O verão sempre traz uma época modorrenta em termos de futebol e programas futebolísticos no rádio e televisão. É aquela velha cantilena; especulações, boatarias e "chutes" sobre reforços e contratações. Novelas chatas e intermináveis. Buenas, ultrapassada a fase de pré-temporada e iniciadas as partidas e, especialmente, terminado o carnaval, já se pode ter uma idéia (mesmo que vaga) dos grupos formados.
Aqui pelos pagos, o Colorado manteve a mesma base da última temporada. Aliás, das últimas seis ou sete temporadas. E acrescentou algumas novidades interessantes. O melhor reforço, a meu ver, é Gabriel que, possivelmente, colocará fim ao maior buraco de nosso sistema defensiva ali pela lateral direita. Guinazu é uma grande perda, tanto por sua qualificação técnica e pegada, mas, sobretudo, como figura e ídolo. Mas Williams é uma reposição de qualidade. E a saída de Guina possibilitará a utilização constante de Dátolo, que na última temporada foi vítima da limitação de 3 estrangeiros.
Dátolo, D'Alessandro, Forlan e Damião. Com todo respeito aos adversários, trata-se do melhor quarteto final do futebol brasileiro. Não me venham com o Santos de Neymar, o Fluminense de Fred ou o Galo Mineiro de Ronaldinho-inho e Jô. O melhor quarteto ofensivo, fora de dúvidas, treina nas margens do Rio Guaíba.
E, claro, agora temos Dunga na Casamata. Um reforço considerável. O Capitão do Tetra é um cidadão plenamente identificado com as cores e com as coisas do Beira Rio. Aqui em nossos canteiros descobriu suas qualidades, aprimorou técnicas e moldou sua personalidade. Dunga saiu do Beira Rio para se tornar um dos maiores cabeças de área que o futebol brasileiro já viu em ação. E em toda sua carreira, por suas andanças, Dunga sempre carregou as lições e as tradições do Colorado em sua bagagem.
A frente da seleção, Dunga fez um dos melhores trabalhos da história do escrete canarinho. Conquistou resultados expressivos, ao vencer todas as grandes seleções do futebol mundial. Foi campeão da Copa América e da Copa das Confederações e transformou a decantada seleção argentina de Messi e companhia em freguês de caderninho. Não foi campeão do mundo por detalhe, vitimado por 45 minutos infelizes de seus comandados e, reconheçamos, pela inspirada atuação da seleção holandesa de Sneyder.
Com um bom grupo de atletas, ótimas individualidades com capacidade para decidir as partidas mais complicadas e um treinador cancheiro e identificado com as cores e tradições do clube o Colorado tem tudo para se sair bem nas competições que terá pela frente em 2013. O único senão será a falta do Gigante da Beira Rio.
E já que falei em freguês de caderninho, já começamos a temporada marcando 2x1 na vizinhança. Colocaram a gurizada para conhecer o Papai. E o Papai, todos na Aldeia sabem, é o maior.
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