Um presentão para os amantes da Sétima Arte!
Mostra Jonas Mekas na Sala P. F. Gastal
De 19 a 24 de março de 2013
Instáveis, pulsantes, fugidias, as imagens de Jonas Mekas preservam a mesma transitoriedade encontrada na memória, sobrepondo-se umas às outras tal qual um palimpsesto sendo permanentemente reescrito, produzindo novos sentidos sempre que novamente acessadas. Acervo colossal das lembranças de uma longa vida, elas compõem o vasto painel político e afetivo que dimensiona a obra e a estatura de seu autor.
Amplamente debatida, a filmografia de Mekas constitui uma espécie de monolito no cenário artístico contemporâneo. Suas películas marcaram de maneira indelével a história da sétima arte, inspirando igualmente cineastas e artistas plásticos ao fazer da linguagem cinematográfica uma grande colcha de retalhos, tão caótica e aparentemente aleatória sua formidável lógica de montagem.
Autor de filmes que romperam estética e formalmente com o cinema tradicional, Mekas logrou desenvolver uma linguagem audiovisual própria, estruturada a partir de planos curtos, obtidos com a câmera Bolex que o acompanhou por mais de 70 anos, cujos rolos de filme 16mm registraram os mais íntimos momentos de sua trajetória artística. Os diários filmados ao longo de décadas são hoje tão preciosos quanto as experiências políticas e pessoais travadas pelo artista, quer fossem nos campos de refugiados ou nos jardins da casa de Jackie O.
Nascido na Lituânia em 1922, Mekas radicou-se em Nova York em 1949, após viver em campos de refugiados quando sua pátria foi ocupada pelos alemães. Um dos principais nomes do cinema de vanguarda estadunidense da segunda metade do século XX, o cineasta colaborou com diferentes nomes da arte contemporânea, de John Lennon e Yoko Ono a Salvador Dalí e Andy Warhol. Além do seu trabalho autoral – que inclui filmes de ficção, documentários, diários e, mais recentemente, obras de videoinstalação –, Mekas criou e mantém o Anthology Film Archives, um dos mais importante arquivos de cinema de vanguarda do mundo, e a revista Film Culture, considerada a principal publicação de crítica cinematográfica dos Estados Unidos.
Bernardo José de Souza
Coordenador de Cinema, Vídeo e Fotografia
Secretaria Municipal de Cultura
PROGRAMAÇÃO
Ao Caminhar Entrevi Lampejos de Beleza (As I Was Moving Ahead, Occasionally I Saw Brief Glimpses of Beauty). Estados Unidos, 1970-1999 /2000, 288minutos.
“Meus diários em filme de 1970 a 1999. O filme cobre meu casamento, o nascimento dos meus filhos. Nós os vemos crescer. Imagens da vida cotidiana, fragmentos de felicidade e de beleza. A passagem das estações em Nova York, a vida em casa, a natureza. Nada de extraordinário, nada de especial, coisas que todos nós vivemos ao longo de nossas vidas. Este filme é também meu poema de amor dedicado a Nova York, seus verões, seus invernos, suas ruas, seus parques.”
As Armas das Árvores (Guns of the Trees). Estados Unidos, 1962, 87 minutos.
Dois casais – um de negros e um de brancos – vivem em Nova York, onde paira, em 1960, o espectro da bomba atômica. Com interlúdios escritos e recitados por Allen Ginsberg, este filme é a única obra de ficção de Jonas Mekas.
Cenas da Vida de Andy Warhol: Amizades e Interseções (Scenes from the Life of Andy Warhol: Friendship and Intersections). Estados Unidos, 1965-82/1990, 35minutos.
Colagem das filmagens que Mekas fez de Warhol durante o período em que conviveram. O filme alterna sequências mostrando a dimensão pública de Warhol – vê-se sua retrospectiva no Whitney Museum, o primeiro concerto do Velvet Underground –, com outras retratando momentos cotidianos e íntimos: na praia, com amigos. Vemos Edie Sedgwick, Gerard Malanga, George Maciunas, Yoko Ono, John Lennon, Caroline e John Kennedy Jr., entre outros.
Esse Lado do Paraíso – Fragmentos de uma Biografia Inacabada (This Side of Paradise: Fragments of an Unfinished Biography). Estados Unidos, 1968-73/1999, 35 minutos.
Entre o final dos anos 1960 e o início dos anos 1970, Mekas passou os verões com Jackie Kennedy, sua irmã, Lee Radziwill, e seus filhos. O período ainda era muito próximo da morte trágica de Kennedy e o convívio com o cinema foi uma das maneiras que Jackie encontrou para ajudar os filhos no luto. Mais tarde, Mekas pensou em fazer uma biografia de John Kennedy, os fragmentos inacabados dessa biografia ele reuniu neste filme.
Lost Lost Lost. Estados Unidos, 1949-63/1976, 180 minutos.
“O período que descrevo nesses seis rolos de filme foi um período de desesperança, de tentativas de me enraizar nesta terra nova, de criar novas memórias. Nesses seis dolorosos rolos, tentei descrever os sentimentos de um exilado, meus sentimentos durante aqueles anos. (…). O sexto rolo é uma transição, ele mostra quando começamos a relaxar, quando comecei a encontrar momentos de felicidade”.
Notas para Jerome (Notes for Jerome). Estados Unidos, 1966-74/1978, 45 minutos.
Essa homenagem ao artista e cineasta Jerome Hill é a primeira de uma série de retratos e elegias que Mekas irá dedicar aos amigos falecidos. O Anthology Film Archives e a coleção Essential Cinema existiram graças ao apoio financeiro de Jerome Hill.
A Prisão (The Brig). Estados Unidos, 1964, 68 minutos.
Em 1964 Jonas Mekas assistiu à última apresentação da peça The Brig pela lendária companhia teatral The Living Theatre, antes que o grupo tivesse de desocupar o teatro no qual estava ensaiando e se apresentando. Impactado, ele convence o grupo a invadir o teatro e a reencenar o espetáculo uma última vez, na noite seguinte.
Reminiscências de uma Viagem para a Lituânia (Reminiscences of a Journey to Lithuania). Estados Unidos, 1971/1972, 82 minutos.
“Este filme se divide em três partes. A primeira é composta de filmes que fiz com minha primeira Bolex quando chegamos na América, sobretudo entre os anos 1950 e 1953. São imagens da minha e da vida de Adolfas [ irmão do diretor], daquilo com que parecíamos na época. A segunda parte foi filmada em 1971 na Lituânia. Quase tudo em Seminiskiai, meu vilarejo natal. Vemos minha antiga casa, minha mãe (nascida em 1887), todos os meus irmãos celebrando nossa volta. A terceira começa com um parêntese em Elmshorn, onde passamos um ano num campo de trabalhos forçados durante a guerra. Após fechar o parêntese, nos encontramos em Viena com alguns dos meus melhores amigos.”
Restos da Vida de um Homem Feliz (Out Takes from the Life of a Happy Man). Estados Unidos, 2012, 68 minutos.
“Em minha sala de montagem há uma estante cheia de latas de filmes que remontam aos anos 1950. É um material relacionado ao meu trabalho, de 1950 até hoje, mas que não encontrou seu lugar nos meus filmes. E todas elas estão se apagando, lentamente. Algumas já desapareceram. Quando da minha exposição na Serpentine [galeria londrina], decidi que era o momento de reunir todo esse material neste que será meu último filme em película.”
Walden (Diários, Notas e Esboços) (Walden [Diaries, Notes & Sketches]). Estados Unidos, 1964-68/1968-69, 180 minutos.
“Desde 1950 mantenho um diário em filme. Tenho andado por aí com minha Bolex e reagido à realidade imediata. Certos dias filmo 10 fotogramas, noutros 10 segundos, noutros ainda 10 minutos. Ou não filmo nada… Waldencontém materiais dos anos 1965-69, montados em ordem cronológica.”
Zéfiro Torna ou Cenas da Vida de George Maciunas (Zefiro Torna or Scenes from the Life of George Maciunas). Estados Unidos, 1952-78/1992, 34 minutos.
Homenagem ao amigo de longa data George Maciunas, lituano, como o diretor, e com quem partilhava o entusiasmo, a liberdade e o espírito anárquico que marcaram a arte dos anos 1960. O filme traz os mais belos registros das performances do Fluxus, grupo para o qual Maciunas foi determinante.
GRADE DE HORÁRIOS
19 de março (terça-feira)
15:00 – As Armas das Árvores
17:00 – A Prisão
19:00 – Coquetel de abertura, seguido pela exibição de Cenas da Vida de Andy Warhol: Amizades e Interseções + Notas para Jerome
20 de março (quarta-feira)
15:00 – Cenas da Vida de Andy Warhol: Amizades e Interseções + Notas para Jerome
17:00 – Zefiro Torna ou Cenas da Vida de George Maciunas + Esse Lado do Paraíso
19:00 – Reminiscências de uma Viagem à Lituânia
21 de março (quinta-feira)
15:00 – Ao Caminhar Entrevi Lampejos de Beleza (Parte 1)
17:00 – Ao Caminhar Entrevi Lampejos de Beleza (Parte 2)
19:00 – Ao Caminhar Entrevi Lampejos de Beleza (Parte 3)
22 de março (sexta-feira)
15:00 – Reminiscências de uma Viagem à Lituânia
17:00 – Restos da Vida de um Homem Feliz
19:00 – Lost Lost Lost
23 de março (sábado)
15:00 – Zefiro Torna ou Cenas da Vida de George Maciunas + Esse Lado do Paraíso
17:00 – A Prisão
19:00 – Walden
24 de março (domingo)
15:00 – Restos da Vida de um Homem Feliz
17:00 – As Armas das Árvores
19:00 – Reminiscências de uma Viagem à Lituânia
De 19 a 24 de março de 2013
Instáveis, pulsantes, fugidias, as imagens de Jonas Mekas preservam a mesma transitoriedade encontrada na memória, sobrepondo-se umas às outras tal qual um palimpsesto sendo permanentemente reescrito, produzindo novos sentidos sempre que novamente acessadas. Acervo colossal das lembranças de uma longa vida, elas compõem o vasto painel político e afetivo que dimensiona a obra e a estatura de seu autor.
Amplamente debatida, a filmografia de Mekas constitui uma espécie de monolito no cenário artístico contemporâneo. Suas películas marcaram de maneira indelével a história da sétima arte, inspirando igualmente cineastas e artistas plásticos ao fazer da linguagem cinematográfica uma grande colcha de retalhos, tão caótica e aparentemente aleatória sua formidável lógica de montagem.
Autor de filmes que romperam estética e formalmente com o cinema tradicional, Mekas logrou desenvolver uma linguagem audiovisual própria, estruturada a partir de planos curtos, obtidos com a câmera Bolex que o acompanhou por mais de 70 anos, cujos rolos de filme 16mm registraram os mais íntimos momentos de sua trajetória artística. Os diários filmados ao longo de décadas são hoje tão preciosos quanto as experiências políticas e pessoais travadas pelo artista, quer fossem nos campos de refugiados ou nos jardins da casa de Jackie O.
Nascido na Lituânia em 1922, Mekas radicou-se em Nova York em 1949, após viver em campos de refugiados quando sua pátria foi ocupada pelos alemães. Um dos principais nomes do cinema de vanguarda estadunidense da segunda metade do século XX, o cineasta colaborou com diferentes nomes da arte contemporânea, de John Lennon e Yoko Ono a Salvador Dalí e Andy Warhol. Além do seu trabalho autoral – que inclui filmes de ficção, documentários, diários e, mais recentemente, obras de videoinstalação –, Mekas criou e mantém o Anthology Film Archives, um dos mais importante arquivos de cinema de vanguarda do mundo, e a revista Film Culture, considerada a principal publicação de crítica cinematográfica dos Estados Unidos.
Bernardo José de Souza
Coordenador de Cinema, Vídeo e Fotografia
Secretaria Municipal de Cultura
PROGRAMAÇÃO
Ao Caminhar Entrevi Lampejos de Beleza (As I Was Moving Ahead, Occasionally I Saw Brief Glimpses of Beauty). Estados Unidos, 1970-1999 /2000, 288minutos.
“Meus diários em filme de 1970 a 1999. O filme cobre meu casamento, o nascimento dos meus filhos. Nós os vemos crescer. Imagens da vida cotidiana, fragmentos de felicidade e de beleza. A passagem das estações em Nova York, a vida em casa, a natureza. Nada de extraordinário, nada de especial, coisas que todos nós vivemos ao longo de nossas vidas. Este filme é também meu poema de amor dedicado a Nova York, seus verões, seus invernos, suas ruas, seus parques.”
As Armas das Árvores (Guns of the Trees). Estados Unidos, 1962, 87 minutos.
Dois casais – um de negros e um de brancos – vivem em Nova York, onde paira, em 1960, o espectro da bomba atômica. Com interlúdios escritos e recitados por Allen Ginsberg, este filme é a única obra de ficção de Jonas Mekas.
Cenas da Vida de Andy Warhol: Amizades e Interseções (Scenes from the Life of Andy Warhol: Friendship and Intersections). Estados Unidos, 1965-82/1990, 35minutos.
Colagem das filmagens que Mekas fez de Warhol durante o período em que conviveram. O filme alterna sequências mostrando a dimensão pública de Warhol – vê-se sua retrospectiva no Whitney Museum, o primeiro concerto do Velvet Underground –, com outras retratando momentos cotidianos e íntimos: na praia, com amigos. Vemos Edie Sedgwick, Gerard Malanga, George Maciunas, Yoko Ono, John Lennon, Caroline e John Kennedy Jr., entre outros.
Esse Lado do Paraíso – Fragmentos de uma Biografia Inacabada (This Side of Paradise: Fragments of an Unfinished Biography). Estados Unidos, 1968-73/1999, 35 minutos.
Entre o final dos anos 1960 e o início dos anos 1970, Mekas passou os verões com Jackie Kennedy, sua irmã, Lee Radziwill, e seus filhos. O período ainda era muito próximo da morte trágica de Kennedy e o convívio com o cinema foi uma das maneiras que Jackie encontrou para ajudar os filhos no luto. Mais tarde, Mekas pensou em fazer uma biografia de John Kennedy, os fragmentos inacabados dessa biografia ele reuniu neste filme.
Lost Lost Lost. Estados Unidos, 1949-63/1976, 180 minutos.
“O período que descrevo nesses seis rolos de filme foi um período de desesperança, de tentativas de me enraizar nesta terra nova, de criar novas memórias. Nesses seis dolorosos rolos, tentei descrever os sentimentos de um exilado, meus sentimentos durante aqueles anos. (…). O sexto rolo é uma transição, ele mostra quando começamos a relaxar, quando comecei a encontrar momentos de felicidade”.
Notas para Jerome (Notes for Jerome). Estados Unidos, 1966-74/1978, 45 minutos.
Essa homenagem ao artista e cineasta Jerome Hill é a primeira de uma série de retratos e elegias que Mekas irá dedicar aos amigos falecidos. O Anthology Film Archives e a coleção Essential Cinema existiram graças ao apoio financeiro de Jerome Hill.
A Prisão (The Brig). Estados Unidos, 1964, 68 minutos.
Em 1964 Jonas Mekas assistiu à última apresentação da peça The Brig pela lendária companhia teatral The Living Theatre, antes que o grupo tivesse de desocupar o teatro no qual estava ensaiando e se apresentando. Impactado, ele convence o grupo a invadir o teatro e a reencenar o espetáculo uma última vez, na noite seguinte.
Reminiscências de uma Viagem para a Lituânia (Reminiscences of a Journey to Lithuania). Estados Unidos, 1971/1972, 82 minutos.
“Este filme se divide em três partes. A primeira é composta de filmes que fiz com minha primeira Bolex quando chegamos na América, sobretudo entre os anos 1950 e 1953. São imagens da minha e da vida de Adolfas [ irmão do diretor], daquilo com que parecíamos na época. A segunda parte foi filmada em 1971 na Lituânia. Quase tudo em Seminiskiai, meu vilarejo natal. Vemos minha antiga casa, minha mãe (nascida em 1887), todos os meus irmãos celebrando nossa volta. A terceira começa com um parêntese em Elmshorn, onde passamos um ano num campo de trabalhos forçados durante a guerra. Após fechar o parêntese, nos encontramos em Viena com alguns dos meus melhores amigos.”
Restos da Vida de um Homem Feliz (Out Takes from the Life of a Happy Man). Estados Unidos, 2012, 68 minutos.
“Em minha sala de montagem há uma estante cheia de latas de filmes que remontam aos anos 1950. É um material relacionado ao meu trabalho, de 1950 até hoje, mas que não encontrou seu lugar nos meus filmes. E todas elas estão se apagando, lentamente. Algumas já desapareceram. Quando da minha exposição na Serpentine [galeria londrina], decidi que era o momento de reunir todo esse material neste que será meu último filme em película.”
Walden (Diários, Notas e Esboços) (Walden [Diaries, Notes & Sketches]). Estados Unidos, 1964-68/1968-69, 180 minutos.
“Desde 1950 mantenho um diário em filme. Tenho andado por aí com minha Bolex e reagido à realidade imediata. Certos dias filmo 10 fotogramas, noutros 10 segundos, noutros ainda 10 minutos. Ou não filmo nada… Waldencontém materiais dos anos 1965-69, montados em ordem cronológica.”
Zéfiro Torna ou Cenas da Vida de George Maciunas (Zefiro Torna or Scenes from the Life of George Maciunas). Estados Unidos, 1952-78/1992, 34 minutos.
Homenagem ao amigo de longa data George Maciunas, lituano, como o diretor, e com quem partilhava o entusiasmo, a liberdade e o espírito anárquico que marcaram a arte dos anos 1960. O filme traz os mais belos registros das performances do Fluxus, grupo para o qual Maciunas foi determinante.
GRADE DE HORÁRIOS
19 de março (terça-feira)
15:00 – As Armas das Árvores
17:00 – A Prisão
19:00 – Coquetel de abertura, seguido pela exibição de Cenas da Vida de Andy Warhol: Amizades e Interseções + Notas para Jerome
20 de março (quarta-feira)
15:00 – Cenas da Vida de Andy Warhol: Amizades e Interseções + Notas para Jerome
17:00 – Zefiro Torna ou Cenas da Vida de George Maciunas + Esse Lado do Paraíso
19:00 – Reminiscências de uma Viagem à Lituânia
21 de março (quinta-feira)
15:00 – Ao Caminhar Entrevi Lampejos de Beleza (Parte 1)
17:00 – Ao Caminhar Entrevi Lampejos de Beleza (Parte 2)
19:00 – Ao Caminhar Entrevi Lampejos de Beleza (Parte 3)
22 de março (sexta-feira)
15:00 – Reminiscências de uma Viagem à Lituânia
17:00 – Restos da Vida de um Homem Feliz
19:00 – Lost Lost Lost
23 de março (sábado)
15:00 – Zefiro Torna ou Cenas da Vida de George Maciunas + Esse Lado do Paraíso
17:00 – A Prisão
19:00 – Walden
24 de março (domingo)
15:00 – Restos da Vida de um Homem Feliz
17:00 – As Armas das Árvores
19:00 – Reminiscências de uma Viagem à Lituânia