Um cliente especial: “seu” Roberto Paulo de Almeida, 101 anos. Ele estava na Banca do Holandês, acompanhado da nora. Recorda do antigo Mercado Público.
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“No Mercado Público o que mais marcou o senhor ?
Do Mercdo antigo eu lembro das galinhas que a gente comprava.
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E o bonde ?
Não tinha outra coisa. Hoje é tudo diferente, o senhor é moço. Quando eu tinha dez anos, isso aqui era tudo muito diferente. A tecnologia avançou tanto que eu vou lhe dizer, não sei onde vamos parar.
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E o senhor chegou a conhecer o Mercado Livre ?
Eu nunca ia lá. Tudo aqui era velho. Se lembra do Teatro Coliseu ? Eu sou daquele tempo, frequentava muito quando era moço. Eu morava na rua do Palácio, hoje a Duque de Caxias. A luz era de querosene e lampião, nem na rua tinha luz. Muitos anos depois que veio a luz, éramos muito atrasados em tudo.
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O que o senhor gosta de Porto Alegre?
Eu gostava muito de caminhar no bairro Moinhos de Vento, gosto dos edifícios e das ruas de lá. Eu trabalhei 40 anos na Casa Rodrigues, me aposentei lá. Eu passava todos os dias por ali (Hotel Majestic, atual Casa de Cultura Mário Quintana), morava lá adiante, na Duque de Caxias e vinha pela Rua da Praia. Eu tinha um amigo que todos os dias a gente ia tomar um “cafezinho” na Rua da Praia. O Mário Quintana todos os dias ele estava lá, eu conhecia ele melhor do que muita gente. Mas, nunca falei, ele sentava naquela distância ali e eu e meu amigo aqui.
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Como era o Mercado antes da reforma ?
Naquela época éramos muito atrasados. E depois não havia especialistas como hoje. Na Banca do Holandês sempre tinha bastante gente. Eu gostava muito de ir no Gabardo. No Graxaim, um restaurante que tinha ali perto, no Treviso, dois portugueses eram os donos. Era um tempo muito bom. Tempo de cinema, que era dividido em partes, aí no final tinha um aviso que dizia: “Voltem na próxima semana para assistir o próximo capítulo do filme”. Não fosse os americanos trazer muitas coisas... Os carros naquela época eram muito ruins. Hoje não tem carro ruim, pode ser qualquer marca, evoluiu muito. Tem uma loja que vende roupas de homens, na Voluntários, esquina com a Marechal Floriano. Naquela época era só com alfaiate, hoje é tudo pronto.
(JORNAL DO MERCADO – NUMERO 30 – JULHO2010)
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“No Mercado Público o que mais marcou o senhor ?
Do Mercdo antigo eu lembro das galinhas que a gente comprava.
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E o bonde ?
Não tinha outra coisa. Hoje é tudo diferente, o senhor é moço. Quando eu tinha dez anos, isso aqui era tudo muito diferente. A tecnologia avançou tanto que eu vou lhe dizer, não sei onde vamos parar.
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E o senhor chegou a conhecer o Mercado Livre ?
Eu nunca ia lá. Tudo aqui era velho. Se lembra do Teatro Coliseu ? Eu sou daquele tempo, frequentava muito quando era moço. Eu morava na rua do Palácio, hoje a Duque de Caxias. A luz era de querosene e lampião, nem na rua tinha luz. Muitos anos depois que veio a luz, éramos muito atrasados em tudo.
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O que o senhor gosta de Porto Alegre?
Eu gostava muito de caminhar no bairro Moinhos de Vento, gosto dos edifícios e das ruas de lá. Eu trabalhei 40 anos na Casa Rodrigues, me aposentei lá. Eu passava todos os dias por ali (Hotel Majestic, atual Casa de Cultura Mário Quintana), morava lá adiante, na Duque de Caxias e vinha pela Rua da Praia. Eu tinha um amigo que todos os dias a gente ia tomar um “cafezinho” na Rua da Praia. O Mário Quintana todos os dias ele estava lá, eu conhecia ele melhor do que muita gente. Mas, nunca falei, ele sentava naquela distância ali e eu e meu amigo aqui.
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Como era o Mercado antes da reforma ?
Naquela época éramos muito atrasados. E depois não havia especialistas como hoje. Na Banca do Holandês sempre tinha bastante gente. Eu gostava muito de ir no Gabardo. No Graxaim, um restaurante que tinha ali perto, no Treviso, dois portugueses eram os donos. Era um tempo muito bom. Tempo de cinema, que era dividido em partes, aí no final tinha um aviso que dizia: “Voltem na próxima semana para assistir o próximo capítulo do filme”. Não fosse os americanos trazer muitas coisas... Os carros naquela época eram muito ruins. Hoje não tem carro ruim, pode ser qualquer marca, evoluiu muito. Tem uma loja que vende roupas de homens, na Voluntários, esquina com a Marechal Floriano. Naquela época era só com alfaiate, hoje é tudo pronto.
(JORNAL DO MERCADO – NUMERO 30 – JULHO2010)
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