Brasil e Argentina sempre é complicado, até em torneio de bolita de gude. Hoje vencemos "los hermanos", em Porto Rico, em partida válida pela 3a rodada da Copa América. Tudo bem, os argentinos estão em crise e desfalcados de suas principais figuras (Nocione, Oberto, Ginobili entre outros), mas é sempre duro vencê-los. Mesmo desfalcados, estão em Porto Rico o fantástico ala pivô Luis Scola, o armador Priggioni, o especialista em tiros de três Leo Gutierres, Kamerichs e o pivô Gonzales, todos remanescentes da geração de ouro da Olimpiada de Atenas 2004.
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Vencemos por 76x67 e sempre estivemos na frente do marcador. Um dos pontos mais relevantes da vitória foi o controle emocional da partida. Pelo menos em três oportunidades os nervos do time brasileiro foram testados e o conjunto se manteve tranquilo (ao contrário de outras oportunidades em que tal fator foi decisivo para derrotas). Afora isso, não ganhávamos os argentinos desde o Sul Americano de 2006, quando fizemos 74x72 com uma bandeja de Nezinho no estouro da buzina.
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Marcelinho Huertas teve uma grande atuação. Anderson Varejão é um jogador muito diferente do passado; a experiência e vivência nas quadras da NBA lhe deram uma bagagem impressionante. Leandrinho idem. Tiago Spliter não esteve bem hoje, mas foi um bom coadjuvante, assim como Alex. O grande problema é que se o quinteto inicial demonstrou consistência, parece que não temos banco de reservas para suportar vôos mais altos. Na partida de hoje apenas Marcelinho e Guilherme Giovanoni ingressaram e não estiveram bem, especialmente Marcelinho (quando entrou por Huertas levamos um parcial de 9-0 e permitimos aos inimigos encostar 2 pontos no placar). Falta mais um pivô de força de qualidade (tomara que Nene esteja afim de jogar o mundial) e um armador para revezar com Huertas.
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Do ponto de vista tático, a evolução com o espanhol Moncho Monsalve é evidente. O jogo defensivo forte, típico da escola européia, foi coloca em prática hoje e nos primeiros jogos da competição. Abandonamos o tradicional sistema de chutes de longa distância pela defesa forte e contra ataques rápidos.
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Mas não podemos nos enganar, ainda é preciso muito trabalho para que o Brasil se credencie a um pódio olímpico ou mundial.
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