quarta-feira, outubro 29, 2008

UMA FOTOGRAFIA



"No dia seguinte à explosão do La Courbe, improvisou-se um comício na esquina entre as ruas 12 e 23. Fidel Castro presidia o ato, em que pronunciou um discurso homenagem às vítimas da sabotagem; a rua estava cheia de gente, e flores choviam sobre o cortejo que ia passando. Eu trabalhava como fotorrepórter para o jornal Revolucion, o órgão do Movimento Vinte e Seis de Julho. Estava nun plano mais baixo que a tribuna, com uma câmara Leika de 9mm. Usei minha teleangular pequena e observei as pessoas que se achavam em primeiro plano: Fidel, Jean-Paul Sartre e Simone de Beauvoir. O Che estava parado atrás da tribuna, mas há um momento em que eu passo por um espaço vazio, que está em frente à tribuna, e a figura do Che emerge de um segundo plano para a tribuna. Emerge de surpresa, enfia-se dentro do visor da câmara, e eu disparo. Em seguida me dou conta de que a imagem dele é quase um retrato e tem como fundo o céu, limpo. Viro a câmara para a vertical e tiro uma segunda foto, isso em menos de dez ou quinze segundos. O Che se retira dali e não volta. Foi uma casualidade." (Alberto Diaz "Korda", entrevista a Jorge G. Castañeda, 23/08/95)

Um comentário:

jo disse...

o bloqueio acabou na onu!!cuba libre!!!