"Pois o Governo é uma conveniência pela qual os homens conseguem, de bom grado, deixar-se em paz uns aos outros, e, como já se disse, quanto mais conveniente for, tanto mais deixará em paz seus governados" (p. 7)
"A grande maioria dos homens serve ao Estado desse modo, não como homens propriamente, mas como máquinas, com seus corpos. São o exército permanente, as milícias, os carcereiros, os policiais, os membros da força civil, etc. Na maioria dos casos não há um livre exercício seja do discernimento ou do senso moral, eles simplesmente se colocam ao nível da árvore, da terra e das pedras. E talvez se possam fabricar homens de madeira que sirvam igualmente a tal propósito. Tais homens não merecem respeito maior que um espantalho ou um monte de lama. O valor que possuem é o mesmo dos cavalos e dos cães. No entanto, alguns deles são até considerados bons cidadãos. Outros - como a maioria dos legisladores, políticos, advogados, ministros e funcionários públicos - servem ao Estado principalmente com seu intelecto, e, como raramente fazem qualquer distinção moral, estão igualmente propensos a servir tanto ao diabo, sem intenção de fazê-lo, quanto a Deus. Uns poucos - como os heróis, os patriotas, os mártires, os reformadores no melhor sentido e os homens - servem ao Estado também com sua consciência, e assim necessariamente resistem a ele, em sua maioria, e são comumente tratados como inimigos." (pp. 10-11)
"Não importa quão limitado é o começo: aquilo que é bem feito uma vez está feito para sempre." (p. 27)
"O melhor que um homem pode fazer por sua cultura, quando enriquece, é tentar pôr em prática os planos que concebeu quando pobre" (p. 32)
Henry Thoureou, Desobediência Civil, LP&M, 1997
2 comentários:
Amém!
Hahahahah! Se não fosse a distorção que fatalmente o pensamento do Thourau sofreria, eu recomendaria a leitura a todo bixo universitário...
claro sancho, essa a intenção.
Postar um comentário