Quando o General Bolivar anotou o segundo golo em Guadalajara, nada mais do que a justiça se fazia em terras mexicanas. Desde o primeiro minuto do jogo o Colorado se impôs ao adversário e ditou o ritmo de jogo. É verdade que as coisas ficaram complicadas segundos antes do intervalo; no momento em que Bautista anotou de cabeça, num lance em que Índio falhou na saída de bola e deixou Renan de calças na mão (adiantado).
.
Mas nenhum Colorado poderia duvidar de que voltaríamos para a segunda etapa no mesmo ritmo e com a mesma convicção da vitória. O time do INTERNACIONAL entrou em campo em Guadalajara com a postura de campeão. E o gol sofrido não abalou a equipe. Não foi, aliás, a primeira demonstração de força emocional deste grupo. Além do ótimo futebol praticado nas últimas partidas, esse é o grande diferencial deste time: a força emocional, o poder de absorver momentos adversos e neles criar soluções rápidas e eficazes. E é bom dizer que não se pode atribuir à chegada de C. Roth tal qualidade. Em Banfield e em Quilmes, ainda com Fossati, esse grupo já demonstrava um poder de recuperação mental impressionante.
.
Individualmente, Alecsandro fraquejou (Guiñazu ficou até o final de jogo com lesão mais séria do que o centroavante!). Éverton que o substituiu demonstrou que tecnicamente está num nível abaixo do restante do time. Foi um alívio quando Sóbis tirou a jaqueta e alinhou na beira do gramado para ingressar na partida. Só posso crer que não tinha condições de suportar mais do que 25 minutos de jogo. E foi exatamente este o tempo em que esteve em campo. Tocou apenas uma vez na bola (no nascimento do lance do primeiro golo). Mas foi suficiente para alterar completamente o panorama da partida. Coincidência ou não, assim que Sóbis entrou as coisas se modificaram.
.
Na defesa, Kléber jogou um partidaço, com liberdade para atacar, enquanto Nei ficou mais preso na marcação. Já elogiei, e volto a fazê-lo: Roth merece aplauso pela forma como orienta os avanços dos laterais, adotando a velha escola do apoio alternado (quando um sobe o outro fica para compor com os 2 zagueiros). Na meia cancha é preciso destacar o pulmão Guiñazu (esse é um monstro!) e a categoria do Sandro (o melhor cabeça de área que vi atuar em minha vida - ao menos do ponto de vista crítico, pois tinha apenas 6 anos quando Falcão foi embora). Não gostei do argentino D'Alessandro (embora não possa negar a sua estrela). E Giuliano? Bom, sobre esse não há o que falar. É um baita de um meia. Talvez a maior contratação da Era Carvalho.
.
Bueno, o fato é que estamos a 90 minutos do Bicampeonato. Que caminhada árdua!
Nenhum comentário:
Postar um comentário