sabia que a estava seguindo. Quando percebi, parei de repente e estalei os dedos. Oh! Então agora és um pervertido! Um pervertido sexual! Muito bem, muito bem, Bandini, não imaginava que fosse chegar a isso; estou surpreso! Eu hesitei, arrancando grandes lascas de unha do meu polegar e as cuspindo. Mas não queria pensar naquilo. Preferia pensar nela.
Não era graciosa. Sei jeito de andar era teimoso, bruto; caminhava como que desafiadoramente, por assim dizer, eu os desafio a interromperem a minha caminhada! Caminhava em ziguezague também, movendo-se de um lado da calçada até o outro, às vezes pisando no meio-fio e às vezes batendo contra as janelas de vidro laminado a sua esquerda. Mas não importa como andasse, a figura debaixo do velho casaco púrpura ondulava e serpenteava. Seu passo era longo e pesado. Eu mantinha a distância original que ela guardava entre nós.
Sentia-me num frenesi; delirante e impossivelemente feliz. Havia aquele cheiro do mar, a suavidade limpa e salgada do ar, a indiferença fria e cínica das estrelas, a intimidade súbita e sorridente das ruas, a opulência brônzea da luz na escuridão, o langor cintilante da meia-lua. Eu amava tudo aquilo. Tinha vontade de gritar, de fazer ruídos esquisitos, ruídos novos, na minha garganta. Era como caminhar nu através de um vale cercado de belas garotas por todos os lados.” (John FANTE – “A Caminho de Los Angeles”).
o outro quarto
há sempre alguém no outro quarto
ouvindo através da parede.
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há sempre alguém no outro quarto
que imagina o que você está fazendo
lá sem eles.
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há sempre alguém no outro quarto
que teme que você se sinta melhor sozinho.
.
há sempre alguém no outro quarto
que pensa que você está pensando em alguém mais
ou que pensa que você não liga para ninguém
exceto você mesmo nesse outro quarto.
.
há sempre alguém no outro quarto
que não mais se preocupa com você tanto quanto costumava.
.
há sempre alguém no outro quarto
que se enfurece quando você derruba algo
ou que se incomoda quando você tosse.
.
há sempre alguém no outro quarto fingindo
que lê um livro.
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há sempre alguém no outro quarto
falando por horas no telefone.
.
há sempre alguém no outro quarto
e você não lembra direito quem é
e se surpreende quando fazem algum barulho
ou saem para ir ao banheiro.
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mas não há sempre alguém no outro quarto
porque às vezes não há um outro quarto.
e se não há,
às vezes não há ninguém aqui
mesmo. (Charles Bukowski)
ouvindo através da parede.
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há sempre alguém no outro quarto
que imagina o que você está fazendo
lá sem eles.
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há sempre alguém no outro quarto
que teme que você se sinta melhor sozinho.
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há sempre alguém no outro quarto
que pensa que você está pensando em alguém mais
ou que pensa que você não liga para ninguém
exceto você mesmo nesse outro quarto.
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há sempre alguém no outro quarto
que não mais se preocupa com você tanto quanto costumava.
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há sempre alguém no outro quarto
que se enfurece quando você derruba algo
ou que se incomoda quando você tosse.
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há sempre alguém no outro quarto fingindo
que lê um livro.
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há sempre alguém no outro quarto
falando por horas no telefone.
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há sempre alguém no outro quarto
e você não lembra direito quem é
e se surpreende quando fazem algum barulho
ou saem para ir ao banheiro.
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mas não há sempre alguém no outro quarto
porque às vezes não há um outro quarto.
e se não há,
às vezes não há ninguém aqui
mesmo. (Charles Bukowski)
domingo, março 27, 2011
segunda-feira, março 21, 2011
IDEAIS COLOCADOS DE LADO
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A reunião do Conselho Deliberativo do INTERNACIONAL revelou como é fácil abrir mão de ideais pelo jogo de interesses políticos (para não dizer financeiros e de poder). Após reuniões e debates públicos, um verdadeiro "conchavão" dentro do Conselho estabeleceu uma chapa de consenso para futura eleição da diretoria do órgão e, em contrapartida, referendou a intenção da Presidência do clube de firmar parceria para a realização das obras.
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Não se conhece maiores detalhes, mas tudo indica que Luiggi ganhou verdadeira "carta branca" para se sujeitar quase que totalmente às exigências do tal LOC (Comitê local da organização do Mundial 2014). A "comissão de obras" formada a partir dessa última reunião, pouco ou nada contribuirá para evitar que o INTERNACIONAL entregue a construtura A. Gutierrez todas as rentáveis benesses que a Copa do Mundo nos traria.
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Mas a vida é assim. Vivendo e aprendendo. Exploradora agora virou parceira...
BEIRA-RIO
Nota editada pelo Movimento União Colorada.
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-----XXX--------
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Colorados,
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O Grupo União Colorada, que por quase dez anos vinha sendo responsável pelo patrimônio do INTERNACIONAL, realizando as obras e melhoramento nas gestões dos presidentes Fernando Carvalho e Vitório Píffero, reunido para deliberar sobre as obras do Gigante Para Sempre, resolve manifestar-se nos seguintes termos :
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1) O Grupo tem posição contrária a realização de Contrato de Parceria na forma proposta pela atual gestão.
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2) O União Colorada não aceita que o INTERNACIONAL seja pressionado a negociar com uma única empresa conforme pretende a diretoria.
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3) Os conselheiros do movimento têm absoluta certeza de que as obras estão dentro do cronograma e que NENHUM ESTÁDIO entre os escolhidos para a Copa está tão adiantado quanto ao Gigante Da Beira Rio.
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4) Mesmo os órgãos públicos não têm hoje condições de oferecer garantias quanto a prazos, nos termos em que se diz exigir o comitê local da FIFA.
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5) Na verdade, nenhum comunicado oficial chegou ao clube referindo alguma data como limite para a apresentação das garantias, conforme o próprio presidente.
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6) Ao contrário do afirmado, na parceria proposta não estará o INTERNACIONAL transferindo só receitas a serem obtidas. Transfere, sim, os atuais camarotes e suítes, transfere locais nobres para cadeiras e locais VIP.
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7) Entregará, ainda, o Clube à “parceira”, perto de R$ 50.000.000,00 de imediato, em obras já realizadas e valores em caixa e a receber.
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8) Pagará o INTERNACIONAL à parceira perto de R$ 100.000.000,00 a mais do que gastaria se mantida a forma hoje adotada.
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9) O Movimento UNIÃO COLORADA repudia o argumento absurdo de que não temos outra saída, porque as empreiteiras já se acertaram e não haverá outras propostas. Trata-se de patrimônio do SÓCIO COLORADO exigindo tratamento ético de parte dos responsáveis.
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10) O modelo atual não exclui parceria alguma e permite negociação cômoda com construtoras , inclusive e , em especial, com entorno, ou seja, hotéis, centro de convenções, Gigantinho, etc.
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O movimento UNIÃO COLORADA pretende que o S.C. INTERNACIONAL seja dono de sua casa, que tenha a segurança que o nome de seu estádio não será mudado e que o time de futebol possa jogar e treinar em seu campo principal sem pedir licença a nenhuma empreiteira.
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Queremos a Copa, podemos fazer o “ Gigante para Sempre” nosso e já demonstramos que temos condições de fazê-lo.União Colorada
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sábado, março 19, 2011
Catástrofe nuclear
"Em 90 dias, os riscos causados pela iodina radiativa desaparecerão, porque ela se desintegrará. Mas os isótopos mais nocivos – césio e estrôncio – durarão 30 anos. E são voláteis.
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No acidente de Three Mile Island, estrôncio foi detectado a 220 quilômetros do reator. Termina no leite das vacas e não desaparece por 300 anos. As emissões dos reatores japoneses vão durar um ano e conterão elementos que permanecerão na natureza por três séculos, no melhor dos casos. Se houver uma explosão, será muito pior.
(...)
Em Chernobyl houve um derretimento e a faixa de águas subterrâneas contaminadas está aos poucos expandindo-se até Kiev, uma cidade muito grande distante cerca de 130 quilômetros. Não é algo fácil de mitigar.
(...)
O Japão e sua indústria nuclear fizeram investimentos muito pesados em energia nuclear. Também depois de Three Mile Island e de Chernobyl, afirmou-se que não haveria problemas, até que eles apareceram. Por isso, não acredito muito em pronunciamentos oficiais na primeira semana de um acidente." (David Case - The Global Post).
*Publicado originalmente no site Outras Palavras – http://www.outraspalavras.net/2011/03/15/a-sombra-da-catastrofe-nuclear/
sexta-feira, março 18, 2011
quinta-feira, março 17, 2011
Missão Cumprida e alma tranquila
O INTERNACIONAL cumpriu a missão em Cochabamba. Mas, adianto, a vitória não serve de parâmetro para congecturas ou definições. O baixo nível técnico e tático do adversário afasta qualquer possibilidade de se fazer juízos. Porém, é fato que o Colorado, hoje, atendeu uma antiga máxima do futebol, que preconiza a necessidade de vencer, com goleada, adversários fracos. Construímos um placar de 4x1 com todos os gols derivados de bola rolando. O último, aliás, foi uma pintura e revelou toda a categoria e qualidade do lateral Kleber (por vezes contestado, inclusive por boa parte da torcida).
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A vitória, a propósito, começou a se contruir já na definição do onze inicial. A saída de W. Matias para o ingresso de Tinga representou avanço. Mais pela qualidade de Tinga do que pela alteração de sistema tático. Continuamos a jogar com três volantes, mas ao menos Roth não cometeu a heresia de sacar o jovem Oscar da equipe para montar uma meia cancha com 4 volantes. Teria sido uma heresia sem precedentes! Ainda não foi o time corajoso com um quadrado na meia cancha (Bolatti, Guina ou Tinga, Oscar, D'Alessandro - Andrezinho na sua ausência) mais R. Sóbis e Damião na frente. Com essa escalação, afirmo, correríamos o mundo a desafiar os grandes da Europa e regressaríamos consagrados com uma penca de vitórias na bagagem.
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Mas essa formação vive apenas em sonhos. Por enquanto, vamos com o losango de Roth. Ao menos os 3 volantes possuem atributos, o que minora a má escolha tática. Bolatti se sai muito bem na cabeça de área, Guinazu é o velho pulmão e Tinga continua a funcionar como um belo motor. Só não gosto de ver Tinga jogando como ponta de lança como está. E aí, exatamente, reside a discórdia. Por que não termos Oscar e D'Alessandro, jogadores da posição, a fazer tal função ?
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No mais, repetiu-se um golo contrário de cabeça numa falha de Nei. Por que Nei é colocado para cabecear a primeira bola se não possui o atributo do cabeceio e nem altura para tal ? E ainda tivemos de suportar o ingresso de W. Matias por Tinga que diminuiu, bastante, o padrão de jogo. Torcer para time de Roth é isso, conviver com a teimosia, falta de coragem e "mesmisse" tática.
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Por fim, não posso deixar de manifestar minha imensa alegria e satisfação com a venda de Alecsandro (clique e confira notícia). Aliás, foi a notícia dada pelo porteiro do prédio Gilvan que me fez acessar a internet e me provocou a editar essa postagem. Tchê, vou dormir com a alma tranquila hoje...
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terça-feira, março 15, 2011
GARANTIAS
GARANTIAS I
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A semana inicia com novas reuniões do Conselho Deliberativo para tratar do tema obras no complexo Beira-Rio. Apenas debates, pois a votação está marcada para a próxima segunda-feira (21.março), conforme edital. Infelizmente, o andar da carruagem aponta para a vitória do “entreguismo”. Entregaremos a exploração de nosso patrimônio a uma grande empreiteira, obedecendo pressões do Comitê Copa do Mundo (leia-se Casa Bandida do Futebol – CBF –, Ministério dos Esportes e FIFA). Num jogo de interesses que gira em torno de R$ 1 bilhão, ficaremos a ver navios e a aguardar 20 anos para tomar posse de um patrimônio que, em duas décadas, estará, fatalmente, dilapidado pela exploração comercial.
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GARANTIAS II
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Em contrapartida, para demonstrar toda nossa hospitalidade, ingressaremos nessa legítima “bocada” com os mais de R$ 50 milhões já auferidos com a venda do terreno da Silveiro e dos 26 camarotes negociados cada um por R$ 1 milhão. E é exatamente esse o maior absurdo de toda stiuação. Além de abrirmos mão dos benefícios, ainda concorreríamos com os riscos do negócio, pagando parte da obra. Um absurdo total! E não é só. Surge hoje, na reunião do Conselho, um dado que até agora não se conhecia. A proposta da A. Gutierrez ainda contempla a participação do “parceiro” em 12% das arrecadações futuras de bilheteria do INTERNACIONAL. Sim, isso mesmo, 12% de nossas bilheterias seriam da empreiteira.
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GARANTIAS III
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Colocaríamos nosso prestígio, força de marketing e pujança de mais de 7 milhões de apaixonados torcedores, tudo em benefício total da tal empreiteira-amiga-da-casa-bandida-e-da-FI-FA. Sem contar, é claro, que a empreiteira será favorecida com isenções de impostos municipais, estaduais e federais, além de linhas de crédito do BNDES. Com todo respeito, essa questão ultrapassa, e muito, as fronteiras do futebol ou da álea privada do INTERNACIONAL. Trata-se de questão do mais alto interesse público, face aos dinheiros e favores fiscais envolvidos.
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GARANTIAS IV
.
Aliás, algumas questões clamam atenção. Por que o INTERNACIONAL é o único pressionado por esse Comitê espúrio, quando se sabe que Salvador, São Paulo, Natal e outras cidades sequer iniciaram obras de construção de seus estádios ? Por que se exige que o INTERNACIONAL entregue seu patrimônio a um “parceiro”, quando no Paraná foi o Governo do Estado que, mediante lei, assegurou que Curitiba cumprirá com os encargos da FIFA ? Já que falei em São Paulo, por que o tricolor paulista pulou fora do jogo na primeira pressão de sofreu desse Comitê espúrio ?
GARANTIAS V
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Apenas com a arrecadação das vendas das “Cadeiras VIPs” já teremos condições de arcar com as obras. Serão 2.000 cadeiras construídas exatamente na mesma linha das “Cadeiras Perpétuas”, porém localizadas no lado oposto do Estádio (acesso pela Padre Cacique). Seu preço: R$ 50.000,oo. Prazo de uso: 20 anos. Receita total auferida pelo INTERNACIONAL: R$ 100 milhões. Ou seja, exatamente o que falta para fechar os R$ 150 milhões do projeto GIGANTE PARA SEMPRE. Alguém duvida que essas 2.000 cadeiras serão vendidas em poucas semanas ? Olha aqui ô, não precisa nem muita campanha de marketing.
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GARANTIAS VI
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E ainda teríamos, portanto, mais alguns camarotes e suítes para negociar. Sem contar, é claro, na viabilidade de construirmos o hotel, o shopping e o prédio de estacionamento, com tranqüilidade, sem pressa, porque não se tratam de exigências do caderno de encargos da FIFA. Vamos parar de forçar a barra. O INTERNACIONAL poderá se beneficiar dos favores fiscais, das linhas de financiamento e, acima de tudo, dos mais de R$ 1 bilhão que circularão em torno da realização da Copa do Mundo de 2014. Por que abrir mão de tudo isso e ceder tais benesses a uma empreiteira ?
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A semana inicia com novas reuniões do Conselho Deliberativo para tratar do tema obras no complexo Beira-Rio. Apenas debates, pois a votação está marcada para a próxima segunda-feira (21.março), conforme edital. Infelizmente, o andar da carruagem aponta para a vitória do “entreguismo”. Entregaremos a exploração de nosso patrimônio a uma grande empreiteira, obedecendo pressões do Comitê Copa do Mundo (leia-se Casa Bandida do Futebol – CBF –, Ministério dos Esportes e FIFA). Num jogo de interesses que gira em torno de R$ 1 bilhão, ficaremos a ver navios e a aguardar 20 anos para tomar posse de um patrimônio que, em duas décadas, estará, fatalmente, dilapidado pela exploração comercial.
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GARANTIAS II
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Em contrapartida, para demonstrar toda nossa hospitalidade, ingressaremos nessa legítima “bocada” com os mais de R$ 50 milhões já auferidos com a venda do terreno da Silveiro e dos 26 camarotes negociados cada um por R$ 1 milhão. E é exatamente esse o maior absurdo de toda stiuação. Além de abrirmos mão dos benefícios, ainda concorreríamos com os riscos do negócio, pagando parte da obra. Um absurdo total! E não é só. Surge hoje, na reunião do Conselho, um dado que até agora não se conhecia. A proposta da A. Gutierrez ainda contempla a participação do “parceiro” em 12% das arrecadações futuras de bilheteria do INTERNACIONAL. Sim, isso mesmo, 12% de nossas bilheterias seriam da empreiteira.
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GARANTIAS III
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Colocaríamos nosso prestígio, força de marketing e pujança de mais de 7 milhões de apaixonados torcedores, tudo em benefício total da tal empreiteira-amiga-da-casa-bandida-e-da-FI-FA. Sem contar, é claro, que a empreiteira será favorecida com isenções de impostos municipais, estaduais e federais, além de linhas de crédito do BNDES. Com todo respeito, essa questão ultrapassa, e muito, as fronteiras do futebol ou da álea privada do INTERNACIONAL. Trata-se de questão do mais alto interesse público, face aos dinheiros e favores fiscais envolvidos.
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GARANTIAS IV
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Aliás, algumas questões clamam atenção. Por que o INTERNACIONAL é o único pressionado por esse Comitê espúrio, quando se sabe que Salvador, São Paulo, Natal e outras cidades sequer iniciaram obras de construção de seus estádios ? Por que se exige que o INTERNACIONAL entregue seu patrimônio a um “parceiro”, quando no Paraná foi o Governo do Estado que, mediante lei, assegurou que Curitiba cumprirá com os encargos da FIFA ? Já que falei em São Paulo, por que o tricolor paulista pulou fora do jogo na primeira pressão de sofreu desse Comitê espúrio ?
GARANTIAS V
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Apenas com a arrecadação das vendas das “Cadeiras VIPs” já teremos condições de arcar com as obras. Serão 2.000 cadeiras construídas exatamente na mesma linha das “Cadeiras Perpétuas”, porém localizadas no lado oposto do Estádio (acesso pela Padre Cacique). Seu preço: R$ 50.000,oo. Prazo de uso: 20 anos. Receita total auferida pelo INTERNACIONAL: R$ 100 milhões. Ou seja, exatamente o que falta para fechar os R$ 150 milhões do projeto GIGANTE PARA SEMPRE. Alguém duvida que essas 2.000 cadeiras serão vendidas em poucas semanas ? Olha aqui ô, não precisa nem muita campanha de marketing.
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GARANTIAS VI
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E ainda teríamos, portanto, mais alguns camarotes e suítes para negociar. Sem contar, é claro, na viabilidade de construirmos o hotel, o shopping e o prédio de estacionamento, com tranqüilidade, sem pressa, porque não se tratam de exigências do caderno de encargos da FIFA. Vamos parar de forçar a barra. O INTERNACIONAL poderá se beneficiar dos favores fiscais, das linhas de financiamento e, acima de tudo, dos mais de R$ 1 bilhão que circularão em torno da realização da Copa do Mundo de 2014. Por que abrir mão de tudo isso e ceder tais benesses a uma empreiteira ?
quinta-feira, março 03, 2011
Mundial 2014
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É duro admitir, mas estamos numa tremenda sinuca de bico. Se ficar o bicho come e se correr o bicho pega, é mais ou menos essa a situação. Abrir mão de ser sede da Copa do Mundo é comprar uma briga complicada com a Casa Bandida e, principalmente, a FIFA. E nem preciso elencar aqui os vários exemplos disso. Lidar com a FIFA é como lidar com a máfia, e todos sabemos o que acontece com quem se mete com essa gente e depois lhes contraria os interesses.
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Fazer a reforma do Beira-Rio com recursos e iniciativas próprias é sim muito custoso. Pode acarretar gastos não planejados e, inclusive, dificultar a administração do futebol. Pode sim. Mas ainda é o caminho correto a seguir. Não podemos deixar de vislumbrar o que representará a reforma do Gigante da Beira Rio para os futuros anos do INTERNACIONAL. Tivéssemos o pensamento "pequeno" que hoje têm esses que defendem entregar a obra a uma construtora e, certamente, hoje não seríamos proprietários do Estádio Beira Rio e nem do Complexo do Parque Gigante. E, sempre é bom lembrar, na sequência da construção do Gigante, exatamente 6 anos após sua conclusão, ou seja, ainda sob as consequências da peripécia financeira que o erguimento do estádio, alçamos vôos nunca antes imaginados, com a conquista do tricampeonato nacional.
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E não venham me dizer que a época era outra, porque construir um estádio sempre foi algo muito caro. De outra parte, é preciso ter em mente que não vamos entregar o encargo para a construtora, mas sim um grande benefício. Então por que não administrar esse benefício em prol do clube ? Vamos parar de pensar nas dificuldades dessa reforma e focar nos seus benefícios para o clube. Deve-se ainda lembrar que o clube já amealhou algo em torno de R$ 50 milhões com a venda de 21 camarotes/suítes e do terreno da avenida Silverio. E tal montante, também é bom lembrar, possui vinculação à obra em foco, não podendo ser utilizado para outras finalidades.
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Conversei hoje com um Conselheiro e lhe indaguei a respeito da destinação de tais verbas em caso de fecharmos com uma construtora. A resposta foi de que esse dinheiro será utilizado para ofertar uma "contrapartida" à empreiteira. Ou seja, além de entregarmos, de mão beijada, todas as benesses que essa obra renderá, durante sabe-se lá quantos anos, ainda entregaremos um "dinheirinho" para ajudar na construção.
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E tem outro detalhe: por que a obra do Sr. Aod e da construtora tem custo de R$ 300 milhões enquanto a obra do INTERNACIONAL é orçada em R$ 150 milhões. É muita cara de pau, para dizer o mínimo.
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Ora, por favor, não me façam de bobo. Essa construtora reformará o Gigante da Beira-Rio com nosso próprio dinheiro e ainda ficará décadas explorando nosso patrimônio. E nós ainda teremos de aplaudir ?
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NÃO À CONTRUTORA! BEIRA RIO DO E PARA OS COLORADOS, ETERNAMENTE...
quarta-feira, março 02, 2011
ACESSIBILIDADE
Falta de acessibilidade é discriminação. E discriminação é crime!". Manifestação hístória da Deputada Federal paulista Mara Gabrili no Plenário Ulysses Guimarães do Congresso Nacional.
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