FINAIS - PALPITES

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Não tive tempo de comentar Holanda x Uruguay, mas aconteceu justamente o que eu previa. Torci muito para o Uruguay, mas era muito difícil a celeste bater a laranja. O futebol sairia derrotado se um dos finalistas da Copa do Mundo chegasse a tal condição adotando um esquema de jogo retrógrado, baseado na malfadada linha de 3 zagueiros, com dois volantes e dois atacantes isolados em total solidão na frente. Oscar Tabarez é mais um desses tantos treinadores que amarra a qualidade técnica dentro de um esquema chato e burocrático. Aliás, o time sudamericano só chegou tão longe graças à tradicional garra charrua e ao talento de Diego Forlan (que surpreendentemente foi substituído pelo treinador faltando 10 minutos para o final do jogo). Os Uruguayos lutaram até o final e, como de costume, morreram peleando.

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A Holanda sim pratica um futebol virtuoso. Com quatro homens formando uma linha de frente que troca passes em velocidade estonteante quando o time recupera a bola, o time ainda conta com o apoio sempre efetivo do lateral esquerdo e capitão, o veterano Van Brockhorst. No sistema defensivo uma dupla de volantes implacáveis faz com que os zagueiros não sejam percebidos dentro de campo. Sem a bola todo o time volta para marcar, inclusive o quarteto ofensivo. São 10 jogadores atrás da linha da bola, sempre.

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Na outra final, prevejo uma vitória tranquila da Alemanha. A Espanha, tenho dito, não passa de um time médio, com jogadores nada mais do que medianos também. Não há um craque, embora todos, parece, pensem que são. O time alemão já mostrou força e bateu dois gigantes, está embalado e dificilmente será batido pelos espanhóis, que venceram a fraquíssima seleção de Portugal e o valente time do Paraguai aos trancos e barrancos.

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De toda forma, teremos uma final européia. E pela primeira vez na história das Copas, um europeu sagrar-se-á campeão fora de seu continente.