quinta-feira, novembro 12, 2009

VELEJANDO...


É assim que te via sempre. Há longa data. Do outro lado do rio, fui tantas vezes para te espiar, de longe, como piá que fica cuidando a guria de que gosta na saída do colégio. Tudo sempre parava a meu redor quando ficava lá observando a corrente do rio e o sol te iluminando. Agora nem tudo está parado a minha volta. Pelo contrário, não consigo ficar um segundo sequer sem movimentos e atenções; o barco, o mastro, a vela, os cabos, a água e o vento. Tudo isso ao meu redor. Mas ainda é assim que te vejo, paredes e espelhos, quando velejo.

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