Dias ruins. O que importava já não importa mais, não soma ou subtrai; tudo acontece à volta, mas já não tem o mesmo significado. Decepções que se transformam em confirmações, já não decepcionam como teriam de decepcionar. A vida me tirando um pedaço, um projeto ruindo, as dificuldades vencendo o sonho.
terça-feira, setembro 18, 2007
quarta-feira, setembro 12, 2007
Democracia ?
Triste. Foi assim que fiquei ao ver o resultado da votação secreta no Plenário da Câmara que absolveu Renan Calheiros. Não tanto pelo resultado em si, mas pelos fatos lamentáveis que o envolveram e revelam a fragilidade de nossa democracia. Se é que se pode chamar de democracia um sistema em que ainda se admitem julgamentos secretos e a portas fechadas (mais amoldados aos tempos de Ditadura Militar). A democracia brasileira vai dormir muito enfraquecida hoje.
terça-feira, setembro 11, 2007
ALLENDE
Assisti ao final do programa RODA VIDA de ontem, cuja entrevistada era Isabel Allende. A filha de Salvador é hoje deputada federal no Chile (não confundir com a escritora peruana Isabel Allende, que é sobrinha de Salvador); dona de uma cultura ímpar, Isabel veio ao Brasil como coordenadora da exposição com obras do acervo do MUSEU DA SOLIDARIEDADE SALVADOR ALLENDE. Com mais de 130 obras de autores mundiais como Pablo Picasso, Juan Toledo, Rafael Solbes, Frank Stella, Miró e Alexander Calder.
O Museu da Solidariedade nasceu dos esforços do ex-presidente Salvador Allende (1908-1973) que, à época no poder, organizou uma ação internacional para que artistas plásticos sintonizados com a revolução chilena se sensibilizassem com a causa e doassem obras para o museu em formação. Artistas e pessoas ligadas à área movimentaram-se com a intenção de ajudar Allende a montar um museu de arte para seu povo.
A manobra internacional funcionou e foi inaugurado o Museu da Solidariedade Salvador Allende, hoje instalado em um antigo palácio da capital Santiago, depois de funcionar num edifício em estilo colonial espanhol, danificado pelo terremoto de 1985 e, por este motivo, não-recomendável ao abrigo de tão precioso acervo. Convém dizer que, depois da tomada do poder pelo general Augusto Pinochet, em 1973, o museu ficou adormecido até o fim da ditadura, tendo as obras sido guardadas em subterrâneos.
A iniciativa de Allende de formar um museu aconteceu em 1972. Para que a idéia ganhasse força criou-se o Comitê Internacional de Solidariedade Artística ao Chile, integrado por artistas, críticos de arte e diretores de museus de diversas capitais da Europa e das Américas.
O brasileiro Mario Pedrosa, respeitado crítico de arte, curador das bienais de São Paulo de 1953 e 1961, foi eleito para presidir o comitê. Pedrosa era um exilado no Chile pela ditadura brasileira, conhecia a realidade local, entendia do assunto e mantinha preciosos contatos no mundo artístico. O comitê incentivava os artistas dos diversos países a doarem obras de arte ao Museu da Solidariedade.
Um outro personagem importante nesta arregimentação foi o poeta Pablo Neruda, então embaixador do Chile na França. Naquele tempo, muitos artistas internacionais exilados em Paris postaram seus trabalhos via embaixada chilena. Chegaram obras de 11 países, inclusive do Brasil, cujos artistas igualmente fizeram suas doações por meio da embaixada chilena em Paris.
Consultar também Arte em Blog
O Museu da Solidariedade nasceu dos esforços do ex-presidente Salvador Allende (1908-1973) que, à época no poder, organizou uma ação internacional para que artistas plásticos sintonizados com a revolução chilena se sensibilizassem com a causa e doassem obras para o museu em formação. Artistas e pessoas ligadas à área movimentaram-se com a intenção de ajudar Allende a montar um museu de arte para seu povo.
A manobra internacional funcionou e foi inaugurado o Museu da Solidariedade Salvador Allende, hoje instalado em um antigo palácio da capital Santiago, depois de funcionar num edifício em estilo colonial espanhol, danificado pelo terremoto de 1985 e, por este motivo, não-recomendável ao abrigo de tão precioso acervo. Convém dizer que, depois da tomada do poder pelo general Augusto Pinochet, em 1973, o museu ficou adormecido até o fim da ditadura, tendo as obras sido guardadas em subterrâneos.
A iniciativa de Allende de formar um museu aconteceu em 1972. Para que a idéia ganhasse força criou-se o Comitê Internacional de Solidariedade Artística ao Chile, integrado por artistas, críticos de arte e diretores de museus de diversas capitais da Europa e das Américas.
O brasileiro Mario Pedrosa, respeitado crítico de arte, curador das bienais de São Paulo de 1953 e 1961, foi eleito para presidir o comitê. Pedrosa era um exilado no Chile pela ditadura brasileira, conhecia a realidade local, entendia do assunto e mantinha preciosos contatos no mundo artístico. O comitê incentivava os artistas dos diversos países a doarem obras de arte ao Museu da Solidariedade.
Um outro personagem importante nesta arregimentação foi o poeta Pablo Neruda, então embaixador do Chile na França. Naquele tempo, muitos artistas internacionais exilados em Paris postaram seus trabalhos via embaixada chilena. Chegaram obras de 11 países, inclusive do Brasil, cujos artistas igualmente fizeram suas doações por meio da embaixada chilena em Paris.
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REFLEXÃO...
6 anos dos atentados das Torres Gêmeas que provocou uma das maiores comoções globais. G.W.Bush, em discursos, prometeu caça aos terroristas. Já invadiu o Afeganistão, o Iraque, patrocina Israel no derramamento de sangue contra pelestinos, ameaça a Coreia do Norte, estende seus tentáculos por todos os lados. E Osama Bin Laden, próximo à data do atentado, apareceu em vídeo. O que soa engraçado é o Império do Tio Sam ser tão poderoso, ter superioridade bélica tão gritante e não conseguir caçar um terrorista. Afinal de contas, os americanos querem mesmo prender Osama ?
segunda-feira, setembro 10, 2007
DEPENDÊNCIA...
São tempos de crise do "subprime". E a dependência das economias mundiais em relação à norte-americana fica ainda mais evidenciada. Uma crise no crédito do mercado imobiliário americano é capaz de levar o mundo a suspeitar de uma recessão generalizada, mesmo estando diante de um cenário de prosperidade jamais visto. A economia americana não vai lá tão bem, mas, mesmo assim, projeta crescimento de aproximadamente 3% a.a.
Todos os indicadores mundiais sinalizam crescimento e expansão. Mas, bastou um indicador americano apontar redução de 4 mil postos de trabalho para que os índices das principais bolsas mundias despencassem na última sexta-feira (nem nós escapamos com o feriado de 7 de setembro, porque nossa bolsa se ajustou hoje, com queda de mais de 3%).
Fico acompanhando as notícias. Agora a expectativa é pela próxima reunião do FED (o Banco Central dos EEUU), no dia 18. Analistas apostam em queda de 0,25 na taxa americana. E fico a refletir o quão complexo é este mercado financeiro, em que qualquer fagulha gera um grande incêndio. Até que ponto as notícias e as quedas de índices guardam relação com desejos explícitos de quedas de taxas de juros ? A questão, sempre, está em saber quem realmente influencia os mercados. No caso do Brasil, mesmo que Guido Mantega insista que não, a dependência em relação à economia americana é latente.
Todos os indicadores mundiais sinalizam crescimento e expansão. Mas, bastou um indicador americano apontar redução de 4 mil postos de trabalho para que os índices das principais bolsas mundias despencassem na última sexta-feira (nem nós escapamos com o feriado de 7 de setembro, porque nossa bolsa se ajustou hoje, com queda de mais de 3%).
Fico acompanhando as notícias. Agora a expectativa é pela próxima reunião do FED (o Banco Central dos EEUU), no dia 18. Analistas apostam em queda de 0,25 na taxa americana. E fico a refletir o quão complexo é este mercado financeiro, em que qualquer fagulha gera um grande incêndio. Até que ponto as notícias e as quedas de índices guardam relação com desejos explícitos de quedas de taxas de juros ? A questão, sempre, está em saber quem realmente influencia os mercados. No caso do Brasil, mesmo que Guido Mantega insista que não, a dependência em relação à economia americana é latente.
terça-feira, setembro 04, 2007
PAÍS DO FUTEBOL
Não há dúvidas. Também sou um dos tantos aficcionados que não perdem uma perdida do seu clube, ou mesmo jogos de primeira, segunda, terceira, quarta divisões, campeonatos da Inglaterra, Itália, Espanha, Suécia, Noruega ou o jogo que estiver passando na televisão; mesa redonda na segunda-feira, enfim, o universo do futebol faz parte da vida do brasileiro médio.
Mas no sábado senti inveja dos americanos (coisa rara!). Era dia de Brasil x Argentina, basquete, decisão de uma vaga para a Olimpíada de Pequim 2008. Um super jogo de basquete, o duelo do século, pode-se dizer, para o nosso basquete. O jogo da vida, diziam narradores e comentaristas durante todo o pré-olímpico. Afinal de contas, desde Atlanta 96 -ainda sob a batuta do Mão Santa Oscar Schmidt- não sabemos o que é pisar numa quadra olímpica.
Pois bem, lá me fui a um bar com televisão a cabo que costumo frequentar para ver os jogos do Inter. Ali eu sabia que poderia ver o super jogo de basquete. Passei na frente e vi que o público lá dentro era reduzidíssimo (uns dois pinguços proseando com o dono no balcão). Feito! (pensei). Desci logo do carro e já entrei no bar pedindo uma cerveja gelada e a troca de canal: passava um filme sem graça no canal TNT.
A cerveja veio, geladíssima, mas o canal não mudou. O dono do bar disse que os pinguços estavam assistindo ao filme. Broxura instantânea. Não acreditei no que ouvi. Tomei o "copo de ceva" em duas ou três goladas, de pura decepção. Comecei a observar e os pinguços não estavam nem aí para o filme. E os minutos passando, pelos meus cálculos já estávamos no meio do segundo quarto do grande duelo. O dono do bar sentiu minha insatisfação e resolveu trocar de canal. Em sinal de agradecimento, chamei uma torrada com ovo para engordar a conta.
Ah, que satisfação, agora, lá estava o grande duelo no intervalo. Brasil ganhando por 47x39, tudo perfeito. Agora vai! Vamos para Pequim! Começa o terceiro quarto - o período no qual se tiram as crianças da sala e os grandes times mostram o quão fortes são. Pena que os fortes, ali, eram os argentinos. Um show de basquete para cima de um selecionado brasileiro apático, medroso, destreinado e sem opções rápidas de mudança de jogo (o treinador Lula Pereira deixa muito a desejar). Final de terceiro quarto e a Argentina já molhava o carimbo na almofada para registrar o visto para a China no passaporte.
18 horas e 30 minutos, aproximadamente. Intervalo para o último quarto. Um rápido corte de cena, olho para o lado, e já retorno minha atenção para São Paulo x Paraná. É verdade, eu era a única pessoa preocupada com Brasil x Argentina. Basquete por aqui é esporte de quinta categoria. Bastou entrar o futebol na tela e fanáticos adentraram ao bar e ocuparam as mesas antes vazias. Fiquei assistindo o São Paulo enfiar gols no Paraná e confirmar seu favoritismo na ponta da tabela do Campeonato Nacional, enquanto a esperança da Comunidade Basqueteira ruia em Las Vegas.
Argentina e o Dream Team Norte Americano classificados para Pequim. Brasil (que ainda perderia para Porto Rico, na disputa do 3o lugar), mais uma vez, submetendo-se à dificílima vaga do Pré-Olímpico Mundial. É por essas e outras que o Brasil é o País do Futebol (e ultimamente do volei). Ninguém gosta de perder!
Mas no sábado senti inveja dos americanos (coisa rara!). Era dia de Brasil x Argentina, basquete, decisão de uma vaga para a Olimpíada de Pequim 2008. Um super jogo de basquete, o duelo do século, pode-se dizer, para o nosso basquete. O jogo da vida, diziam narradores e comentaristas durante todo o pré-olímpico. Afinal de contas, desde Atlanta 96 -ainda sob a batuta do Mão Santa Oscar Schmidt- não sabemos o que é pisar numa quadra olímpica.
Pois bem, lá me fui a um bar com televisão a cabo que costumo frequentar para ver os jogos do Inter. Ali eu sabia que poderia ver o super jogo de basquete. Passei na frente e vi que o público lá dentro era reduzidíssimo (uns dois pinguços proseando com o dono no balcão). Feito! (pensei). Desci logo do carro e já entrei no bar pedindo uma cerveja gelada e a troca de canal: passava um filme sem graça no canal TNT.
A cerveja veio, geladíssima, mas o canal não mudou. O dono do bar disse que os pinguços estavam assistindo ao filme. Broxura instantânea. Não acreditei no que ouvi. Tomei o "copo de ceva" em duas ou três goladas, de pura decepção. Comecei a observar e os pinguços não estavam nem aí para o filme. E os minutos passando, pelos meus cálculos já estávamos no meio do segundo quarto do grande duelo. O dono do bar sentiu minha insatisfação e resolveu trocar de canal. Em sinal de agradecimento, chamei uma torrada com ovo para engordar a conta.
Ah, que satisfação, agora, lá estava o grande duelo no intervalo. Brasil ganhando por 47x39, tudo perfeito. Agora vai! Vamos para Pequim! Começa o terceiro quarto - o período no qual se tiram as crianças da sala e os grandes times mostram o quão fortes são. Pena que os fortes, ali, eram os argentinos. Um show de basquete para cima de um selecionado brasileiro apático, medroso, destreinado e sem opções rápidas de mudança de jogo (o treinador Lula Pereira deixa muito a desejar). Final de terceiro quarto e a Argentina já molhava o carimbo na almofada para registrar o visto para a China no passaporte.
18 horas e 30 minutos, aproximadamente. Intervalo para o último quarto. Um rápido corte de cena, olho para o lado, e já retorno minha atenção para São Paulo x Paraná. É verdade, eu era a única pessoa preocupada com Brasil x Argentina. Basquete por aqui é esporte de quinta categoria. Bastou entrar o futebol na tela e fanáticos adentraram ao bar e ocuparam as mesas antes vazias. Fiquei assistindo o São Paulo enfiar gols no Paraná e confirmar seu favoritismo na ponta da tabela do Campeonato Nacional, enquanto a esperança da Comunidade Basqueteira ruia em Las Vegas.
Argentina e o Dream Team Norte Americano classificados para Pequim. Brasil (que ainda perderia para Porto Rico, na disputa do 3o lugar), mais uma vez, submetendo-se à dificílima vaga do Pré-Olímpico Mundial. É por essas e outras que o Brasil é o País do Futebol (e ultimamente do volei). Ninguém gosta de perder!
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